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Felipe Lima
Felipe Lima
Chefe de Redação - E-mail: felipe@brasilturis.com.br

Alagev promove engajamento e inovação durante Reunião Global

Durante a última Reunião Global, a Alagev convidou as comunidades a mostrarem problemas e soluções do segmento corporativo; confira

São Paulo (SP) – A Alagev realizou, nesta segunda-feira (10), no Tivoli Mofarrej, sua última Reunião Global do Altitude 2025, momento de alinhamento e integração entre as comunidades que compõem a associação, com uma programação voltada à troca de experiências, apresentação de resultados e incentivo à colaboração entre os membros.

Conduzido por Luana Nogueira, diretora executiva, e Andrea Matos, gerente de comunidades, o encontro teve como propósito reforçar o engajamento dos participantes e estimular o desenvolvimento de projetos com impacto para o setor de viagens e eventos corporativos.

Na abertura, Luana reforçou o papel estratégico das pesquisas conduzidas pela Alagev, convidando gestores e fornecedores a contribuírem ativamente com respostas e disseminação das iniciativas. Segundo ela, os levantamentos realizados pela associação não se destinam apenas aos associados, mas a todo o mercado, oferecendo indicadores consistentes e oportunidades de benchmarking.

“Quanto mais respostas obtivermos, mais robusta se torna nossa base de análise. Esses dados não servem apenas para retratar o setor, mas também para orientar decisões e estratégias de quem atua nele”, destacou a diretora.

Luana complementou ressaltando o impacto positivo que os cases de boas práticas têm na construção de um mercado mais maduro e colaborativo. Ela relembrou que muitos dos projetos inscritos nas edições anteriores do programa Você Inspira nasceram de conversas e trocas entre os próprios membros durante as reuniões das comunidades.

“Às vezes o que parece simples no dia a dia é, na verdade, um case com grande valor de aprendizado para o setor. Queremos que essas experiências saiam do bastidor e ganhem visibilidade”, afirmou, ao reforçar o convite para as inscrições, que já estão abertas.

Dinâmica coletiva e apresentações das comunidades

Encerrada a abertura institucional, a reunião avançou para uma dinâmica coletiva que envolveu todas as comunidades da Alagev. Cada grupo foi desafiado a apresentar uma solução desenvolvida ao longo do ano, em formato breve e dinâmico. Os grupos tiveram sete minutos cronometrados para defender suas propostas diante dos demais participantes.

A avaliação foi feita por mesa, com notas variando entre 7 e 10, definidas por consenso entre os integrantes. As votações ocorreram simultaneamente em formato presencial, com plaquinhas numeradas, e online, por meio de formulário eletrônico.

Luana reforçou que a atividade foi pensada para promover integração, cocriação e aprendizado mútuo entre os grupos. “Essa é uma oportunidade para que as comunidades compartilhem resultados, mostrem evolução e colaborem entre si, gerando valor para o ecossistema”, pontuou.

Mesmo com a adoção crescente de ferramentas tecnológicas e inteligência artificial, as empresas ainda enfrentam dificuldades com a qualificação da mão de obra e com a adaptação de profissionais às novas exigências do setor.

A análise de Vivian Gomes, diretora de Vendas da R1 Soluções Audiovisuais, ressaltou que a integração entre tecnologia e capital humano será determinante para o futuro da área. Com 21 anos de histórico e evolução contínua, a empresa busca agora novas formas de otimizar tempo, acelerar processos e aprimorar a entrega de orçamentos e soluções por meio da automação e do uso estratégico de dados.

Também foi destacada a necessidade de revisão das competências profissionais: se antes predominavam as soft skills, o cenário atual exige letramento tecnológico e domínio de hard skills. No entanto, a reflexão reforçou que a tecnologia deve caminhar junto com a compreensão das pessoas.

Entender o comportamento e as necessidades dos colaboradores passa a ser essencial para reter talentos e fortalecer a cultura organizacional, mostrando que a inovação no setor depende tanto de sistemas inteligentes quanto de relações humanas sólidas.

Confira os principais insights das soluções apresentadas pelas comunidades:

CTIE:

A comunidade CTIE abriu a rodada de apresentações. O grupo apresentou uma proposta de agente de inteligência artificial aplicado à gestão de eventos, com foco em centralizar informações de briefings, fornecedores e orçamentos, além de analisar desempenho e satisfação no pós-evento.

A iniciativa busca eliminar retrabalhos e consolidar uma base de aprendizado contínuo que permita maior previsibilidade e eficiência nos processos. A ferramenta propõe ainda relatórios automáticos e análise de indicadores em até sete dias após a realização dos eventos.

