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Felipe Lima
Felipe Lima
Chefe de Redação - E-mail: felipe@brasilturis.com.br

Alagev anuncia novo ciclo estratégico e prepara expansão latino-americana até 2026

Para o próximo ano, a Alagev mira em squads, evoluindo o modo de trabalho entre as comunidades para um modal multissetorial

A Alagev encerra 2025 com uma jornada de amadurecimento e consolidação do Programa Altitude, que norteou os encontros e setoriais ao longo do ano. A iniciativa, estruturada sob metodologias ágeis e metáforas inspiradas na escalada do Everest, marcou um novo ciclo de aprendizado colaborativo entre as comunidades da associação, como as de gestores de viagens, eventos e aviação, fortalecendo o papel estratégico dos líderes de cada frente.

Segundo Luana Nogueira, diretora executiva da Alagev, a construção da agenda de 2025 teve como foco a evolução contínua dos temas e a troca de experiências entre as comunidades. “Chegamos ao oitavo encontro com a sensação de dever cumprido. Trabalhamos uma linha do tempo evolutiva, em que cada reunião agregou novas ferramentas e metodologias. O objetivo foi empoderar as comunidades e proporcionar uma jornada real de aprendizado e de cocriação de soluções”, explica.

O modelo do Altitude, detalha Luana, envolveu papéis simbólicos que reforçaram a dinâmica coletiva, o “guia da expedição”, representando a liderança executiva; os “sherpas”, que são os coordenadores das comunidades; e as equipes de suporte responsáveis pela aplicação das metodologias Scrum e outras ferramentas de inovação. “A metáfora da subida ao Everest traduz a superação das dores e desafios do setor, mas também a conquista de novos patamares de maturidade”, complementa.

Comunidades em evolução e trabalho multissetorial

Com base nas lições deste ano, a Alagev já projeta um novo formato de integração para 2026. A proposta é ampliar o conceito de colaboração e evoluir para um modelo de esquadrões multissetoriais, nos quais as soluções serão cocriadas de forma transversal entre diferentes comunidades.

“Cada comunidade continuará tendo sua identidade, como aviação, gestores de viagens e eventos, mas passará a trabalhar de forma mais interligada. O propósito é desenvolver soluções que atendam ao mercado como um todo, não apenas a nichos específicos”, destaca Luana.

Juliana Patti, presidente do conselho da Alagev, complementa que essa transformação reflete uma tendência global de gestão empresarial. “As grandes companhias já operam em squads, aproveitando talentos e habilidades de diversas áreas. Trazer esse modelo para a Alagev é alinhar a entidade ao que há de mais moderno em governança e inovação”, diz.

Juliana também ressalta o valor das apresentações públicas realizadas pelos gestores nas reuniões. “Estar no palco é um exercício de liderança. Os gestores aprendem a ser assertivos, a defender ideias e a engajar o público — competências essenciais para a carreira corporativa”, observa.

Conselho ativo e fortalecimento do advocacy

Entre as prioridades do conselho para o próximo ciclo, Luana destaca o fortalecimento da atuação estratégica da governança. A ideia é que os conselheiros assumam frentes temáticas específicas, apoiando a diretoria executiva em pautas de relevância nacional, como regulação aérea e políticas públicas.

“A Alagev quer um conselho mais ativo, com membros apadrinhando temas que impactam diretamente o setor, como as discussões junto à ANAC. Esse protagonismo dá mais força à associação para atuar em advocacy e em interlocução com o poder público”, afirma Juliana.

Ela cita a necessidade de maior articulação em pautas como malha aérea, concessões de slots e estabilidade financeira das companhias, temas essenciais para o turismo corporativo. “Somos um mercado que movimenta mais de R$ 132 bilhões por ano e cresce cerca de 8% anualmente. A Alagev precisa usar seu peso institucional para defender o setor e propor soluções”, reforça.

Outra iniciativa prevista é o reforço das ações de capacitação, com o reposicionamento do programa Educa e a contratação de uma nova liderança comercial para ampliar a venda de cursos e treinamentos. “Queremos chegar a universidades e profissionais que desejam ingressar no segmento corporativo, fortalecendo o pipeline de talentos do setor”, afirma Luana.

Expansão latino-americana e fortalecimento do Lacte

A internacionalização é outro pilar estratégico da entidade. Desde que assumiu a diretoria executiva, Luana defende o fortalecimento da presença regional da Alagev, aproximando países da América Latina sob uma agenda comum de desenvolvimento.

“Nosso objetivo é consolidar a Alagev como uma associação verdadeiramente latino-americana. Já estamos em tratativas para realizar uma edição do Lacte Latam em 2026, em formato pocket, levando conteúdo e networking a outros países da região”, revela.

O Lacte 21, que acontece em 2026, terá quatro frentes de conteúdo: energia e protagonismo, lado B dos profissionais, expansão de conhecimento (brain up) e senso de presença. O evento também deve abordar temas como inovação, inteligência artificial, ESG e neurodiversidade, mantendo o formato de feira com trilhas simultâneas e painéis com líderes do mercado.

“O Lacte é o palco da energia da Alagev. Queremos que os participantes estejam presentes de corpo e alma, com foco real na troca de conhecimento e na evolução pessoal e profissional. Essa será a essência do nosso próximo encontro”, define Luana.

Eventos regionais e conexão humana

Ao comentar o cenário de feiras e eventos no Brasil, Luana e Juliana observam um movimento de descentralização. Além do crescimento dos eventos proprietários, as ações regionais têm ganhado relevância.

“O discurso de negócios muda conforme a região. A maturidade de mercado em São Paulo é diferente da do Nordeste ou do Sul. Por isso, eventos regionais são essenciais para fortalecer conexões e gerar negócios reais”, pontua Luana.

Para Juliana, a essência dos encontros presenciais está justamente na construção de relacionamentos. “Os grandes negócios acontecem nos eventos. A conexão pessoal ainda é o maior motor de oportunidades no turismo corporativo”, conclui.

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