As autoridades da China confirmaram a extensão, até 31 de dezembro de 2026, da isenção de coleta de impressões digitais para pedidos de vistos de curta duração. A decisão integra o conjunto de medidas adotadas desde a reabertura das fronteiras do país e tem como objetivo facilitar os procedimentos de entrada para viajantes internacionais, especialmente nos segmentos de turismo, negócios e trânsito.
O anúncio foi feito pelo Departamento de Assuntos Consulares do Ministério das Relações Exteriores da China e rapidamente repercutido por embaixadas e centros de solicitação de vistos chineses em diferentes regiões do mundo. A medida reforça a estratégia do país de simplificar processos burocráticos e estimular o fluxo de visitantes estrangeiros, em linha com outras flexibilizações recentes.
Ampliação do escopo e novas condições
De acordo com o comunicado oficial, a dispensa da coleta biométrica passa a valer para solicitações de vistos com permanência de até 180 dias.
A isenção se aplica a vistos de curta permanência emitidos para fins de turismo, negócios, visitas familiares ou trânsito, desde que o período de estadia não ultrapasse 180 dias. Um dos principais avanços da nova prorrogação é a inclusão dos vistos de múltiplas entradas no benefício. Até então, a dispensa valia apenas para vistos de entrada simples ou dupla.
Apesar da ampliação, o governo chinês ressaltou que algumas categorias seguem fora da política de isenção. Solicitantes de vistos D, J1, Q1, S1, X1 e Z, relacionados a residência de longo prazo no país, continuam obrigados a fornecer impressões digitais, conforme a regulamentação vigente, uma vez que esses vistos exigem a obtenção posterior de autorização de residência.
Implementação global da medida
Nos dias seguintes ao anúncio, diversas missões diplomáticas chinesas e centros de vistos ao redor do mundo confirmaram a aplicação prática da isenção em âmbito local. A medida foi divulgada por representações na Europa, Ásia, América do Norte, África, Oriente Médio e Oceania, indicando que os solicitantes elegíveis não precisarão agendar atendimento biométrico no momento da submissão do pedido.
Esse movimento contribui para reduzir custos, prazos e etapas no processo de solicitação de visto, fator considerado estratégico para a retomada do turismo e das viagens corporativas internacionais. Para o trade turístico, a simplificação tende a favorecer a competitividade do destino China em um cenário global cada vez mais disputado.
Histórico de flexibilização gradual
A coleta obrigatória de impressões digitais para a maioria dos solicitantes de vistos chineses entre 14 e 70 anos foi introduzida em 2019, como parte do fortalecimento dos procedimentos biométricos aplicados a estrangeiros. No entanto, com a retomada das viagens internacionais após a pandemia, as autoridades chinesas iniciaram um processo gradual de flexibilização dessa exigência.
A primeira isenção temporária foi implementada em agosto de 2023, com validade inicial até o fim daquele ano. Posteriormente, a medida foi prorrogada até 31 de dezembro de 2024 e, em seguida, até o fim de 2025, acompanhada da ampliação do perfil de solicitantes elegíveis.
A nova extensão até 31 de dezembro de 2026 segue essa trajetória e sinaliza a intenção da China de manter procedimentos simplificados para estadias de curta duração, ao mesmo tempo em que preserva controles mais rigorosos para vistos de longa permanência.
Contexto mais amplo de abertura
A prorrogação da isenção biométrica ocorre em paralelo à ampliação da política chinesa de isenção unilateral de vistos por até 30 dias para cidadãos de dezenas de países, medida recentemente estendida também até 2026. Juntas, essas ações reforçam o posicionamento do país como destino mais acessível para viagens internacionais, tanto a lazer quanto a negócios.
