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Rafael Destro
Rafael Destro
Redator - E-mail: Rafael@brasilturis.com.br

Salão do Automóvel retorna ao Anhembi com tradição, lançamentos e infraestrutura modernizada

Salão do Automóvel da Meliá retorna ao Anhembi em 2025 com expectativa de 700 mil visitantes

O Salão do Automóvel, um dos principais eventos do segmento automotivo na América Latina, retorna ao Pavilhão de Exposições do Distrito Anhembi, em São Paulo, em 2025, marcando sua volta ao local onde foi realizado pela primeira vez em 1970, ano de inauguração do complexo.

Para Gustavo Pires, presidente da São Paulo Turismo (SPTuris), o retorno consolida a nova fase do equipamento após a concessão. “A volta do Salão do Automóvel ao Anhembi acontece após a concessão do complexo, que permitiu a renovação dos espaços e a modernização da infraestrutura”. Ele acrescenta que “o mercado automobilístico vive um período de expansão e inovação, e eventos desse porte movimentam não só o setor, mas toda a cadeia do turismo e da economia paulistana”.

Com as obras de modernização, o pavilhão passou a contar com 76 mil m² de área expositiva, capacidade para até cinco eventos simultâneos e nova distribuição de sanitários e setores, reforçando a competitividade do Distrito Anhembi no mercado de grandes feiras. A trajetória do Salão é marcada por estreias emblemáticas: em 1970, modelos como Dodge Charger V-8, Alfa Romeo 2150 da FNM, Corcel GT, Galaxie Landau, Karmann-Ghia TC, além dos TL e Variant da Volkswagen, chamaram a atenção do público.

Como era o Salão do Automóvel em 1970. Foto: Vasclo Agência Fotográfica/SPTuris

Em 1972, com 236 expositores, o evento ganhou projeção internacional ao apresentar veículos como Dodge 1800, Maverick, Chevette, Puma GTB, SP-2 e MP Lafer, além do Kadykete, considerado o primeiro carro elétrico brasileiro produzido em grande escala. Em 1978, o Salão recebeu 780 mil visitantes em um ano marcado pela produção de oito milhões de veículos no país, segundo a Folha de S.Paulo.

A década de 1980 trouxe mudanças estruturais ao setor: em 1986, os carros a álcool dominaram 96% das vendas nacionais, enquanto divergências entre Anfavea e organizadores resultaram em uma edição focada apenas em marcas estrangeiras. Já em 1988, o destaque ficou para os primeiros modelos nacionais com injeção eletrônica, como o Monza FI da GM e o Gol GTI da Volkswagen.

Nos anos 1990, com a abertura econômica, montadoras internacionais entraram com força no mercado brasileiro. O evento reuniu 330 expositores e atraiu 711 mil visitantes, volume que consolidou o Salão como vitrine estratégica.

Em 1994, os carros populares dividiram espaço com modelos de luxo, refletindo o novo perfil do consumidor. Mesmo durante a crise de 1998, a feira manteve cerca de 500 mil visitantes. Uma edição marcante foi a de 2004, com o Nissan Xterra da norte-americana HPC (High Protection Company), equipado com lança-chamas e vaporizadores de gás pimenta — itens proibidos no Brasil, mas usados em zonas de conflito como o Iraque para proteção civil.

Em 2014, o evento ainda no Anhembi inovou ao oferecer test-drives no Sambódromo, atraindo 756 mil pessoas. Após sete anos fora do complexo, o Salão do Automóvel 2025 retorna ao seu endereço histórico entre 22 e 30 de novembro. Serão cinco pavilhões ocupados e expectativa superior a 700 mil visitantes, com lançamentos de modelos elétricos, híbridos e a combustão, além da forte presença de montadoras chinesas que ampliam sua atuação no Brasil.

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