Reconhecida como uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo desde 2007, Machu Picchu tornou-se símbolo global da cultura inca e do turismo peruano. Porém, a entidade New7Wonders, responsável pela chancela, emitiu um alerta no último sábado (13) sobre riscos à preservação do sítio arqueológico.
O comunicado aponta que a combinação de superlotação, falhas na gestão e desigualdade de acesso pode comprometer não apenas a experiência do visitante, mas também o prestígio internacional do destino.
Segundo o portal Infobae, a pressão turística é a principal preocupação. O número de visitantes frequentemente ultrapassa a capacidade de suporte definida, gerando desgaste em trilhas e estruturas, além de impactar o meio ambiente e a comunidade local. Longas filas, áreas restritas e relatos de desorganização têm se tornado frequentes entre turistas.
Outro fator citado são as irregularidades na venda de ingressos, que incluem falhas no sistema digital, revenda e escassez proposital de bilhetes. A elevação contínua dos preços também restringe o acesso, dificultando a visita de peruanos e estrangeiros com menor poder aquisitivo.
As dificuldades de transporte e logística completam o quadro: congestionamentos, paralisações e conflitos entre comunidades locais, empresas e autoridades afetam o deslocamento até a cidadela, provocando cancelamentos de viagens e queixas de insegurança e desinformação.
Em resposta, o Ministério da Cultura do Peru afirmou que Machu Picchu não corre risco imediato de perder o título de maravilha, ressaltando que o sítio não integra a Lista do Patrimônio Mundial em Perigo da Unesco. O governo também destacou medidas em curso, como maior controle de visitantes, investimentos em conservação e parcerias com organismos internacionais para fomentar o turismo sustentável.