Curitiba se consolida como um dos principais destinos de grandes shows no Brasil em 2025. Com uma agenda que prevê cerca de 24 shows até o fim do ano, a capital paranaense vem registrando picos de ocupação hoteleira próximos ao limite. Dados do Sindicato Empresarial de Hospedagem e Alimentação (SEHA) apontam que hotéis da cidade e da Região Metropolitana chegam à capacidade quase total durante apresentações de grande porte.
O movimento reflete uma mudança no perfil da demanda turística, com o lazer ultrapassando o corporativo. Visitantes chegam, em sua maioria, do Sudeste e Sul, com destaque para São Paulo (25%), Paraná (16,1%) e Santa Catarina (11,7%).
Na Rede Deville, os resultados acompanham o ritmo da cidade. André Bustamante, gerente de Receitas da rede, observa que a estratégia hoteleira precisa se adaptar à procura intensa e de última hora. “Nossa taxa média de ocupação acompanha o índice do setor em Curitiba, que é de 65%. Mas em dias de shows que geram maior procura, chegamos a 100% de ocupação. O dado mais curioso é que 51% das reservas acontecem apenas na semana do evento, embora os ingressos sejam vendidos com meses de antecedência. Isso exige flexibilidade de tarifas e estratégia de última hora para atender à demanda”, explica.
O perfil dos hóspedes que viajam para Curitiba é diverso e abrange tanto shows nacionais quanto internacionais, com forte peso do mercado interno. Entre os destaques programados para o segundo semestre de 2025 estão Green Day, Katy Perry, Guns N’ Roses e Linkin Park, além de nomes consagrados da música brasileira, como Alceu Valença, Ana Carolina, Martinho da Vila e Zé Ramalho.
O impacto dos grandes shows internacionais não se limita ao aumento da ocupação hoteleira. Em cidades como Curitiba, esses eventos consolidam o papel do turismo como motor de desenvolvimento econômico e cultural, ampliando a visibilidade regional e atraindo novos visitantes.
