Os estádios de futebol, originalmente, são feitos como locais para a realização de partidas de futebol com uma plateia de torcedores. Com o passar do tempo, essa função foi se ampliando e vários estádios passaram a sediar, além das partidas, eventos diversos, como jogos de futebol americano e shows musicais. Além disso, muitos contam com museus que retratam a história do clube, visitas guiadas, restaurantes e atividades diferenciadas. Tudo isso atrai a atenção até mesmo de quem não é torcedor, como ocorre com o Estádio do Barcelona.
Os estádios são considerados espaços públicos, mesmo quando não pertencem ao governo, pois recebem o público em geral. Por isso, são obrigados a garantir acessibilidade. Na época da Copa do Mundo da FIFA em 2014, os estádios participantes precisaram se adequar ao padrão FIFA, que incluía requisitos de acessibilidade, o que foi bastante positivo, já que o nível de acessibilidade anterior não era satisfatório.
Você sabia que existem torcidas organizadas formadas por pessoas com deficiência, como a Eficigalo, do Atlético Mineiro, a Defiel, do Corinthians, os Autistas Rubro-Negros, do Flamengo, e a ala inclusiva de torcedores surdos da Independente Tricolor, do São Paulo Futebol Clube? Para receber esse público, é fundamental que a acessibilidade esteja adequada. Nos estádios que possuem estacionamento, é necessário que haja vagas acessíveis.
De preferência, todas as entradas do estádio devem ser acessíveis. Caso existam apenas acessos específicos, estes devem estar muito bem sinalizados e informados, para que o visitante saiba previamente por onde deve entrar. Os funcionários também devem estar preparados para repassar essas informações no dia da partida ou evento.
Dentro do estádio, é importante que existam rotas acessíveis que conduzam até os locais de posicionamento para assistir à partida. Os estádios geralmente são divididos em vários setores, como arquibancada, camarote, cadeiras térreas e premium, entre outros, e todos devem possuir acessibilidade. Reservar um espaço específico para pessoas com deficiência, sem oferecer oportunidade de escolha, configura um tipo de segregação.
O local deve dispor de banheiros exclusivos e unissex de fácil acesso, de forma que uma pessoa com deficiência que necessite de auxílio de um acompanhante ou cuidador de outro sexo tenha um espaço adequado para isso. Essa estrutura não é possível quando o banheiro acessível está dentro dos banheiros coletivos masculinos ou femininos.
Tenho insistido que a informação sobre acessibilidade é um dos itens mais importantes para que haja fluxo de pessoas com deficiência. Por isso, é fundamental que o site oficial do estádio, ou do evento realizado nele, informe todos os pontos citados acima, para que a pessoa se sinta motivada e confiante para comparecer, além de evitar confusões no local.






