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Maurício Herschander
Maurício Herschander
Repórter - E-mail: mauricio@brasilturis.com.br

União Brasil dá prazo até esta sexta-feira (26) para Celso Sabino deixar o Ministério do Turismo

Partido pressiona saída, enquanto Lula busca manter ministro na Esplanada

O futuro de Celso Sabino à frente do Ministério do Turismo entrou na reta final. A cúpula do União Brasil estabeleceu prazo até esta sexta-feira (26) para que o ministro oficialize sua saída do governo federal. A decisão foi comunicada após Sabino sinalizar que conversaria com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, recém-chegado de Nova York, onde participou da Assembleia Geral da ONU. As informações são da Jovem Pan.

A legenda, no entanto, decidiu dar uma margem de tolerância até o fim da semana, mas dirigentes já consideram que o ministro se comprometeu a deixar a pasta. Integrantes da Executiva Nacional do União Brasil afirmaram que Sabino concordou em acatar a pressão partidária para não comprometer sua permanência na sigla, onde tem a promessa de disputar uma vaga ao Senado em 2026.

Disputa política no centro da decisão

A situação expõe a tensão entre o Palácio do Planalto e a direção do União Brasil. O partido, que detém espaço estratégico no governo, tem cobrado maior alinhamento interno e vê em Celso Sabino um impasse político. A expectativa da cúpula é que sua saída preserve a unidade da legenda, especialmente diante das movimentações para as eleições do próximo ano.

Do lado do governo, Lula ainda tenta reverter o quadro. De acordo com interlocutores, o presidente deve fazer uma última investida para manter o ministro no cargo. A permanência de Sabino é vista como estratégica para o Planalto, não apenas pela relevância do setor de turismo na agenda econômica, mas também pela articulação política que o ministro desempenha em Brasília.

No início de setembro, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), chegou a se reunir com Lula no Palácio da Alvorada numa tentativa de fortalecer o espaço de Sabino e blindá-lo contra pressões internas. O esforço, contudo, não foi suficiente para modificar a posição da Executiva Nacional.

Sabino entre governo e partido

O ministro, por sua vez, optou por preservar sua posição dentro do União Brasil. Com a promessa de candidatura ao Senado, Sabino entende que deixar a legenda enfraqueceria seus planos políticos. Assim, a saída do Ministério do Turismo aparece como caminho inevitável, ainda que Lula demonstre interesse em mantê-lo na Esplanada.

Para o setor de turismo, a possível mudança gera expectativa quanto à continuidade das políticas implementadas nos últimos dois anos. Sob a gestão de Sabino, o ministério ampliou investimentos em infraestrutura, fortaleceu programas de crédito e aproximou o país de organismos internacionais, como a ONU Turismo. A eventual substituição deverá trazer impactos para as negociações em andamento, especialmente em projetos ligados a grandes eventos internacionais que o Brasil sediará nos próximos anos.

A decisão final deve ser oficializada até o fim da semana, mas o cenário aponta para uma saída negociada: Sabino deixa o governo preservando sua posição política, enquanto o União Brasil reforça sua coesão interna diante das disputas eleitorais que se aproximam.

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