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Maurício Herschander
Maurício Herschander
Repórter - E-mail: mauricio@brasilturis.com.br

Anac publica manual para orientar uso de drones em aeroportos

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) deu um passo importante para a modernização do setor aéreo ao lançar a primeira edição do Manual sobre Operação de Drones no Apoio às Atividades Aeroportuárias. O documento, desenvolvido em parceria com a indústria, reúne boas práticas e diretrizes para a utilização de drones em aeroportos, consolidando aprendizados nacionais e internacionais já aplicados em operações reais.

O uso de drones em aeroportos não é apenas tendência, mas uma solução prática para aumentar a eficiência, reduzir custos e fortalecer a segurança operacional. De acordo com a Anac, atividades que antes exigiam maior tempo de execução e equipes numerosas podem agora ser realizadas de forma mais ágil, com dados precisos e menor impacto ambiental.

Aplicações práticas dos drones

Entre os principais exemplos de aplicação apresentados pelo manual estão:

  • Inspeções de pistas e pátios: drones equipados com câmeras de alta resolução e sensores térmicos identificam rapidamente fissuras, desgastes e objetos estranhos, permitindo ações preventivas.

  • Gerenciamento do risco da fauna: o uso de câmeras térmicas e alto-falantes auxilia na identificação e afastamento de aves e animais, reduzindo riscos em pousos e decolagens.

  • Monitoramento de obras: os equipamentos podem acompanhar intervenções em tempo real, gerar imagens comparativas e fornecer dados para decisões mais assertivas.

  • Apoio à segurança (AVSEC): a vigilância aérea contínua fortalece a proteção do perímetro dos aeroportos e ajuda a prevenir atos ilícitos.

O manual também destaca o potencial da inteligência artificial integrada aos drones, que amplia as possibilidades de uso. Aplicações como análise automatizada de pavimentos (PCI), detecção de objetos estranhos (FOD) e verificação do balizamento já foram testadas com sucesso em aeroportos como Confins (MG), Vitória (ES) e Florianópolis (SC).

Os testes também mostraram impactos ambientais positivos, com redução no consumo de combustível e nas emissões de CO₂, alinhando a operação à pauta da sustentabilidade.

Outro ponto de destaque do documento é a padronização da comunicação entre pilotos remotos e órgãos de controle de tráfego aéreo, com o uso de fraseologia adequada e a elaboração de Cartas de Acordo Operacional (CAOp). Além disso, recomenda-se a utilização da Avaliação de Impacto de Segurança Operacional (AISO), essencial para mitigar riscos de colisão entre drones e aeronaves tripuladas.

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