O Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, voltou a ter sua operação interrompida nesta sexta-feira (21) após a presença de um cachorro na pista principal. O incidente levou à suspensão temporária de pousos e decolagens por 27 minutos, marcando o segundo dia consecutivo de paralisações no terminal.
A Aena, concessionária responsável pela administração do aeroporto, informou que as equipes atuaram imediatamente após identificar o animal e acionaram o Corpo de Bombeiros, que realizou a captura.
A suspensão ocorreu entre 6h03 e 6h30. Durante o período, apenas um voo precisou ser alternado para outro aeroporto, sem cancelamentos adicionais registrados. Após a retirada do cachorro, a pista foi liberada e a operação retomada normalmente, segundo a concessionária.
Segundo dia com interrupções no terminal paulistano
A situação ocorre um dia depois de outro episódio que afetou a rotina do aeroporto. Na quinta-feira (20), uma aeronave derramou combustível na pista, obrigando a interrupção de pousos e decolagens por cerca de quarenta minutos. A limpeza foi concluída no início da manhã e a operação retomada sem impacto prolongado no restante do dia.
O novo episódio reacende discussões sobre segurança operacional em áreas de movimento intenso e urbanização densa, como é o caso de Congonhas. Animais na pista estão entre as ocorrências catalogadas pelas autoridades aeronáuticas como potenciais riscos, sobretudo pela possibilidade de colisões que possam comprometer tanto a integridade das aeronaves quanto a segurança dos passageiros.
Atuação rápida evitou impactos maiores
De acordo com a Aena, o acionamento do Corpo de Bombeiros e a resposta das equipes de manutenção ocorreram de forma imediata. A concessionária informou que a presença do animal foi percebida durante a inspeção de pista realizada ao amanhecer, rotina comum antes da primeira onda de voos. “O cachorro foi capturado pelo Corpo de Bombeiros, que atuou imediatamente após as equipes do aeroporto identificarem a presença do animal”, registrou a concessionária em nota pública.
A detecção rápida e o curto intervalo da suspensão evitaram atrasos em cascata ao longo da manhã, período de alta demanda em Congonhas, especialmente por passageiros corporativos. A dinâmica de alternar apenas um voo indica que a malha do horário conseguiu absorver o impacto sem prejuízos relevantes à operação.
Ocorrências reforçam protocolos de segurança
Embora incidentes desse tipo sejam incomuns, aeroportos urbanos estão sujeitos a interferências externas que exigem acompanhamento constante. Em situações semelhantes, as autoridades reforçam que protocolos de inspeção de pista, contenção de acesso e controle perimetral estão entre os procedimentos prioritários para mitigar riscos.
O caso desta sexta-feira acontece em um período de aumento natural de movimentação no setor aéreo, impulsionado pela aproximação das festas de fim de ano e pela expansão da oferta de voos nacionais. Congonhas segue como o segundo aeroporto mais movimentado do país, atrás apenas de Guarulhos, com alta capilaridade de conexões corporativas.
Apesar dos dois eventos consecutivos, a Aena informou que a operação está estabilizada e que os procedimentos de segurança seguem dentro dos padrões previstos pela regulação aeroportuária.

