A Tap encerrou o terceiro trimestre de 2025 com lucro líquido de 126 milhões de euros, compensando integralmente as perdas registradas no primeiro semestre. No acumulado dos nove primeiros meses do ano, o resultado líquido positivo somou 55,2 milhões de euros, impulsionado por receitas operacionais de 3,28 bilhões de euros e pelo forte desempenho do segmento de Manutenção, que cresceu 64% no trimestre.
Entre janeiro e setembro, a companhia transportou 12,7 milhões de passageiros, aumento de 2,9% em relação a 2024, com leve crescimento de 0,7% no número de voos operados. A capacidade avançou 3%, enquanto o RPK subiu 4,6%, elevando o Load Factor para 84,2% no acumulado e para 87,9% no trimestre, alta de 1,7 ponto percentual.
Ao mesmo tempo, custos operacionais recorrentes chegaram a 3,05 bilhões de euros, alta de 4,3%, pressionando indicadores unitários. O CASK recorrente aumentou 1,3%, enquanto o PRASK recuou 3%. O EBITDA recorrente somou 592 milhões de euros, queda de 11% ante 2024.
O CEO Luís Rodrigues afirmou que a companhia apresentou uma performance sólida, mesmo diante de um dos verões mais movimentados e desafiadores dos últimos anos. Segundo ele, “a TAP apresentou uma performance sólida no terceiro trimestre, com um aumento de receitas, resultados operacionais sólidos e um resultado líquido positivo que compensou integralmente as perdas do primeiro semestre”.
Ele destacou ainda que “foi também um dos períodos mais desafiantes, marcado por pressões concorrenciais, disrupções operacionais e eventos meteorológicos adversos”.
A liquidez atingiu 1,02 bilhão de euros em 30 de setembro, crescimento de 373,9 milhões frente a dezembro de 2024. O índice de alavancagem líquida estabilizou em 2,5 vezes. A estratégia de modernização da frota segue ativa, com a previsão de entrega de uma aeronave Airbus NEO ainda em 2025, apesar dos atrasos na indústria global.
Rodrigues ressaltou também o início do processo de privatização parcial, aprovado pelo acionista, mas reforçou que o foco permanece em eficiência e sustentabilidade financeira: “O nosso foco estratégico mantém-se inalterado: transformar a TAP numa empresa sustentadamente rentável e atrativa”.
Para o último trimestre, a Tap projeta reservas ligeiramente acima de 2024 em um cenário de capacidade ampliada, mas com continuidade da pressão competitiva que afeta receitas unitárias. O objetivo permanece em maximizar a qualidade das receitas, sustentada por Load Factors elevados e pela vantagem geográfica do hub de Lisboa.