CGE:

A Comunidade de Gestores de Eventos (CGE) apresentou, durante a Reunião Global da Alagev, uma proposta voltada à formação técnica e qualificação profissional no setor de eventos. O grupo identificou que, embora o mercado tenha crescido e se modernizado rapidamente após a pandemia, a evolução da mão de obra qualificada não acompanhou o mesmo ritmo, resultando em alta rotatividade, retrabalho e perdas de produtividade.

Como resposta, o grupo propôs a criação de um curso profissionalizante voltado tanto para novos talentos quanto para profissionais já atuantes, com o objetivo de elevar o padrão de entrega, reduzir a informalidade e fortalecer a competitividade do setor. A iniciativa também busca incentivar a inclusão e a empregabilidade, reconhecendo o papel social dos eventos como porta de entrada para o mercado de trabalho.

A proposta reforça que o verdadeiro diferencial do setor está nas pessoas, e que o investimento em capacitação é essencial para garantir sustentabilidade, eficiência e qualidade em toda a cadeia de eventos corporativos.

GERJ:

A comunidade de Gestores de Eventos do Rio de Janeiro (GERJ) apresentou, durante a Reunião Global da Alagev, uma proposta para solucionar um problema recorrente nas empresas: a solicitação de eventos internos em cima da hora, que compromete a qualidade das entregas, o cumprimento das políticas internas e o planejamento orçamentário.

A iniciativa resultou na criação de uma ferramenta de solicitação de eventos com prazos e regras de aprovação definidos. O sistema exige que pedidos feitos fora do período estipulado sejam acompanhados de justificativa, enviada automaticamente para avaliação da diretoria ou da área responsável. Além disso, a plataforma gera um histórico de recorrências, permitindo identificar setores que frequentemente realizam solicitações tardias.

Com o apoio de recursos como Teams, Forms e plataformas corporativas, a ferramenta já está em funcionamento e tem contribuído para maior organização, transparência e eficiência na gestão de eventos internos, fortalecendo a governança e o cumprimento das políticas corporativas dentro das empresas.

CGV:

A Comunidade de Gestores de Viagens (CGV) apresentou, durante a Reunião Global da Alagev, uma proposta voltada à melhoria da gestão de indicadores e dados estratégicos nas empresas. O grupo identificou que, embora a área de viagens seja altamente estratégica, muitos gestores ainda enfrentam dificuldades em mensurar resultados e demonstrar o real valor de suas ações devido à falta de dados consolidados e relatórios confiáveis.

Como solução, foi proposto o Gerenciador de Indicadores, composto por duas frentes complementares: um guia prático para construção e interpretação de KPIs e uma squad de gestão de dados formada por gestores, agências e equipes de tecnologia. O objetivo é padronizar informações, integrar fontes e transformar dados dispersos em análises úteis para a tomada de decisão.

A iniciativa busca elevar a maturidade da gestão de viagens corporativas, tornando-a mais estratégica, preditiva e orientada por resultados, permitindo que as empresas deixem de discutir apenas custos para focar em valor, produtividade e impacto real nos negócios.

GVMG:

A comunidade de Gestores de Viagens de Minas Gerais (GVMG) apresentou uma proposta voltada à padronização da gestão de bilhetes não voados, um dos maiores desafios enfrentados por gestores e empresas no segmento corporativo. O grupo destacou que a falta de um processo estruturado e regulamentado resulta em perda de créditos, falhas de comunicação e impacto direto nos custos de viagens.

Como solução, foi proposta a criação de um modelo unificado de controle de créditos vinculado ao CNPJ das empresas, permitindo que valores de bilhetes não utilizados fiquem registrados em um “bolsão” acessível tanto para agências quanto para os próprios viajantes. A iniciativa prevê também o envolvimento da ANAC e das companhias aéreas na construção de uma regulamentação que traga mais transparência e segurança ao processo.

A proposta reforça a importância da colaboração entre os diferentes atores da cadeia de viagens (empresas, agências, fornecedores e órgãos reguladores) para garantir que a gestão de bilhetes não voados deixe de ser um gargalo e passe a representar uma oportunidade real de economia e eficiência para o mercado corporativo.

GVRS:

A comunidade de Gestores de Viagens do Rio Grande do Sul (GVRS)  também apresentou, durante a Reunião Global da Alagev, uma proposta para enfrentar a falta de transparência e padronização na gestão de bilhetes não voados. O grupo destacou que, sem regras claras e processos uniformes, empresas perdem créditos, enfrentam dificuldades de reembolso e acabam sobrecarregando gestores e agências com problemas operacionais recorrentes.

