O Apresenta Summit 2025, realizado nesta segunda-feira (24/11) no hotel Fairmont, em Copacabana, promoveu uma imersão no papel dos eventos na projeção dos destinos turísticos durante o painel “Talks Turismo 360º: Vocação e Experiências – Turismo e Promoção: eventos que conectam, projetam, criando tendências, experiências e valorizando as vocações regionais num calendário diversificado”. O encontro reuniu lideranças do turismo e do entretenimento do Rio de Janeiro para discutir caminhos de desenvolvimento a partir de iniciativas que unem cultura, economia criativa e promoção territorial.
Participaram da mesa Marcelo Monfort (Setur / Expo Rio Turismo), Roberta Kelab (Backstage / Festival Vale do Café) e Tatiana Zaccaro (GL Events / Bienal do Livro), sob mediação de Claudio da Rocha Miranda Filho (Rock World / Casa 09).
Centros de eventos como motores de projeção
Tatiana Zaccaro, diretora da GL Exhibitions, destacou o bom desempenho dos centros de negócios do Rio de Janeiro, como o Riocentro e a Farmasi Arena, que vêm ampliando o fluxo de eventos nacionais e internacionais. Para ela, a cidade demonstra capacidade competitiva não só para sediar grandes encontros, mas também para exportar formatos bem-sucedidos. “Chegamos, inclusive, a exportar modelos de formatação de eventos. Mas temos potencial para crescer ainda mais”, afirmou.
O fortalecimento desses equipamentos, segundo Tatiana, é peça-chave para manter o Rio como referência na América Latina e ampliar oportunidades de negócios, turismo e geração de renda.
Poder público como articulador do crescimento
Marcelo Monfort, subsecretário de Eventos e Turismo do Estado do Rio de Janeiro, ressaltou a importância da atuação conjunta entre a esfera pública e a iniciativa privada. Ele lembrou que o Estado estabeleceu diálogo permanente com o Conselho Estadual de Turismo para identificar gargalos e estimular ações em todos os 92 municípios.
“Quando assumimos, fizemos reuniões com o Conselho Estadual de Turismo para conhecer as dores de cada segmento. Desde então estamos de portas abertas em todos os 92 municípios, de forma a incentivar ações e eventos que desenvolvam as regiões. Por meio da lei de isenção do ICMS, facilitamos as atividades dos produtores de evento, em especial na captação de patrocínios”, destacou.
Monfort reforçou que o setor de eventos é vetor estratégico para descentralizar o turismo e estimular cadeias produtivas locais.
Patrimônio cultural como palco de novas experiências
Representando a Backstage, Roberta Kelab trouxe um exemplo emblemático de impacto territorial: o Festival Vale do Café. Ela explicou como a iniciativa utilizou intervenções urbanas e ocupação qualificada de atrativos históricos — como fazendas coloniais — para criar um produto turístico sustentável.
“Hoje, muitas propriedades se transformaram em hotéis-fazendas, o que faz com que tenham recursos para se manter, preservando-as para as futuras gerações e criando renda e trabalho na região. Mas tudo isso só foi possível graças à parceria do poder estadual, que entendeu a importância dessa iniciativa”, afirmou.
Roberta reforçou que projetos desse tipo ajudam a transformar vocações culturais em oportunidades permanentes para as comunidades locais.
Troca de experiências e visão integrada
O moderador Claudio da Rocha Miranda Filho encerrou destacando o impacto coletivo da indústria de eventos na economia fluminense, citando exemplos como o Rock the Mountain, que movimenta Petrópolis e municípios vizinhos — Areal, Três Rios e Paraíba do Sul.
“Essa troca de experiências é muito proveitosa. O Apresenta é um hub que facilita, conecta, inspira e transborda oportunidades”, declarou.

