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Maurício Herschander
Maurício Herschander
Repórter - E-mail: mauricio@brasilturis.com.br

Viagens corporativas batem recorde em julho com faturamento de R$ 8,3 bilhões

Levantamento da FecomercioSP e Alagev confirma alta histórica no setor, mas aponta sinais de desaceleração

O setor de viagens corporativas no Brasil alcançou um marco histórico em julho, registrando faturamento de R$ 8,3 bilhões. O dado faz parte do Levantamento de Viagens Corporativas (LVC), estudo elaborado pela FecomercioSP em parceria com a Associação Latino-Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas (Alagev).

O resultado representa um crescimento de 4,1% em comparação a julho de 2024, quando o mercado havia faturado R$ 7,9 bilhões, recorde anterior para o período. No acumulado de janeiro a julho deste ano, o segmento já movimentou R$ 79 bilhões, número que também estabelece um novo patamar para o setor. “Esse é o maior montante já registrado entre janeiro e julho”, destacou Luana Nogueira, diretora executiva da Alagev, acrescentando que o valor é 7,1% superior ao obtido no mesmo intervalo do ano passado.

Desaceleração no horizonte

Apesar do desempenho positivo, especialistas alertam para sinais de arrefecimento. Luana Nogueira ressalta que o ritmo de expansão começa a se moderar em função do cenário econômico. “Isso se deve ao arrefecimento da economia brasileira. Tanto o índice da prévia do Produto Interno Bruto (PIB), o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), quanto o próprio resultado do PIB do segundo trimestre apontam para um crescimento mais moderado do país. É natural que isso venha impactar o setor de viagens corporativas. Essa é uma tendência já apontada nos relatórios anteriores”, explicou.

Segundo a executiva, a base de comparação também influencia a percepção de crescimento. Nos últimos dois anos, os números de faturamento foram excepcionalmente elevados, o que torna mais difícil sustentar taxas expressivas de expansão em 2025. “Diante de um desempenho econômico mais frágil, torna-se mais difícil manter índices tão elevados de expansão”, acrescentou.

Redução de tarifas pressiona resultados

Outro fator que tem afetado os indicadores é a queda nos preços médios de passagens aéreas e locação de veículos. “Isso impacta diretamente no faturamento do nosso setor”, destacou Luana. Ainda assim, a executiva observa que o segmento continua resiliente. “Apesar dos cenários de arrefecimento da economia brasileira e redução da tarifa média de passagens aéreas, o nosso setor ainda permanece aquecido, com grande demanda do público corporativo”, finalizou.

Perspectivas

A expectativa é de que o setor siga em crescimento, ainda que em um ritmo mais moderado nos próximos meses. O relatório completo do LVC pode ser consultado neste link.

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