Como solução, o grupo propôs a criação de um conselho multidisciplinar reunindo companhias aéreas, agências de viagens, provedores de tecnologia, gestores corporativos e a própria Anac, com o apoio institucional da Alagev. O objetivo é definir regras claras, padronizar procedimentos e garantir visibilidade sobre prazos, créditos e políticas de remarcação ou cancelamento.

A iniciativa busca eliminar fragilidades na gestão, aumentar a eficiência operacional e fortalecer a relação entre empresas e fornecedores. Com reuniões periódicas, planos de ação e definição de responsabilidades, o conselho pretende consolidar um modelo de governança colaborativa que traga mais transparência, previsibilidade e segurança para toda a cadeia de viagens corporativas.

CAC:

A comunidade de Agências Corporativas (CAC) trouxe à Reunião Global da Alagev uma discussão sobre a sustentabilidade financeira das concorrências no mercado de viagens e eventos. O grupo apontou que práticas como fees abaixo do custo real e prazos de pagamento excessivos comprometem a qualidade do serviço, pressionam margens e tornam inviável a manutenção de equipes qualificadas.

A proposta apresentada prevê duas frentes de atuação: uma ação de curto prazo, focada na conscientização dos clientes corporativos por meio de encontros e fóruns para discutir valores e prazos mais equilibrados; e uma iniciativa de longo prazo, que busca a autorregulamentação do setor, com o apoio da Alagev e de entidades parceiras. O objetivo é estabelecer parâmetros mínimos de remuneração e práticas comerciais transparentes, evitando que o serviço das agências seja tratado como commodity.

O grupo defendeu ainda o fortalecimento do diálogo com áreas de compras e supply chain das empresas, para que compreendam o impacto real da gestão de viagens e valorizem a entrega estratégica das agências. A iniciativa reforça a importância de criar um mercado mais justo, sustentável e colaborativo, capaz de equilibrar custos, qualidade e valorização profissional.

CIN:

A comunidade de Incentivos (CIN) trouxe à Reunião Global da Alagev uma reflexão contundente sobre os prazos de pagamento excessivos praticados no mercado de eventos e viagens corporativas, em muitos casos, de 90 a 120 dias após a emissão da nota. O grupo destacou que essa prática compromete toda a cadeia de fornecedores, afeta a qualidade das entregas e inviabiliza a operação de pequenas e médias empresas, que não possuem capital de giro para suportar esse intervalo.

Como solução, foi proposto um movimento de conscientização e educação do mercado comprador, em parceria com entidades como a Alagev e o Instituto Brasileiro de Compras (Embrass). A ideia é levar o tema ao palco do Lacte e aos eventos do setor, promovendo debates com gestores de compras e supply chain sobre boas práticas e condições justas de contratação.

A iniciativa busca criar um ambiente mais equilibrado e sustentável, no qual o prazo de pagamento não seja um fator de desequilíbrio, mas parte de uma relação comercial transparente e colaborativa. A proposta do CIN reforça a necessidade de unir forças para educar o mercado e garantir a viabilidade das operações em toda a cadeia de eventos e incentivos.

CMOB & CLE:

As comunidades de Mobilidade (CMOB) e Locadoras e Eventos (CLE) apresentaram em conjunto, durante a Reunião Global da Alagev, uma proposta voltada à melhoria dos processos de concorrência (bids) no mercado corporativo. O grupo destacou que o setor ainda enfrenta falta de padronização, prazos indefinidos e ausência de feedbacks claros, o que gera desperdício de tempo e compromete a transparência entre compradores e fornecedores.

Como solução, foi proposta a criação de um seminário educacional e o lançamento de uma cartilha de boas práticas para nortear as etapas dos processos de concorrência, desde o briefing até o feedback final. O material, desenvolvido com o apoio da Alagev Educa, pretende orientar empresas e profissionais sobre transparência, empatia e comunicação eficiente, promovendo uma cultura de aprendizado e colaboração entre todos os atores da cadeia.

A iniciativa busca elevar o nível de profissionalização do mercado, estimulando que compradores e fornecedores adotem processos mais claros, justos e educativos. Com isso, as comunidades reforçam que apenas por meio da educação e do compartilhamento de boas práticas será possível construir um ambiente mais sustentável e colaborativo para o setor de mobilidade e eventos corporativos.

GVRJ:

A comunidade de Gestores de Viagens do Rio de Janeiro (GVRJ) também apresentou uma proposta voltada à falta de clareza e padronização nas negociações com redes hoteleiras, apontada como uma das principais dores dos gestores corporativos. O grupo destacou que, ao contrário do modelo adotado por companhias aéreas, que permite comparar tarifas publicadas e negociadas em tempo real, a hotelaria ainda carece de transparência nas tarifas flutuantes e nos períodos de blackout, o que dificulta o controle orçamentário e o acompanhamento de acordos.

