Uma bateria de lítio entrou em combustão na bagagem de mão de um passageiro durante um voo da Air China que seguia de Hangzhou, na China, para Incheon, na Coreia do Sul, neste sábado (18). O item estava guardado no compartimento superior quando o incêndio começou, segundo a companhia aérea. A tripulação conseguiu controlar as chamas, e a aeronave realizou um pouso de emergência no Aeroporto Internacional de Pudong, em Xangai. Ninguém ficou ferido.
Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra fumaça se espalhando pela cabine enquanto passageiros se levantam assustados. A Air China informou que ainda não está claro se a bateria em questão estava instalada em um equipamento ou se era uma unidade reserva.
O caso ocorre poucos meses após a China proibir o transporte de determinadas baterias portáteis a bordo de voos. A restrição, em vigor desde junho, foi adotada após autoridades alertarem sobre o aumento do risco de incêndios causados por esse tipo de item. Segundo a empresa, a bateria envolvida no incidente não possuía certificação chinesa de segurança, como exigido pela nova norma.
De acordo com a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA), baterias de lítio podem entrar em combustão espontânea se danificadas ou em curto-circuito. Até 30 de junho deste ano, o órgão registrou 38 incidentes em voos de passageiros e de carga relacionados a fumaça, fogo ou superaquecimento envolvendo essas baterias, contra 89 casos em todo o ano anterior.
Em vários países, companhias aéreas e autoridades têm reforçado as regras sobre o transporte desse tipo de material, proibindo o despacho de dispositivos com baterias instaladas e exigindo que permaneçam desligados durante o voo.

