Durante a COP30, uma roda de conversa promovida no estande do Ministério do Turismo, na Green Zone, reforçou a parceria entre a Unesco e o órgão federal ao discutir o papel estratégico das áreas brasileiras chanceladas internacionalmente — Patrimônios Mundiais, Geoparques e Reservas da Biosfera — no desenvolvimento sustentável.
Realizado no sábado (15.11), o encontro reuniu gestores públicos, especialistas e representantes da sociedade civil para debater a importância de integrar conservação ambiental, valorização cultural e geração de oportunidades socioeconômicas nas regiões reconhecidas pela instituição.
Fabiana Oliveira, coordenadora-geral de Produtos e Experiências Turísticas do Ministério do Turismo, destacou que as chancelas internacionais funcionam como impulsionadoras da competitividade dos destinos nacionais.
Para ela, “Os reconhecimentos internacionais da Unesco atuam como um selo de excelência que amplia a visibilidade e a credibilidade dos destinos turísticos. Quando um lugar recebe uma chancela, ele passa a ser percebido como um patrimônio de valor universal, o que atrai viajantes em busca de experiências autênticas, culturais e sustentáveis. Esses títulos fortalecem a identidade local, estimulam investimentos em conservação e qualificam a oferta turística, tornando o destino mais competitivo no Brasil e no exterior”.
O debate também contou com a participação de Eduardo Guimarães, presidente da Rede Global de Geoparques Mundiais da Unesco, vice-coordenador da Rede de Geoparques da América Latina e Caribe e diretor do Geoparque Araripe, no Ceará.
Ele ressaltou que o Brasil lidera um movimento inédito de articulação entre os programas da instituição. “A roda teve como propósito discutir os sítios mundiais da Unesco como estratégia de desenvolvimento sustentável para o Brasil. Estamos atuando como uma espécie de força-tarefa para criar pontes entre os programas, para que cada um não trabalhe isolado. É uma iniciativa nova – não só no Brasil, mas no mundo -, e, por isso, exige mais empenho. Já percebemos muita sinergia entre lideranças e especialistas e, em breve, teremos um produto técnico que tornará essa discussão ainda mais propositiva”, afirmou.
Guimarães ainda reforçou a relevância da parceria com o Ministério do Turismo para a promoção dos programas da Unesco. Ele lembrou que o apoio do órgão foi determinante para a presença dos Geoparques Mundiais nos últimos Salões Nacionais do Turismo. “O Ministério do Turismo tem sido um parceiro essencial. Nos últimos dois anos, tanto no Salão Nacional de Turismo do Rio de Janeiro quanto no de São Paulo, o apoio do MTur foi decisivo para viabilizar a participação dos Geoparques Mundiais. Os estandes foram muito visitados, muito bem produzidos, e isso mostra a convergência de objetivos. Esse relacionamento começou há pouco mais de dois ou três anos, mas já mostra avanços importantes”, disse.
Segundo ele, a aproximação com o Ministério do Turismo reforça o potencial dos programas da Unesco como produtos turísticos capazes de ampliar a visibilidade internacional do Brasil e fortalecer o posicionamento do país no cenário global de sustentabilidade e conservação.



