A greve dos pilotos da Latam Airlines no Chile, iniciada nesta quarta-feira (12) após o fracasso nas negociações de um novo contrato coletivo, já levou ao cancelamento de 173 voos e afeta aproximadamente 20 mil passageiros, segundo informações divulgadas pela companhia. A paralisação foi aprovada pelo Sindicato de Pilotos da Latam (SPL), que reúne 900 profissionais, dos quais 500 participaram da votação.
O movimento deve impactar a operação da empresa até a próxima segunda-feira (17), período no qual a Latam suspendeu voos domésticos e internacionais partindo do Chile. A companhia não informou, até o momento, os efeitos específicos sobre rotas entre Brasil e Chile.
A principal reivindicação do SPL é a recomposição salarial e a devolução de benefícios reduzidos em 2020, no auge da pandemia. O sindicato afirma que os pilotos foram os únicos funcionários que ainda não tiveram suas condições restabelecidas, mesmo após a recuperação financeira do grupo e a saída do processo de reorganização judicial no Chapter 11, nos Estados Unidos.
Durante a crise sanitária, os pilotos aceitaram reduzir seus salários pela metade para ajudar a manter as operações do grupo em meio ao colapso global da aviação. Agora, alegam que a empresa se mostrou inflexível nas negociações e que não houve contrapartida compatível com o bom desempenho recente.
No Brasil, o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) manifestou apoio aos pilotos chilenos, destacando o papel essencial da categoria durante a pandemia e defendendo que acordos sólidos entre empresas e trabalhadores devem ser encarados como investimento, não como custo.
Em resposta ao G1, a Latam informou ter adotado medidas para minimizar transtornos, incluindo reacomodação em outros voos, alteração gratuita de data e reembolso integral das passagens. A empresa afirma que a grande maioria dos passageiros já recebeu alternativas de viagem e orienta que todos verifiquem o status dos voos no site ou aplicativo, na aba “Minhas Viagens”.
Segundo Paulo Miranda, vice-presidente de Clientes do Grupo Latam Airlines, a prioridade da empresa é “proteger os passageiros e antecipar impactos da greve, mantendo a conectividade no país, especialmente nas regiões que mais precisam”.
A companhia reforçou ainda que segue aberta ao diálogo para encerrar a paralisação.
Confira, abaixo, a nota da Latam na íntegra
O Grupo Latam Airlines informa que, em decorrência da greve convocada por um dos sindicatos de pilotos no Chile, a empresa implementou medidas para proteger os passageiros, incluindo o cancelamento de voos programados entre 12 e 17 de novembro.
Essa medida envolve a suspensão de 173 voos, afetando aproximadamente 20.000 passageiros, a grande maioria com soluções de viagem já aplicadas.
A empresa também informou que as medidas implementadas permanecerão em vigor até o término da greve. Caso a solução proposta não atenda às necessidades dos passageiros afetados, eles poderão alterar a data ou o voo gratuitamente ou solicitar o reembolso integral da passagem.
“Estamos empenhados em oferecer a melhor solução possível a todos os passageiros afetados por esta situação no Chile, mantendo a conectividade em todo o país, principalmente nas regiões que mais precisam”, afirmou Paulo Miranda, Vice-Presidente de Clientes do Grupo Latam Airlines.
A prioridade da Latam é proteger seus passageiros, antecipar os impactos da greve e mantê-los informados prontamente por todos os canais disponíveis. Portanto, recomenda-se que os passageiros sempre verifiquem o status de seus voos antes de se dirigirem ao aeroporto, através do site latam.com ou do aplicativo Latam, na seção Minhas Viagens, onde podem acessar atualizações em tempo real sobre seus voos.