Gramado (RS) – O primeiro dia da 37ª edição do Festuris, em Gramado (RS), começou nesta sexta-feira (7) com o Meeting Festuris, espaço dedicado à troca de ideias, reflexões e aprendizados entre os profissionais do turismo. O encontro de abertura foi marcado por duas falas inspiradoras que destacaram tanto o valor humano da hospitalidade quanto o potencial de inclusão do turismo social. O painel contou com a participação de Cris Mors, diretora de Vendas e Marketing da Rede Laghetto, e Michel Daros, presidente da Abrastur, com Rita Vasconcelos na mediação.
A hospitalidade que impulsiona destinos
Cris Mors abriu o encontro com a palestra “A hospitalidade que impulsiona destinos”, uma narrativa pessoal e emocional sobre a trajetória da Rede Laghetto, nascida em Gramado e hoje consolidada como uma das principais redes hoteleiras do Sul do país. A executiva relembrou o início da empresa, em 1989, quando “tudo começou com um grande sonho”. Segundo ela, foram três homens visionários que acreditaram na ideia de criar um negócio voltado à geração de emprego e renda para a comunidade. Hoje, a rede conta com 24 hotéis em operação, 3.300 apartamentos e 1.500 colaboradores, número que Cris traduz como “1.500 famílias que dependem desse sonho”.
Em seu discurso, a diretora reforçou a importância da autoconfiança e da coragem para sonhar alto. “Nós somos infinitamente mais capazes do que imaginamos ser”, afirmou, destacando que muitas pessoas não realizam seus projetos por não acreditarem em seu próprio potencial. “Se alguém em algum momento falou para vocês que não podem sonhar grande, ignore. Só vocês sabem onde podem chegar”, completou. Para ela, a trajetória da Laghetto e do próprio Festuris são provas de que acreditar e trabalhar em parceria tornam possíveis grandes realizações.
Turismo social: passado, presente e para o futuro
Na sequência, Michel Daros conduziu a palestra “Turismo social: passado, presente e para o futuro”, resgatando a origem e a evolução desse segmento. “O turismo, antes de ser um mercado, é um instrumento de transformação e pertencimento social”, destacou o presidente da Abrastur. Ele lembrou que o turismo social surgiu há mais de 40 anos, com a criação dos primeiros clubes de férias voltados a funcionários do Banco do Brasil e do Banco Central, permitindo que trabalhadores de classe média pudessem parcelar suas viagens e vivenciar experiências de lazer e cultura.
Daros desmistificou a ideia de que o turismo social é voltado apenas para pessoas de baixa renda. “Nosso propósito é dar acesso ao maior número de pessoas possível, mas hoje atendemos toda a cadeia socioeconômica, com produtos personalizados e públicos qualificados”, afirmou. Ele também destacou o papel atual dos clubes de férias na redução da ociosidade hoteleira e na facilitação do pagamento de viagens, mantendo viva a essência da inclusão que marcou a origem do modelo.
Ao encerrar, Daros ressaltou o poder transformador do setor. “O turismo realiza o sonho das pessoas de viajar e experienciar tudo o que ele proporciona. Trabalhar com o que amamos é realmente incrível”, disse, ecoando o tom de otimismo que marcou a manhã.
O Brasilturis viaja com proteção da Affinity Seguro.



