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Kamilla Alves
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“A Web3 já é realidade no turismo”, afirmam especialistas em evento da Skal São Paulo

Evento da Skal Internacional Brasil destaca casos brasileiros de tokenização e o avanço da regulamentação sobre ativos digitais

O uso da tecnologia blockchain e da tokenização de ativos já não é uma promessa distante para o turismo brasileiro. Essa foi a principal conclusão do webinar “Web3, Blockchain e Tokenização de Ativos”, promovido pela Skal Internacional São Paulo, que reuniu especialistas do setor em formato híbrido para discutir tendências e aplicações práticas para viagens e hospitalidade.

O encontro contou com a participação de Walter Teixeira, presidente da Skål Internacional Brasil; Marcos Vilas Boas, presidente da ABIH-SP; Tadeu Cunha, vice-presidente de Tecnologia, Inovação e Dados da Avipam Viagens e Turismo e membro do Comitê de Tecnologia do Skal Internacional; e Paulo Régis e Ricardo Zago, co-CEOs da Bankei.

Casos reais e novas oportunidades

Durante a apresentação, Ricardo Zago destacou que o Brasil já possui exemplos concretos do uso de blockchain no turismo. Plataformas como a Travala, que integra hospedagem, passeios e recompensas via NFT, e a AirBaltic, que criou um sistema de fidelidade baseado em tokens colecionáveis, foram citadas como referências internacionais.

No cenário nacional, Zago mencionou o projeto Destino Futuro, iniciativa da Embratur, Sudene e Porto Digital, voltada à tokenização de imóveis turísticos, e a Ribos, startup que utiliza NFTs para ofertas de última hora em hotéis e pousadas. Outro destaque foi a Dexcap, que realiza retrofits hoteleiros tokenizados por meio da CVM 88, com respaldo regulatório.

“Esses casos mostram que a Web3 já é realidade no turismo. A tokenização permite financiamento, recompensas e rastreabilidade com transparência e segurança jurídica”, ressaltou Zago.

Blockchain aplicada ao Turismo

Na visão de Tadeu Cunha, a blockchain redefine a forma como contratos e transações são estabelecidos no setor. “Uma reserva de hotel é um contrato, e a blockchain transforma a relação humana com qualquer tipo de contrato. O turismo sempre foi pioneiro em tecnologia e vai continuar sendo”, afirmou.

Cunha lembrou que os sistemas globais de distribuição (GDS) foram, historicamente, uma das primeiras conexões internacionais digitais. “Hoje, a revolução está na descentralização. As reservas, os meios de pagamento e até os programas de fidelidade vão operar de forma mais integrada e autônoma.”

Pagamentos com criptoativos e regulamentação

Paulo Régis, CEO da Bankei, abordou a expansão do uso de criptomoedas em meios de pagamento, inclusive com cartões Mastercard e Visa habilitados para conversão automática em moedas fiduciárias. “Hoje é possível pagar um café em Paris ou uma diária de hotel em Cusco usando cripto, e o recebedor recebe em reais ou dólares, sem perceber a diferença”, explicou.

Régis destacou ainda que o avanço da regulamentação, com as novas resoluções do Banco Central e da CVM 88, cria um ambiente mais seguro para inovação. “As regras trazem segurança jurídica e abrem espaço para o turismo participar dessa nova economia digital.”

Em suma, os espacialistas foram unânimes ao afirmar que o Brasil tem potencial para se tornar referência global em turismo Web3, conectando inovação tecnológica a experiências sustentáveis e rastreáveis. “O espaço ainda está aberto. Falta alguém fincar a bandeira do turismo na Web3”, concluiu Zago.

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