A COP30, realizada de 10 a 21 de novembro em Belém (PA), reuniu lideranças globais para debater medidas de mitigação do aquecimento global e apresentar propostas voltadas à transição sustentável. A conferência também funcionou como um ambiente de teste para modelos de produção que podem influenciar o futuro das feiras, convenções e grandes encontros no Brasil.
Com base nessa observação, a LGL Case destacou cinco tendências que devem orientar o setor de eventos a partir de 2026, integrando sustentabilidade, tecnologia, diversidade e práticas territoriais.
A COP30, encontro anual que ocorre desde 1995, registrou mais de 42 mil participantes e dezenas de pavilhões temáticos. A estrutura montada em Belém serviu como referência para soluções operacionais e logísticas que priorizam redução de impactos ambientais, inovação e processos mais eficientes.
Eventos com emissões neutras
A neutralização de carbono tende a se consolidar como requisito básico na produção de eventos. O processo envolve mapear emissões, implementar ações de redução e compensar o que não puder ser evitado por meio de créditos ambientais certificados. As práticas incluem uso racional de recursos, otimização de transporte e manejo adequado de resíduos.
Cenografia reutilizável
A conferência reforçou a adoção de materiais reaproveitáveis e a redução de descartáveis. Na COP30, fornecedores locais, compostagem e soluções circulares foram amplamente utilizados.
A LGL Case cita como referência o Sports Summit São Paulo, que alcançou 97% de materiais sustentáveis nos estandes, substituindo lonas por tecidos ecológicos e destinando esse material ao Grupo Primavera, que transformou os itens em produtos têxteis, gerando renda para famílias atendidas.
Tecnologia para eficiência
A adoção de sensores, plataformas de gestão de energia, credenciamento digital e monitoramento ambiental reforça o uso da tecnologia como ferramenta de gestão sustentável, e não apenas como recurso de interação com o público.
Curadorias conectadas ao território
A COP30 ampliou a participação de moradores da Amazônia, comunidades locais e jovens em seus debates, trazendo perspectivas diversas e alinhadas ao contexto regional. A prática deve se estender para eventos corporativos e institucionais, buscando conteúdo mais representativo e com maior credibilidade.
Brasil na rota de eventos sustentáveis
Investimentos em infraestrutura, turismo e espaços de convenções associados à conferência fortalecem o Brasil como destino para eventos internacionais. A agenda ESG deve influenciar a escolha de sedes por empresas e organizações.
“Nesse novo contexto, organizações que se adaptarem rapidamente às práticas discutidas na COP30 terão vantagem competitiva, seja pela redução de custos operacionais, pelo atendimento a exigências de grandes marcas e investidores ou pela capacidade de entregar experiências alinhadas às expectativas de um público e de um mercado cada vez mais orientados por responsabilidade socioambiental”, afirma Gustavo Costa, CEO da LGL Case.
A COP30 reforçou que práticas sustentáveis passam a integrar o planejamento operacional do setor, com impacto direto na forma como eventos serão estruturados nos próximos anos.



