O Fundo Geral de Turismo (Fungetur) vem desempenhando um papel decisivo na modernização da infraestrutura turística brasileira. Entre 2023 e 2025, mais de R$ 2,1 bilhões foram destinados à implantação, ampliação e modernização de empreendimentos do setor em todas as regiões do país. O aporte fortalece a capacidade hoteleira, gera emprego e renda e impulsiona o ambiente de negócios no turismo nacional.
COP30 como prioridade estratégica
Do total investido, R$ 322 milhões foram direcionados exclusivamente para empreendimentos privados envolvidos na COP30, que ocorrerá em novembro de 2025, em Belém (PA). Com crédito de até R$ 30 milhões por operação, garantias do próprio Fundo e condições especiais, empresários do trade turístico tiveram a oportunidade de modernizar sua estrutura para atender o evento, considerado histórico para a Amazônia e para o Brasil.
O ministro do Turismo, Celso Sabino, destaca a importância da ação: “Estamos fortalecendo a infraestrutura do turismo em todo o Brasil e preparando o Pará para receber a COP30. Esse é um esforço que demonstra o apoio do governo federal e do presidente Lula ao nosso país e à realização da Conferência do Clima, que será um marco histórico para o Brasil e para o mundo”.
Exemplos no Pará
Diversos municípios paraenses já foram contemplados com os recursos. Somente até meados de 2025, as operações de crédito somaram R$ 102,3 milhões. Em Santarém, polo turístico do estado, o montante chegou a R$ 12 milhões. Já em Bragança, Salinópolis e Soure, na Ilha de Marajó, os financiamentos variaram de R$ 5,3 milhões a R$ 7 milhões, destinados à expansão hoteleira, aquisição de equipamentos e capital de giro.
Um dos destaques é o Vila Galé Collection Amazônia, inaugurado no complexo Porto Futuro II, em Belém. Com R$ 180 milhões investidos, o hotel une modernidade e preservação ambiental, oferecendo mais de 500 leitos em 227 apartamentos, alta gastronomia amazônica e espaços de eventos. Para a COP30, o empreendimento já registra ocupação total, com delegações internacionais e representantes de governos estrangeiros.
Inclusão e capacitação
Além do crédito, uma portaria recente determinou que todos os empreendimentos apoiados pelo Fungetur cumpram as normas da Lei Brasileira de Inclusão (Lei 13.146/2015), garantindo acessibilidade a pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Em paralelo, o projeto MTur Itinerante percorreu cidades como Santarém e Altamira, levando informações sobre prazos estendidos, taxas reduzidas e formas de aplicação dos recursos.
Legado sustentável
Com a estratégia “Diálogos para a COP30”, o Ministério do Turismo também promove encontros de capacitação e seminários sobre turismo sustentável, envolvendo o trade local e autoridades públicas. A meta é deixar um legado que vai além da conferência, ampliando o acesso a crédito, atraindo investimentos privados e fortalecendo o turismo como política de Estado e motor de desenvolvimento sustentável no Brasil.