Após o êxito da primeira edição no Peru, a Auroraeco, operadora de luxo brasileira com 26 anos de atuação em viagens de aventura na América Latina, anuncia a realização da segunda edição das Jornadas Fotográficas. O projeto retorna em novembro, desta vez no Chile, tendo como cenário o deserto do Atacama, reconhecido como o mais árido do planeta.
A experiência terá seis dias de duração, entre 15 e 20 de novembro, com hospedagem no Our Habitas Atacama, em San Pedro. Mais que um roteiro de captura de imagens, a proposta busca proporcionar vivências de descoberta e expressão artística sob o céu considerado o mais límpido do mundo.
Com a mentoria do fotógrafo Bob Wolfenson, participantes terão a chance de explorar paisagens singulares, das salinas povoadas por flamingos ao Vale do Arco-Íris. A imersão também prevê contato direto com comunidades atacameñas, promovendo aprendizado cultural e acrescentando novos significados às imagens produzidas. Para Guilherme Padilha, sócio-fundador e CEO da Auroraeco, “trata-se de uma oportunidade imperdível para fotógrafos de todos os níveis que buscam inspiração e crescimento”.
Wolfenson ressalta que a iniciativa não se limita a uma expedição fotográfica convencional. A partir das experiências vividas no Peru em 2023, o fotógrafo projeta que o encontro no Chile deve ter impacto tão marcante quanto no Valle Sagrado. “Estou animado para ver o que o Atacama guarda para nós”, afirma.
Acostumado ao trabalho em estúdios e à fotografia de moda, Wolfenson explica que também encara o desafio de transformar os registros de viagem em produções relevantes, evitando repetições e estereótipos. “Como fazer algo relevante em meio a tantos clichês de fotos de viagem e, ainda por cima, convencer o grupo a realizar algo à altura?”, questiona. Para ele, a proposta é se distanciar do que Oswald de Andrade ironicamente chamava de “macumba para turista”, apostando em autenticidade e profundidade artística.