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Maurício Herschander
Maurício Herschander
Repórter - E-mail: mauricio@brasilturis.com.br

Aeroporto de Caxias do Sul recebe novas exigências da Anac após elevação de categoria

Medida provisória limita operações semanais, mas prefeitura garante que rotina de voos segue sem impacto

O Aeroporto Regional Hugo Cantergiani, em Caxias do Sul, voltou a receber apontamentos da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Em decisão publicada no Diário Oficial da União em 27 de agosto, o órgão regulador estabeleceu uma nova restrição temporária: o terminal poderá operar apenas 42 movimentos semanais — sendo cada pouso e decolagem contabilizados separadamente.

Segundo a Anac, a medida foi adotada após a constatação de não conformidades relacionadas à segurança contra atos ilícitos, enquadradas na área de Avsec (Aviation Security). Por motivos de segurança operacional, os detalhes não foram divulgados. A restrição não tem prazo definido e será mantida até que todas as adequações sejam implementadas.

Ajustes após a elevação para Categoria II

Os novos apontamentos surgem no contexto da recente elevação do aeroporto à Categoria II, conquistada no ano passado por ter registrado média superior a 200 mil passageiros nos últimos três anos. Com o avanço, a Anac passou a cobrar melhorias proporcionais ao nível alcançado pelo terminal.

De acordo com o diretor do aeroporto, Cleberson Babetzki, os pedidos são técnicos e esperados diante do novo patamar. “As demandas fazem parte do processo natural de adequação e não alteram os tipos de aeronaves que Caxias pode receber, hoje com capacidade para cerca de 180 passageiros”, explicou.

Prefeitura garante continuidade das operações

A gestão do aeroporto está a cargo da Secretaria Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade (SMTTM). O titular da pasta, Elisandro Fiuza, assegura que a restrição não interfere na rotina atual, que conta com três voos diários para São Paulo — dois para a capital e um para Campinas.

Entre as exigências estruturais, está a reparação de trechos do muro do terminal, com instalação de serpentinas e reforços em pontos específicos. “São trabalhos grandes que estamos executando dentro das condições orçamentárias e de pessoal”, afirmou Fiuza.

Além das obras, há solicitações administrativas, capacitação de funcionários e a construção de uma cobertura para inspeções de voos particulares.

Histórico de restrições e obras

Não é a primeira vez que o Hugo Cantergiani enfrenta limitações impostas pela Anac. Entre o fim de 2023 e o início de 2024, o aeroporto precisou se adequar a pedidos como o recapeamento da pista e a instalação do sistema Papi (Indicador de Percurso de Aproximação de Precisão). As obras, que somaram investimento de R$ 7 milhões, foram concluídas neste ano, resultando na retirada das restrições anteriores.

Atualmente, o município também aguarda resposta da Infraero sobre a possível assunção da gestão do terminal. Em paralelo, há projeto em andamento para ampliar o prédio de passageiros, o que reforça a expectativa de crescimento da malha aérea regional.

“Estamos evoluindo para que o aeroporto cresça e possa atender cada vez melhor a população e as demandas do setor aéreo”, completou Fiuza.

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