BRL - Moeda brasileira
EUR
6,27
USD
5,38
Matheus Alves
Matheus Alves
Repórter - E-mail: matheus@brasilturis.com.br

Setores de hospedagem e alimentação projetam faturamento de R$ 80 bilhões em dezembro

Projeção indica R$ 11,1 bilhões para hospedagem e R$ 69 bilhões para alimentação, com dezembro como mês mais forte para o setor

Os setores de hospedagem e alimentação devem faturar R$ 80 bilhões em dezembro, segundo projeção do Núcleo de Pesquisa e Estatística da Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp). O resultado é influenciado pelo aumento das viagens no período, pelo aquecimento do mercado interno e pela combinação de férias escolares, festas de fim de ano e pagamento do 13º salário.

De acordo com Luís Carlos Burbano, coordenador do Núcleo de Pesquisa da Fhoresp, dezembro se mantém como o mês mais forte para ambos os segmentos, favorecido pela maior circulação de turistas e pelo impacto direto no consumo. “Este movimento confirma que o turismo brasileiro vive ciclo de expansão sólido, sustentado por diversos vetores estruturais de demanda e de oferta”, afirma.

O estudo indica que o setor de hospedagem deve movimentar R$ 11,1 bilhões, enquanto a alimentação fora do lar deve alcançar R$ 69 bilhões no País. Os dados se baseiam nos índices de receita nominal da Pesquisa Mensal de Serviços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar da expectativa positiva, parte dos ganhos é comprometida pela inflação acumulada entre 2023 e 2025. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para alimentação fora do lar acumulou 27% no período, pressionando os custos operacionais.

Segundo Edson Pinto, diretor-executivo da Fhoresp, a inflação limita o avanço real das margens de lucro dos estabelecimentos. “Nosso setor é fortemente pressionado por custos crescentes de alimentos, energia, aluguel, salários e insumos. As margens continuam apertadas. Todos trabalham mais para atender mais clientes, mas o lucro real não acompanha este fluxo”, explica.

Para ele, o cenário de leva muitos empresários a operarem no limite. “Trabalhamos com uma carga tributária alta, mais os encargos trabalhistas e a inflação do setor. Somos um dos maiores empregadores do Brasil e temos um longo caminho a ajustar para fazer com que as contas fechem no fim do mês”, conclui.

LEIA MAIS NOTÍCIAS

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem, 
necessariamente, a opinião deste jornal

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

MAIS LIDAS

NEWSLETTER

    AGENDA

    REDES SOCIAIS

    PARCEIROS