A aviação brasileira deve encerrar 2025 com a maior movimentação de passageiros de sua história. A estimativa é de 130 milhões de pessoas transportadas, número que supera, pela primeira vez, os patamares registrados antes da pandemia. A projeção é do Ministério de Portos e Aeroportos, com base no Relatório de Demanda e Oferta da Anac, atualizado com dados consolidados até novembro.
Entre janeiro e novembro, o transporte aéreo movimentou mais de 117 milhões de passageiros, volume 9,3% superior ao registrado no mesmo período de 2024. No mercado doméstico, foram comercializados 91,9 milhões de assentos, crescimento de 8% na comparação anual. Já o segmento internacional apresentou avanço ainda mais expressivo, com 25,8 milhões de passageiros, alta de 13,6% até novembro.
Segundo Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos, o desempenho reflete o momento da economia e a ampliação do acesso ao transporte aéreo. “Em três anos, tivemos 30 milhões de passageiros a mais na aviação brasileira. Isso equivale a duas vezes a movimentação anual do Aeroporto Internacional de Brasília”, afirmou.
O ministro também destacou que o crescimento dos voos internacionais acompanha a retomada do protagonismo do Brasil no cenário global. Atualmente, os passageiros de rotas internacionais representam 22% da movimentação total do país. Em 2025, os principais mercados emissores e receptores foram Argentina (4,3 milhões), Estados Unidos (4,2 milhões), Chile (3,1 milhões) e Portugal (2,6 milhões).
Na distribuição por aeroportos internacionais, Aeroporto de Guarulhos concentrou cerca de 29% do fluxo, com 14,9 milhões de passageiros considerando origem e destino. Em seguida aparecem o Aeroporto do Galeão, com 5 milhões, além de Florianópolis (1 milhão), Campinas (990 mil) e Brasília (790 mil).
No mercado doméstico, Guarulhos também liderou a movimentação, com 27 milhões de passageiros, seguido por Aeroporto de Congonhas (21,8 milhões), Brasília (14 milhões), Confins (11 milhões) e Galeão (10,7 milhões). Os números reforçam a recuperação estrutural do setor e a consolidação do transporte aéreo como vetor estratégico para o turismo, os negócios e a integração regional no Brasil.






