O Mapa do Turismo Brasileiro encerra 2025 com um resultado acima do previsto pelo Plano Nacional do Turismo. O instrumento atingiu 360 áreas turísticas, superando a meta de 353 estabelecida para o período 2023–2027. O número representa um acréscimo de 16 áreas em relação a 2023, quando o país contabilizava 344 regiões oficialmente reconhecidas.
Na atualização mais recente, realizada em 19 de dezembro, o Mapa passou a reunir 3.033 municípios, o equivalente a 53,09% das 5.570 cidades brasileiras. O avanço é atribuído a um processo de organização territorial mais estruturado, com ganhos em governança regional, qualificação técnica e planejamento do turismo em diferentes níveis da administração pública.
Governança regional avança pelo país
Atualmente, cerca de 200 regiões turísticas já contam com Instâncias de Governança Regional formalizadas. Outras seguem em fase de estruturação institucional, o que indica um trabalho contínuo de articulação entre municípios, estados e o governo federal. O modelo respeita as diferenças regionais e considera as distintas vocações e estágios de maturidade dos destinos turísticos brasileiros.
Para a secretária nacional de Políticas de Turismo do Ministério do Turismo, Cristiane Sampaio, o desempenho acima da meta sinaliza um amadurecimento da política pública. “O Mapa do Turismo Brasileiro deixou de ser apenas um instrumento quantitativo. Hoje, ele se consolidou como uma ferramenta estratégica de planejamento, fortalecendo a governança nos níveis municipal, regional e estadual, e preparando os territórios para acessar políticas públicas, investimentos e ações estruturantes para o desenvolvimento do turismo”, afirma.
Evolução histórica do instrumento
O balanço histórico mostra que o Mapa passou por ciclos distintos desde sua criação. Em 2006, o instrumento atingiu um dos maiores níveis de cobertura municipal, com 68,56% das cidades incluídas. Já em 2016, houve retração significativa, quando apenas 39,05% dos municípios integravam o Mapa.
A partir desse período, a revisão de critérios e o fortalecimento institucional permitiram uma retomada gradual, com crescimento sustentado ao longo dos últimos anos. O resultado alcançado em 2025 indica maior estabilidade do modelo e maior adesão dos municípios à política de regionalização do turismo.
Impacto no desenvolvimento local
Segundo Cristiane Sampaio, a estruturação dos destinos turísticos tem reflexos diretos no desenvolvimento econômico e social das regiões. “Quando estruturamos melhor os destinos, com o apoio do nível regional, promovemos o desenvolvimento de forma integrada, fortalecemos os municípios de maneira igualitária, estimulamos a geração de emprego e renda e ampliamos a competitividade dos destinos brasileiros de forma sustentável.”
A presença no Mapa permite que os municípios tenham acesso mais direto às políticas públicas do setor, além de facilitar a captação de recursos e a participação em programas federais voltados à promoção, qualificação e infraestrutura turística.
Nova categorização moderniza o Mapa
Em 2025, o Ministério do Turismo também lançou uma nova categorização dos municípios integrantes do Mapa. A atualização incorporou uma metodologia baseada em 70 variáveis organizadas em 10 dimensões, alinhadas à Lei Geral do Turismo e às diretrizes do Plano Nacional do Turismo 2024–2027. O objetivo é retratar com maior precisão a realidade do turismo brasileiro e orientar de forma mais eficiente a tomada de decisões.
Com os novos critérios, o Mapa passa a oferecer uma leitura mais técnica do setor, servindo como base para políticas públicas, investimentos e ações estruturantes.
Ferramenta estratégica para o setor
Estar no Mapa do Turismo Brasileiro é considerado um passo essencial para os municípios que desejam fortalecer a atividade turística. A inclusão garante integração com o Ministério do Turismo, acesso a programas federais, apoio à promoção dos destinos e iniciativas de capacitação e desenvolvimento.







