A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de São Paulo (ABIH-SP) realiza, no dia 13 de outubro, um encontro em Ribeirão Preto (SP) com o objetivo de criar um pacto de calendário colaborativo entre o setor de hotelaria e os organizadores dos principais eventos da cidade. A reunião será conduzida por Augusto Marques, vice-presidente da entidade, e contará com a participação de Luit Marques e Marcelo Rocci, fundadores da Banana Eventos, além de representantes de hotéis e promotores regionais.
A iniciativa pretende reduzir a sazonalidade turística, harmonizar políticas tarifárias e estimular uma demanda contínua ao longo do ano, transformando Ribeirão Preto em um destino de fluxo constante de visitantes. A proposta inclui a criação de uma agenda integrada entre os grandes festivais, feiras, eventos corporativos e programações culturais, distribuindo as atividades de maneira mais equilibrada entre os meses.
Equilíbrio entre eventos e hotelaria
O encontro será aberto com uma rodada de discussões conduzida pelo setor de eventos, que trará reflexões sobre a necessidade de equilibrar as tarifas hoteleiras em períodos de alta demanda. A ideia é criar um modelo de cooperação entre hotéis e promotores, de modo a evitar sobrecarga nos preços e garantir sustentabilidade para o turismo local.
Durante a reunião, os organizadores também devem anunciar a nova data do festival João Rock, além de celebrar uma conquista recente: o desacoplamento do Ribeirão Rodeo Music da janela da Agrishow — uma medida considerada fundamental para evitar sobreposição de eventos e ampliar o impacto econômico ao longo do ano.
Um pacto para 12 meses de turismo
Segundo Augusto Marques, a intenção da ABIH-SP é estruturar um calendário coordenado e previsível, com planejamento conjunto entre o setor público e privado. “Ribeirão Preto tem potência para ser destino de 12 meses. Queremos construir, com eventos e hotéis, um pacto de previsibilidade: calendário coordenado, comunicação antecipada, transparência de políticas comerciais e um pipeline de ativações que sustente ocupação, receita e empregos o ano inteiro”, destaca o executivo.
A proposta inclui mapear fluxos turísticos regionais, identificar janelas de oportunidades e fomentar microtemporadas ancoradas em grandes eventos — transformando cada festival ou feira em um polo de atração que impulsiona hospedagem, gastronomia, cultura e mobilidade.