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Kamilla Alves
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COP30 abre programação do Dia do Turismo com debate sobre clima e preservação

O estande Conheça o Brasil, do Ministério do Turismo, inaugurou nesta quarta-feira (19) a série de debates dedicados ao Dia do Turismo na COP30, em Belém. A abertura da programação, realizada em parceria com a ONU Turismo, reuniu especialistas nacionais e internacionais para discutir como o setor pode atuar de maneira ativa na agenda climática, com foco na proteção dos oceanos e na adaptação às mudanças climáticas.

O ministro do Turismo, Celso Sabino, destacou a relevância da COP para a agenda ambiental global e para o Brasil. Ele lembrou que a conferência já recebeu mais de 65 mil participantes e ressaltou o simbolismo da presença do presidente Lula no evento. Sabino também citou o Fundo Florestas Tropicais para Sempre como uma das principais propostas apresentadas pelo país. Para ele, a COP30 marca um momento de reconstrução. “Aqui em Belém, estamos construindo um novo planeta”, afirmou.

Turismo, oceanos e responsabilidade climática

Mediado por Cyrielle Lam, representante da Ocean and Climate Platform, o painel reuniu Adam Terando, diretor de ação climática de uma rede hoteleira; Heloisa Schurmann, vice-presidente do movimento Voz dos Oceanos; e Virginia Fernández-Trapa, coordenadora de Programas de Ação Climática e Circularidade da ONU Turismo.

Na abertura do debate, Cyrielle destacou o crescimento global do turismo sustentável e a importância das atividades costeiras para a economia azul. Para ela, a responsabilidade compartilhada é central. “Queremos ser responsáveis”, disse, ao enfatizar o papel transformador do setor.

Virginia reforçou essa visão ao apontar que metade dos turistas do mundo escolhem destinos litorâneos. “Se quisermos continuar tendo o oceano como aliado na luta contra emergências climáticas, precisamos agir”, afirmou. Ela lembrou que o turismo representa parcela significativa da economia oceânica e, portanto, carrega responsabilidade direta sobre sua preservação.

Adaptação, metas climáticas e turismo regenerativo

O debate também abordou práticas de mitigação desenvolvidas pelo setor privado. Adam Terando explicou como seu grupo hoteleiro implementa ações anuais de redução de emissões, com base em investimentos, ciência e parcerias estratégicas. Para ele, a urgência climática é evidente: “O turismo será prejudicado pelas mudanças climáticas. Não temos escolha, precisamos reduzir as emissões e nos adaptar.”

A visão empírica dos impactos ambientais foi apresentada por Heloisa Schurmann, que veleja há mais de quatro décadas. Ela relatou que, ao atravessar quatro oceanos, testemunhou diretamente o avanço de tempestades, ciclones e furacões. “As mudanças climáticas são reais e existem pessoas vivendo nesses locais afetados”, destacou. Para Heloisa, o turismo regenerativo tem papel essencial nessa resposta — não apenas observando, mas contribuindo ativamente para a proteção dos ecossistemas e das populações costeiras.

O painel abriu oficialmente os dois dias de programação do Dia do Turismo na COP30, reforçando a articulação entre clima, sustentabilidade e desenvolvimento econômico, e apontando caminhos para que o setor contribua de forma efetiva com a transição verde.

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