São Paulo (SP) – Washington D.C., vive um momento de reafirmação no cenário turístico internacional. Apesar de as projeções indicarem certa desaceleração em alguns mercados emissores para 2025 e 2026, a capital norte-americana encontra no Brasil uma exceção positiva.
“O mercado brasileiro continua sendo um dos poucos que superam as expectativas”, afirmou Elliott Ferguson, presidente e CEO da Destination DC (DDC), em entrevista exclusiva ao Brasilturis.
Para o executivo, a demanda brasileira se mantém consistente tanto no lazer quanto no segmento de eventos, contrastando com a retração observada em outras regiões. Segundo ele, faz sentido intensificar esforços em mercados que respondem bem às ações de promoção. Ainda assim, reconhece que muitos viajantes não têm pleno conhecimento do que Washington pode oferecer.
“Muitos pensam apenas nos monumentos e museus. Mas a cidade tem bairros vibrantes, arquitetura, gastronomia, esportes, vida noturna, teatro e atividades ao ar livre. São mais de cem experiências diferentes à disposição dos visitantes”, destacou.
Atuação no Brasil e parceria com trade
Nesse trabalho de ampliar a percepção do destino, a DDC conta com a representação oficial da Imaginadora no Brasil, responsável por capacitar agentes de viagens e posicionar Washington como um destino completo. Ferguson ressaltou que, além da conectividade aérea direta entre os dois países, a cidade oferece uma boa relação custo-benefício, já que grande parte das atrações é gratuita, permitindo ao turista direcionar seus gastos para experiências adicionais.
Outro ponto abordado foi o papel da tecnologia. A capital norte-americana investe em soluções digitais para melhorar a jornada do visitante, com destaque para o uso de inteligência artificial e ferramentas de tradução que facilitam a comunicação e garantem que viajantes que não falam inglês aproveitem plenamente a cidade. Para Ferguson, a inovação deve estar sempre presente na experiência turística, tornando-a mais inclusiva e conectada.
O executivo também destacou a importância da diversidade, da equidade e da inclusão no posicionamento do destino. Washington é marcada pela pluralidade cultural, com comunidades expressivas de etíopes, salvadorenhos e mais de 180 embaixadas.
“Queremos que essa diversidade se reflita no Turismo, garantindo oportunidades para negócios de minorias e incluindo práticas sustentáveis em nossas operações”, disse. Ele lembrou ainda que a cidade se destacou recentemente como anfitriã do World Pride, reforçando sua vocação para acolher visitantes de diferentes origens.
Ampla oferta em Washington D.C.
Quanto ao momento ideal para visitar Washington, Ferguson foi categórico: a cidade tem atrações durante todo o ano. O Festival Nacional da Flor de Cerejeira, em março, é um dos destaques, mas eventos como o 4 de Julho, o Jazz Festival, o Passport DC e o Restaurant Week compõem uma agenda diversificada.
A recomendação é que o visitante reserve ao menos três a quatro noites para explorar a cidade, dada a interatividade dos museus e a variedade de experiências disponíveis.
No turismo de negócios, a Destination DC mantém uma equipe dedicada exclusivamente ao mercado MICE, com atuação em feiras internacionais e relacionamento direto com organizadores de congressos e convenções.
O objetivo, segundo Ferguson, é consolidar a capital como referência global em encontros internacionais, aproveitando a presença de especialistas de diversas áreas, a infraestrutura de alto nível e a conectividade aérea.
Ferguson reforçou a mensagem de proximidade com o Brasil. “Washington, D.C. ama os brasileiros. A conectividade aérea, a hospitalidade, as experiências gratuitas e a proximidade com outros grandes centros como Nova York e Filadélfia tornam a cidade uma escolha estratégica. Para os agentes e operadores, oferecemos incentivos e um leque de opções para lazer e negócios. Queremos que o Brasil veja em Washington um destino completo”, concluiu.