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Kamilla Alves
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Schultz cresce 70% em venda de destinos nacionais

Operadora aposta em produtos exclusivos, fortalecimento do forfait e portfólio ampliado para garantir expansão sustentável até 2026

A Schultz chega à segunda metade de 2025 com números expressivos e um cenário de otimismo, mesmo diante das incertezas que marcaram os últimos meses. Até maio, a operadora havia registrado um recorde de vendas, confirmando que o planejamento voltado integralmente ao segmento de lazer estava em sintonia com a demanda do mercado.

O crescimento de 70% nas vendas de destinos nacionais, aliado a uma expansão superior a 50% em praças como Itália, França, Argentina e Punta Cana, reforçou a confiança no modelo adotado pela empresa, que se prepara para um 2026 ainda mais simbólico, quando completa quatro décadas de atuação.

O desempenho do semestre, no entanto, não foi linear. Junho e julho trouxeram uma leve retração, causada sobretudo pela indefinição em torno do IOF, que gerou cautela em consumidores e agentes de viagens.

Para Rodrigo Rodrigues, diretor Comercial da Schultz, o impacto esteve mais na insegurança do que na alíquota em si. “A incerteza afetou mais do que a própria taxa. Agora, com o cenário definido, reorganizamos nossas ações com planejamento e criatividade”, explica. Esse ajuste rápido permitiu que a empresa seguisse em ritmo de expansão, mantendo as metas originais para 2025.

Produtos em alta e diferenciais no portfólio

A aposta da Schultz em um portfólio diversificado se mostrou acertada. No Brasil, os resorts do Nordeste continuam entre os preferidos, mas os roteiros de expedição, como Jalapão e Chapada das Mesas, ganharam força e consolidaram espaço na prateleira.

No exterior, os circuitos pela Europa, Ásia e Américas mantiveram a boa performance, com destaque para Peru, Chile e Estados Unidos.

No caso do mercado norte-americano, o diferencial está na personalização: aluguel de casas em Orlando, viagens de motorhome e experiências sob medida têm atraído viajantes que buscam algo além do tradicional.

Essa estratégia se conecta à proposta do forfait, que Rodrigues aponta como um dos motores do crescimento. “Incentivar as agências a irem além dos bloqueios e focarem em vendas personalizadas exige mais trabalho, mas a recompensa é muito maior para todos os lados”, avalia.

A operadora também tem investido em produtos exclusivos que a diferenciam no mercado. Entre eles estão o Small Groups Portugal, roteiros no Paraná e um pacote para as Maldivas que, pelo valor competitivo, pode ser comparado ao de hotéis nacionais. Essas iniciativas ampliam o alcance da marca e oferecem alternativas para perfis variados de viajantes, reforçando a estratégia de adaptação às novas tendências de consumo.

Perspectivas

A mudança no comportamento do cliente também é parte central da análise da Schultz. Segundo Rodrigues, a pandemia acelerou transformações que já vinham sendo observadas e o consumidor de hoje é mais seletivo, exigente e disposto a investir em experiências de valor.

“O cliente quer vivenciar algo autêntico, que vá além do básico, mas sem abrir mão do custo-benefício. Não se trata apenas de gastar menos, e sim de investir melhor”, resume o executivo. Esse movimento explica a alta procura por circuitos culturais, roteiros personalizados, viagens em motorhome e experiências de imersão na natureza.

A operadora tem respondido com uma curadoria de produtos que prioriza autenticidade, qualidade e flexibilidade, além de reforçar ferramentas digitais e treinamentos para que os agentes de viagens possam acompanhar essa evolução do mercado.

A proximidade com o agente de viagens segue sendo a espinha dorsal da Schultz, que desde sua fundação, há quase 40 anos, mantém atuação exclusiva no B2B. A empresa sustenta esse vínculo em pilares de solidez financeira, credibilidade e inovação.

Com saúde financeira robusta, negocia melhores condições com fornecedores, investe em tecnologia e oferece treinamentos constantes, seja por meio de webinars, famtours ou capacitações presenciais.

Rodrigues destaca ainda que a consistência é um dos diferenciais. “Credibilidade é inegociável, e transmiti-la com clareza aos nossos parceiros é fundamental. É isso que garante a expansão de relacionamentos de longo prazo”, afirma. Essa postura é reforçada por campanhas de incentivo, comissões progressivas e presença nas principais feiras e eventos de turismo, mantendo a marca próxima dos agentes e ajustada às diferentes realidades regionais.

Com esse histórico, a Schultz não diminuiu suas metas para 2025, mesmo diante das turbulências do semestre. O objetivo de encerrar o ano com resultados sólidos permanece intacto, sustentado por um portfólio competitivo e pela retomada do ritmo de vendas após julho.

Rumos para 2026

Se o presente inspira confiança, o futuro promete ainda mais movimento. Em 2026, a Schultz celebrará 40 anos de história e prepara uma série de campanhas, produtos e ações comemorativas.

A operadora já iniciou a expansão em ecoturismo com novos roteiros em Chapada dos Veadeiros, Chapada dos Guimarães e Serras Gerais, aplicando a mesma expertise que consolidou o Jalapão como referência de mercado.

No internacional, Japão, Coreia e Ásia seguem como apostas estratégicas, regiões que já vinham apresentando crescimento e ainda têm espaço para expansão.

A trajetória da Schultz mostra como consistência, inovação e foco no relacionamento com o trade podem sustentar crescimento mesmo em cenários de incerteza. “Estamos preparando campanhas que tornarão 2026 um marco histórico e inesquecível para todos que fazem parte da nossa trajetória”, antecipa Rodrigues.

Esta reportagem integra a série Especial Operadoras, tema de capa da edição de agosto do Brasilturis Jornal. Ao longo do mês, apresentaremos entrevistas exclusivas com executivos das principais empresas do setor, revelando estratégias, resultados, tendências e perspectivas para o mercado de viagens no Brasil e no exterior.

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