O verão 2025/2026 promete ser um dos mais aquecidos para o turismo brasileiro, tanto em volume de viagens quanto em nível de investimento. É o que revela um levantamento realizado pelo Skyscanner com mil viajantes no Brasil. Os dados indicam um cenário de maior planejamento, busca por experiências personalizadas e interesse crescente por destinos que ofereçam conforto, bem-estar e novas vivências.
Mesmo diante do aumento do custo de vida, mais da metade dos entrevistados demonstra disposição para ampliar o orçamento destinado às férias. Segundo a pesquisa, 53% dos brasileiros afirmam que pretendem gastar mais neste verão, enquanto 58% planejam conhecer um destino inédito. A combinação entre calor intenso previsto para a estação e o desejo por experiências diferenciadas aparece como um dos principais motores desse comportamento.
Conforto e infraestrutura ganham protagonismo
A infraestrutura passou a ter peso decisivo na escolha do destino. Para 61% dos entrevistados, só vale a pena viajar para locais que ofereçam boa estrutura, como ar-condicionado, resorts bem equipados e serviços completos. Além disso, 44% afirmam que pretendem fugir das altas temperaturas, buscando destinos mais frescos.
Embora a praia continue liderando como principal escolha do verão, sendo a preferência de 51% dos viajantes, o estudo mostra avanço de alternativas que priorizam praticidade. Cerca de 24% dos entrevistados devem optar por resorts ou modelos all-inclusive, motivados por fatores como conveniência, previsibilidade de gastos e economia para famílias.
“Os dados mostram que os brasileiros valorizam cada vez mais a experiência dentro da hospedagem. É o movimento que chamamos de ‘Destination Check-in’: hotéis e resorts bem avaliados se tornam o próprio motivo da viagem”, comenta Isla dos Santos, especialista em voos e viagens do Skyscanner.
Planejamento antecipado e uso de tecnologia
O levantamento também confirma que o improviso perde espaço nas férias de verão. Nada menos que 73% dos brasileiros afirmam planejar a viagem com antecedência, organizando voos, hospedagem e atividades antes do embarque. Apenas 4% dizem preferir viagens totalmente espontâneas.
Em relação ao momento da compra, 42% costumam reservar entre um e três meses antes da viagem, enquanto 24% se antecipam ainda mais, garantindo passagens e hospedagem entre quatro e seis meses antes da data de partida. O uso da tecnologia também se consolida: 69% dos entrevistados afirmam que pretendem recorrer a ferramentas de inteligência artificial para planejar as férias.
“Para quem quer economizar no verão, começar a monitorar preços assim que escolhe, ou até mesmo cogita, o destino é essencial. As tarifas oscilam muito, e ferramentas como alertas de preço ajudam o viajante a aproveitar o momento ideal”, explica Isla dos Santos.
Desafios operacionais e escolha do modelo de reserva
Apesar do entusiasmo com as viagens, os principais pontos de estresse não estão ligados ao orçamento, mas à operação da viagem. Para 27% dos entrevistados, a logística de transporte é a etapa mais desgastante. Outros 19% relatam dificuldade para encontrar voos acessíveis, enquanto 12% apontam a escolha da hospedagem como o maior desafio.
Esse cenário reforça a busca por processos mais simples e soluções automatizadas, refletindo-se também nos hábitos de reserva. De acordo com a pesquisa, 30% afirmam que a decisão entre pacote fechado ou reservas independentes varia conforme o destino. Outros 29% preferem adquirir pacotes completos, enquanto 23% optam por organizar tudo por conta própria.
“Os preços podem variar muito entre companhias aéreas e datas, e quando você coloca as opções lado a lado, consegue ter uma visão clara das economias reais. Ferramentas como o monitoramento de preços do Skyscanner tornam esse processo simples, ajudando o viajante a reduzir custos sem comprometer os planos”, diz a especialista.
Viagens em família e experiências compartilhadas
O estudo também evidencia o fortalecimento das viagens em família. Para 55% dos brasileiros, o próximo verão será vivido em grupo, consolidando a tendência das viagens multigeracionais. Paralelamente, 40% dos entrevistados planejam viajar com o parceiro, reforçando a busca por experiências compartilhadas.
“A viagem virou um ponto de encontro ampliado. É quando a família consegue desacelerar e realmente estar junta”, explica Isla. Dados do relatório Travel Trends 2026, também divulgado pelo Skyscanner, mostram que esse comportamento atravessa gerações: entre jovens da Geração Z, 43% viajaram com os pais nos últimos dois anos.
Segundo o mesmo relatório, as principais motivações para viagens em família incluem a criação de novas memórias, o desejo de retribuir aos pais e avós e a percepção de que esses momentos representam oportunidades raras de conexão plena, reforçando o papel emocional do turismo no planejamento do verão 2025/2026.










