A R3 Viagens, agência especializada em viagens corporativas, lançou o quinto episódio do R3 Cast, podcast voltado a gestores de travel, com foco em um tema cada vez mais presente no setor: a aplicação real da Inteligência Artificial nas viagens corporativas. Intitulado “Inteligência Artificial em Viagens: O que é REAL vs Marketing”, o episódio aborda, de forma direta, a diferença entre tecnologia efetiva e soluções que utilizam o termo IA apenas como estratégia comercial.
Com duração de cerca de 10 minutos, o episódio apresenta dados que acendem um alerta no mercado. Segundo pesquisa da Phocuswright (2024), 87% das empresas de tecnologia para viagens afirmam utilizar Inteligência Artificial, mas apenas 12% aplicam, de fato, machine learning ou processamento de linguagem natural. De acordo com o levantamento citado no podcast, entre 2023 e 2024, empresas brasileiras desperdiçaram aproximadamente R$ 420 milhões ao contratar soluções classificadas como IA que, na prática, se limitam a automações básicas.
“O mercado está inundado de promessas vazias. Gestores pagam premium de 40% a 60% por funcionalidades chamadas de ‘IA’ que são apenas regras básicas de programação”, explica Roberto Ruiz Júnior, CEO da R3 Viagens. “Este episódio entrega um método prático para separar tecnologia real de marketing enganoso.”
O conteúdo também destaca o impacto direto dessa confusão nos resultados das empresas. Dados da GBTA LatAm Survey 2024 mostram que a satisfação dos gestores de viagens com soluções de IA caiu 23% no último ano, principalmente pela frustração com ferramentas que não entregam o que prometem. Ao mesmo tempo, oportunidades concretas de economia — estimadas entre 15% e 28% do orçamento de viagens — acabam não sendo exploradas.
Entre os exemplos práticos apresentados, o episódio cita o caso de um cliente da R3 Viagens, do setor farmacêutico, com cerca de 1.200 viagens anuais, que economizou R$ 342.000 no primeiro ano de uso do R3 Insights, plataforma proprietária da empresa baseada em machine learning para identificação de padrões de economia.
Um dos destaques do episódio é o chamado “Teste das 5 Perguntas”, metodologia desenvolvida pela R3 Viagens para auxiliar gestores na avaliação de fornecedores de tecnologia. O método analisa se o sistema aprende com dados específicos da empresa, se há transparência nas recomendações, se a precisão evolui ao longo do tempo, qual a margem de erro das previsões e se existe um período de treinamento do modelo.
“Red flags como ‘IA proprietária’ sem explicação de funcionamento, promessas de economia garantida sem análise prévia de dados e chatbots que constantemente dizem ‘não entendi’ são sinais claros de que não há inteligência artificial real”, alerta Wilson Silva, diretor de Marketing e Tecnologia da R3 Viagens.
O episódio também projeta tendências para o uso de IA em viagens corporativas entre 2025 e 2027, como previsão dinâmica de preços, uso de inteligência generativa para criação de itinerários otimizados e compliance preditivo, capaz de identificar violações de política antes mesmo da reserva. Segundo o Gartner Travel Tech Report 2024, empresas que implementam IA real podem alcançar retorno médio de sete vezes o valor investido, com payback entre três e cinco meses para companhias de médio porte.