A ExpoSki promoveu, no último dia 9 de setembro, mais uma ação estratégica para fortalecer o mercado de viagens de neve no Brasil e na América Latina: o Talk Snow, painel exclusivo para a mídia, conduzido por Sheilla Nassar, fundadora da VBRA.
A iniciativa reuniu representantes de destinos internacionais e serviços especializados, apresentando tendências, novidades e oportunidades de negócios em um segmento que não para de crescer. Após o encontro, os participantes tiveram espaço para networking e um coffee break que aproximou ainda mais os players presentes.
Confira, abaixo, os principais destaques dos destinos apresentados no Talk Snow:
Neuquén: diversidade na Patagônia argentina
A província de Neuquén, na Argentina, apresentou sua ampla oferta para o público brasileiro. Com estações como San Martín de los Andes e Villa La Angostura, integradas à Rota dos Sete Lagos, o destino alia esportes de neve a paisagens icônicas, como a vista para o Parque Lanín. O destaque fica para Caviahue, onde é possível esquiar aos pés de um vulcão ativo. Além do inverno, Neuquén se posiciona como destino de verão, oferecendo cavalgadas, passeios de raquete e atividades ao ar livre. Para sustentar o fluxo crescente, a região investe em novos hotéis e restaurantes, além de operar cerca de 20 voos semanais na temporada.
Chile: foco na ampliação da temporada
O Chile vive um dos melhores momentos de sua história turística e já é um dos principais destinos de neve para os brasileiros. Em 2023, recebeu 780 mil visitantes do Brasil, número que deve chegar a 1 milhão em 2025. A conectividade aérea é um dos pontos fortes: hoje, Santiago está ligada a dez cidades brasileiras por quatro companhias aéreas. O desafio é ampliar a permanência dos viajantes até setembro e outubro e estimular o turismo de inverno para além da capital, com roteiros de quatro a seis dias nos centros de esqui da região central e do sul.
Estados Unidos: 470 estações em 37 estados
Os Estados Unidos concentram mais de 470 estações de esqui em 37 estados, consolidando-se como referência global no turismo de neve. O Brasil ocupa a terceira posição entre os maiores mercados emissores, atrás apenas de México e Canadá. A temporada vai de dezembro a março, com algumas pistas abertas até a primavera. Além do esqui, há atividades como patinação no gelo, trenós puxados por cães no Alasca, observação da aurora boreal e festivais de música. O país também se prepara para as Olimpíadas de Inverno de 2034, em Salt Lake City, reforçando o interesse nos esportes de neve.
Andorra: natureza e estrutura no coração dos Pirineus
Com 90% do território coberto por natureza, Andorra recebe cerca de 9,6 milhões de visitantes por ano e tem no esqui sua principal força. O país concentra as três estações da região de Grandvalira, além de investir em bem-estar, gastronomia e turismo de compras. A temporada vai de dezembro a abril, sustentada por 44 mil leitos hoteleiros, que vão de apartamentos a hotéis cinco estrelas e marcas de alto padrão, preparados para atender diferentes perfis de viajantes.
Áustria: tradição e hospitalidade alpina
A Áustria reforçou sua tradição como berço do esqui alpino, com 300 quilômetros de pistas sinalizadas e 85 teleféricos em funcionamento. O país, que registrou crescimento de 47% no mercado brasileiro em 2024, alia vilarejos charmosos a modernas infraestruturas. Modalidades como snowboard, trenó e cross-country estão disponíveis, e a hospitalidade descontraída diferencia a Áustria de vizinhos como a Suíça, oferecendo qualidade semelhante a preços mais competitivos.
França: inovação e Olimpíadas de Inverno
A França terá os Jogos Olímpicos de Inverno em 2030, reforçando sua posição de liderança no segmento. Com temporada de novembro a maio, o país alia esqui nos Alpes a experiências culturais, como festivais de música, incluindo o renomado Tomorrowland Winter. A proximidade de aeroportos internacionais, como Lyon e Genebra, facilita o acesso aos principais centros, ampliando o apelo junto ao público brasileiro.
Itália: Dolomitas como cenário
As Dolomitas italianas concentram 1,2 mil quilômetros de pistas interligadas, em um dos cenários mais icônicos da Europa. O destino combina esporte, cultura e lifestyle, apoiado por infraestrutura robusta, que inclui aeroportos como Milão, Verona e Veneza, além de transporte ferroviário e privado até os resorts. A temporada vai de dezembro a março, e a região tem se destacado entre famílias e jovens brasileiros em busca de experiências completas. Em 2024, o turismo italiano movimentou € 54,4 bilhões, consolidando sua força econômica.