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Uma diária de hotel deve significar 24 horas corridas ou 24 horas de segurança e conforto garantido?

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diária hotel
Quartos de hotel dependem de intervalo entre check-in e check-out para garantir limpeza e segurança aos hóspedes. Crédito: Freepik
Texto por Orlando de Souza, presidente executivo do FOHB e Leonardo Volpatti, da Volpatti Advogados e Associados

Nas últimas semanas, voltou ao debate público o tema da duração da diária hoteleira, a partir da tramitação, em Minas Gerais, do Projeto de Lei nº 3.788/2025, que pretende fixar a diária em 24 horas corridas, das 12h de um dia às 12h do dia seguinte. Mas afinal: reduzir o tempo efetivo de uso do quarto prejudica o consumidor?

A resposta exige menos paixão e mais racionalidade.

O tempo de preparo como garantia de qualidade

Em diversos setores, há tempos técnicos de preparo que o consumidor não vê, mas que são essenciais para a qualidade e a segurança do produto final.

  • No setor aéreo, a aeronave não sai imediatamente após o pouso: há inspeção, reabastecimento e limpeza.
  • Nos restaurantes, a cozinha abre antes do salão, porque há mise en place, higienização e preparo dos ingredientes.
  • Em hospitais, os quartos precisam de um intervalo entre altas e novas internações para esterilização e troca de enxovais.

Na hotelaria não é diferente. Entre o check-out e o check-in, existe um esforço intenso e invisível: camareiras recolhem roupas de cama e banho, que seguem para lavanderias industriais; os quartos são higienizados, móveis revisados, frigobar reposto, banheiros sanitizados com produtos adequados. É esse intervalo que garante ao hóspede seguinte um ambiente limpo, seguro e confortável.

A falácia das 24 horas corridas

Fixar por lei que a diária deve ter exatamente 24 horas corridas é uma inoperância prática. Se cada hóspede tivesse direito a permanecer exatamente 24 horas no quarto, não haveria tempo hábil para esse processo de limpeza e higienização.

Resultado?

  1. Prejuízo ao consumidor, que encontraria quartos sem a devida assepsia ou com a assepsia ideal para os padrões de segurança sanitária.
  2. Aumento do custo da hospedagem, já que os hotéis precisariam contratar mais pessoal, criar uma operação escalonada e ampliar sua estrutura apenas para manter o giro. Ex: O hóspede entra 12 horas e sai às 12 horas do dia seguinte. Logo, o próximo hóspede entraria às 14hrs e sairia às 14hrs do dia seguinte e assim sucessivamente? Ou será que para vender uma diária, o hotel deveria perder a próxima diária para dar tempo de fazer a limpeza adequadamente e atender o critério de 24hrs ininterruptas? Como consequência prática, provavelmente os preços da diária dobrariam de valor.
  3. O que se observa nos grandes destinos internacionais é que os horários de check-in e check-out não são fixados por lei, mas por padrões de mercado e regras contratuais claras. Essa prática confere previsibilidade tanto ao consumidor quanto ao prestador de serviços. A uniformização se dá por meio de autorregulação do setor, guias de boas práticas e parâmetros internacionais de hospitalidade, e não pela criação de normas estaduais fragmentadas. A tentativa mineira, nesse sentido, caminha na contramão do que é feito no turismo global, onde a prioridade é oferecer transparência ao cliente sem engessar a operação dos hotéis.

A questão constitucional

Além de ineficaz, a proposta é inconstitucional. A Constituição Federal (art. 22, I) atribui à União a competência privativa para legislar sobre direito civil (contratos, como o de hospedagem) e sobre turismo.

Mais que isso, a Lei Geral do Turismo (Lei nº 11.771/2008, alterada pela Lei nº 14.978/2024) já estabeleceu a diária de 24 horas, delegando ao Ministério do Turismo a regulamentação do tempo destinado à limpeza. O Superior Tribunal de Justiça (REsp 1.717.111/SP) validou a prática de reservar algumas horas para higienização, desde que previamente informada ao consumidor.

