A Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) publicou, no último sábado (16), a retificação do edital que define as regras para a seleção de operadores de restaurantes e quiosques na Cop30. A atualização permite a comercialização de alimentos da gastronomia paraense, como tucupi, açaí e maniçoba, revertendo a restrição prevista na versão anterior do documento.
Segundo Celso Sabino, ministro do Turismo, a decisão resgata a representatividade da culinária amazônica em um evento global que tem a floresta como palco. “Foi com diálogo, bom senso e justiça que o açaí, o tucupi e Maniçoba estão liberados nos espaços oficiais da Cop30. Para os paraenses essa notícia é de muito orgulho e alívio. Esses alimentos não são apenas ingredientes, são patrimônio vivo do povo amazônico, e carregam nossa memória, tradição e identidade. A nossa gastronomia é uma das mais reconhecidas do mundo e contribui para o fortalecimento do turismo gastronômico”, afirmou.
O açaí, por exemplo, já esteve presente em edições anteriores da Conferência do Clima. Durante a Cop28, em Dubai, o alimento foi oferecido em formato de sorvete na Green Zone, iniciativa de uma empresa brasileira com atuação há mais de uma década no Oriente Médio. “Tenho certeza que aqui também será um sucesso”, finalizou Sabino.
Em comunicado, a OEI reforçou que “a culinária paraense será incorporada e o detalhamento da oferta de alimentos no evento será realizado após a seleção dos fornecedores.” As inscrições para os interessados em operar nos 87 pontos de alimentação (50 na Blue Zone e 37 na Green Zone) seguem abertas até as 10h do dia 25 de agosto.
Reconhecida internacionalmente, Belém detém desde 2015 o título de Cidade Criativa da Gastronomia pela Unesco. Em 2024, a capital paraense também foi destaque no guia Lonely Planet, figurando como a única cidade brasileira entre os dez melhores destinos gastronômicos do mundo.
