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Kamilla Alves
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Shutdown nos EUA causa mais de 2,7 mil cancelamentos de voos

Crise atinge aeroportos em todo o país; falta de controladores e atrasos acumulados geram impacto global, inclusive em voos para o Brasil

O tráfego aéreo dos Estados Unidos enfrenta um colapso histórico em meio à paralisação do governo americano, que já dura 40 dias e afeta diretamente o pagamento dos controladores de voo. Segundo a plataforma FlightAware, mais de 2,7 mil voos foram cancelados apenas no domingo (9), além de quase 10 mil atrasos registrados. No sábado (8), houve 1,5 mil cancelamentos, e outros mil na sexta-feira (7).

Os aeroportos de Atlanta e Chicago lideram as interrupções, mas os efeitos se estendem por todo o país. O secretário de Transporte dos EUA, Sean Duffy, alertou que o número de voos pode cair até 20% caso a paralisação se mantenha até o feriado de Ação de Graças, um dos períodos mais movimentados do ano. Ele também revelou que de 15 a 20 controladores de tráfego aéreo estão se aposentando diariamente, o que agrava a crise de pessoal.

Entre os passageiros afetados está a brasileira Amanda Garcia, que teve o voo de Nova York para São Paulo adiado quatro vezes desde o fim de semana. Segundo ela, os funcionários da American Airlines informaram que não há previsão para normalização e que as remarcações dependem da liberação dos espaços aéreos pela Administração Federal de Aviação (FAA).

O advogado Léo Rosenbaum, especialista em direito do consumidor, explica que mesmo diante de uma crise externa, as companhias aéreas continuam obrigadas a prestar assistência aos passageiros. “As empresas devem garantir alimentação, hospedagem e transporte em caso de atrasos prolongados, além de reacomodação ou reembolso integral, conforme prevê a Resolução 400 da Anac”, afirma.

Segundo ele, os passageiros brasileiros que enfrentarem cancelamentos devem registrar todas as ocorrências por e-mail ou aplicativo, solicitar comprovantes e acionar o SAC da empresa, o Procon ou a plataforma Consumidor.gov.br. Em casos de prejuízos maiores, como perda de compromissos profissionais, é possível pleitear indenização judicial.

Com o avanço do shutdown, fica o alerta de que os impactos podem aumentar nos próximos dias, inclusive em voos de ou para o Brasil. A recomendação é que os viajantes acompanhem atualizações das companhias e mantenham registros de todos os contatos e gastos extras durante o período de instabilidade.

 

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