Os principais aeroportos europeus ainda enfrentaram transtornos neste domingo (21) após um ataque cibernético que afetou o sistema de check-in e resultou em atrasos e cancelamentos de voos. Em Bruxelas, cerca de 20% das decolagens previstas foram suspensas, enquanto os terminais de Heathrow, em Londres, e de Dublin relataram que suas operações começavam a retornar à normalidade.
O aeroporto de Bruxelas, impactado desde a noite de sexta-feira, registrou o cancelamento de 45 voos, incluindo seis que precisaram ser desviados, de um total de 257 programados. Segundo uma porta-voz, os atrasos variaram entre 30 e 90 minutos. Já em Heathrow, a “grande maioria dos voos” seguiu normalmente neste domingo, com apoio das companhias aéreas, segundo comunicado oficial.
No sábado, os aeroportos afetados recomendaram que passageiros entrassem em contato com as companhias aéreas e chegassem com antecedência, já que em muitos casos foi necessário recorrer a registros manuais. Filas extensas foram registradas em Bruxelas e em Londres.
A Collins Aerospace, responsável pelo software Muse utilizado no check-in, confirmou ter identificado uma “perturbação de origem cibernética” em diversos aeroportos. A empresa destacou que o impacto “se limita ao check-in eletrônico dos clientes e às bagagens despachadas”. Sem revelar detalhes sobre a origem do ataque, a companhia afirmou que trabalha para resolver a falha “o mais rápido possível”.
O Eurocontrol, organismo europeu de supervisão do setor aéreo, esclareceu que não houve restrições no controle do tráfego aéreo em função do incidente. Subsidiária do grupo americano RTX (antiga Raytheon), a Collins Aerospace atua em 170 aeroportos no mundo, oferecendo serviços de processamento de dados para o setor aeronáutico.