A indústria do turismo da Flórida Central alcançou em 2024 um impacto econômico recorde de US$ 94,5 bilhões, crescimento de 2,2% em relação ao ano anterior. O resultado foi apresentado em estudo da Tourism Economics, divisão da Oxford Economics, encomendado por entidades como Visit Orlando, Experience Kissimmee, Condado de Seminole e a Central Florida Hotel & Lodging Association (CFHLA).
Segundo Adam Sacks, presidente da Tourism Economics, o desempenho da região evidencia um crescimento consistente. “A economia turística da Flórida Central dobrou de tamanho nos últimos 15 anos, período em que conduzimos esta análise. Entre os inúmeros destinos avaliados anualmente, o desempenho da região é verdadeiramente extraordinário”, afirmou.
Os visitantes deixaram US$ 59,9 bilhões em gastos diretos ao longo de 2024, alta de 2,4% em comparação com 2023. O volume representa cerca de US$ 164 milhões por dia, aliviando a carga tributária da população local: segundo o estudo, cada domicílio da região de Orlando economizou em média US$ 7.474 em impostos. No Condado de Orange, esse número chegou a US$ 10.200 por residência.
Além dos gastos diretos, outros US$ 34,6 bilhões foram gerados por vendas indiretas (empresas fornecedoras) e induzidas (salários pagos pelo setor). A origem da movimentação se concentrou principalmente no Condado de Orange (85%), seguido de Osceola (12%) e Seminole (3%).
Turismo como motor de empregos
O setor também sustentou 468 mil empregos em 2024, sendo 288 mil diretos em hotéis, restaurantes e atrações. Os demais postos foram criados em segmentos indiretos, como serviços empresariais, construção e transporte. O relatório aponta ainda que os salários pagos ultrapassaram US$ 28 bilhões, 2,5% a mais que no ano anterior.
Robert Agrusa, presidente e CEO da CFHLA, destacou o peso do turismo para a empregabilidade. “A hotelaria da Flórida Central oferece salários competitivos e reais oportunidades de crescimento profissional. O salário médio anual no setor chega a US$ 54 mil, cerca de US$ 9 mil acima da média regional, com 90% das vagas em tempo integral”, afirmou.
A arrecadação tributária ligada ao turismo atingiu US$ 6,7 bilhões em impostos estaduais e locais, alta de 2,5%. A soma inclui tributos sobre vendas, propriedades e o Imposto de Desenvolvimento Turístico, que financiam serviços como segurança, educação e infraestrutura. Em termos de economia por domicílio, os números variaram de US$ 10.200 em Orange a US$ 1.772 em Seminole.
DT Minich, presidente e CEO da Experience Kissimmee, ressaltou o alcance do impacto: “Graças à parceria com mais de 1.000 organizações locais, garantimos que o Condado de Osceola e toda a região continuem a alcançar resultados sólidos e recordes. O turismo é o motor da nossa economia, apoiando milhares de famílias e centenas de pequenos negócios locais.”
A Visit Orlando já havia anunciado em maio que a região recebeu 75,3 milhões de visitantes em 2024, mantendo a Flórida Central como destino mais visitado dos Estados Unidos e como referência para eventos e conferências. Para Casandra Matej, CEO da entidade, esse resultado é reflexo de décadas de planejamento estratégico.
“Conquistar e manter o título de destino número 1 dos Estados Unidos é fruto de esforço coletivo que beneficia a economia e a qualidade de vida dos nossos residentes”, concluiu.