Como solução, o grupo propôs o desenvolvimento de uma ferramenta de comparação inteligente, apoiada por inteligência artificial, capaz de exibir lado a lado as tarifas publicadas e as negociadas, garantindo visibilidade em tempo real sobre valores e condições. A proposta prevê a colaboração entre redes hoteleiras, agências e gestores, com o objetivo de padronizar o processo e aumentar a confiança nas negociações.

A iniciativa reforça a necessidade de transformar a transparência em um padrão de mercado, fortalecendo a governança, reduzindo divergências comerciais e valorizando o trabalho dos gestores de viagens. Com informações mais acessíveis e confiáveis, o setor avança rumo a um modelo mais justo, colaborativo e sustentável.

CH & GVS:

As comunidades de Hotelaria (CH) e Gestores de Viagens de São Paulo (GVS) apresentaram uma proposta conjunta para abordar um problema recorrente no mercado corporativo: a falta de informação e transparência sobre tarifas flutuantes aplicadas pela hotelaria. O grupo destacou que muitos gestores ainda não compreendem completamente os fatores que influenciam essas variações, o que gera imprevisibilidade orçamentária, retrabalho e perda de confiança entre clientes, agências e fornecedores.

Como solução, foi proposta a realização de um webinar educativo e interativo, reunindo representantes de toda a cadeia para promover diálogo, esclarecimento e conscientização coletiva sobre o tema. O encontro será dividido em quatro blocos temáticos: panorama do problema, impactos na gestão corporativa, visão da hotelaria e boas práticas para maior previsibilidade e transparência.

A iniciativa pretende estimular a colaboração entre os diferentes elos do setor, promover uma cultura de aprendizado contínuo e abrir caminho para ações futuras de regulamentação e equilíbrio de mercado, reforçando o papel da Alagev como articuladora do diálogo e da educação corporativa no turismo de negócios.

CA & CTIV:

As comunidades de Aéreo (CA) e Tecnologia e Inovação em Viagens (CTIV), representadas pelas comunidades de Mobilidade (CMOB) e Locadoras e Eventos (CLE), apresentaram uma proposta voltada à padronização da integração de dados nos OBTs (Online Booking Tools), um dos principais desafios tecnológicos do mercado de viagens corporativas. O grupo destacou que a falta de uniformidade nas informações capturadas e reportadas por diferentes sistemas gera divergências nos relatórios, retrabalho operacional e falta de confiança nas análises.

Como solução, foi proposto o desenvolvimento de um manifesto setorial que reúna as principais dores, boas práticas e diretrizes técnicas para orientar o mercado sobre padrões de integração, estrutura de dados e governança da informação. O documento pretende servir de referência para agências, DMCs, companhias aéreas, hotéis e plataformas tecnológicas, garantindo consistência e leitura uniforme das informações em toda a cadeia.

A iniciativa busca estimular a inovação e fortalecer a confiabilidade dos dados nas operações corporativas, promovendo maior transparência, eficiência e colaboração entre os diferentes players. O manifesto será construído de forma participativa, convidando o mercado a contribuir com soluções que tornem o ecossistema digital de viagens mais integrado e sustentável.

GVNE:

A comunidade de Gestores de Viagens do Nordeste (GVNE) abordou durante a Reunião Global da Alagev um dos maiores desafios do setor atualmente: o encarecimento constante das passagens aéreas. O grupo destacou que a combinação de baixa concorrência, aumento do combustível e fatores geopolíticos tem tornado as tarifas imprevisíveis, comprometendo o planejamento financeiro das empresas e impactando diretamente a experiência dos viajantes corporativos.

Como alternativa, foi sugerido o desenvolvimento de um agente de inteligência artificial integrado aos OBTs, capaz de analisar rotas, períodos e tendências de preço para sugerir o melhor momento de compra com base em custo-benefício. A proposta prevê uma implementação conjunta entre gestores, agências e fornecedores, criando um processo automatizado e estratégico de tomada de decisão.

Embora reconheça que não há solução imediata para a volatilidade do aéreo, a comunidade defende que a tecnologia pode transformar o desafio em oportunidade, promovendo eficiência e previsibilidade a longo prazo. O grupo reforçou ainda a importância da colaboração entre as regiões e comunidades da Alagev para fortalecer o mercado e impulsionar a inovação no ecossistema de viagens corporativas.

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