O Supremo Tribunal Federal, em casos semelhantes (como as ADIs 6441, 7023 e 7208), já declarou inconstitucionais leis estaduais que criaram regras contratuais em setores de alcance nacional, reafirmando a competência exclusiva da União.

Conclusão

Exigir por lei que a diária hoteleira seja de 24 horas corridas não é apenas um equívoco jurídico: é uma ameaça à segurança sanitária, um risco de elevação de custos para o consumidor e mais uma jabuticaba regulatória que distancia o Brasil das boas práticas internacionais.

Se o país deseja competir globalmente em turismo e hospitalidade, o caminho é o oposto: segurança jurídica, regras federais unificadas e liberdade contratual clara e transparente. Criar normas estaduais conflitantes é apenas um desserviço à política nacional de turismo.

Dólar cai para R$ 5,35 e fecha no menor valor em 15 meses

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queda dólar valor
Para o turismo, a queda do dólar representa uma oportunidade para brasileiros que planejam viagens internacionais. Crédito: wirestok/freepik

O dólar encerrou a quinta-feira (11) cotado a R$ 5,35, com queda de 0,69%, atingindo o menor patamar desde junho de 2024. Foi a terceira sessão consecutiva de desvalorização da moeda americana no Brasil, em contraste com o desempenho no exterior, onde o dólar sustentou ganhos frente a outras divisas.

A queda refletiu uma combinação de fatores políticos e econômicos. No cenário doméstico, a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e três meses de prisão e à inelegibilidade por oito anos foi interpretada por parte do mercado como um elemento de maior previsibilidade eleitoral, o que reduz incertezas de médio prazo. A pesquisa Ipsos-Ipec divulgada nesta semana, que mostrou avanço da avaliação positiva do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, reforçou a percepção de estabilidade.

No campo econômico, investidores acompanharam a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que registrou alta de 0,26% em julho, abaixo das expectativas. O resultado contribuiu para queda dos juros futuros e estimulou o fluxo de recursos para a bolsa, que fechou em alta de 1,69%, aos 137.914 pontos, no maior nível desde julho.

No exterior, o foco esteve nos Estados Unidos. Dados de inflação vieram dentro das projeções, aumentando as apostas de que o Federal Reserve (Fed) poderá iniciar em breve um ciclo de cortes na taxa de juros. Caso o movimento se confirme, o real tende a ganhar ainda mais atratividade, já que a Selic permanece em 15% e oferece uma das maiores taxas de retorno do mundo.

De acordo com o economista André Valério, do Banco Inter, para o portal Infomoney, a combinação de juros altos no Brasil e a expectativa de flexibilização monetária nos EUA favorece a entrada de capital estrangeiro. “O real é hoje uma das moedas com maior carry do planeta. Se o Copom mantiver a Selic no patamar atual e o Fed começar a cortar, a tendência é de apreciação do real no curto prazo”, afirmou.

 

Justiça marca nova audiência para discutir recuperação da 123 Milhas

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O objetivo do encontro é debater os próximos passos do processo. Foto: Juca Varella/Agência Brasil

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) agendou para o dia 23 de setembro, às 9h, uma nova audiência administrativa para tratar da recuperação judicial da 123 Milhas. A reunião contará com a participação da empresa, dos administradores judiciais e do Ministério Público, e poderá ser acompanhada ao vivo pelo YouTube pelos credores e demais interessados.

O objetivo do encontro é debater os próximos passos do processo, considerado atípico pelo número de envolvidos – cerca de 800 mil credores, o maior já registrado na Justiça brasileira. Embora a audiência não tenha caráter deliberativo, existe a possibilidade de a companhia apresentar um acordo de pagamento a ser avaliado posteriormente pelos credores.

A 123 Milhas acumula dívidas de R$ 2,3 bilhões e depende da aprovação de seu plano de recuperação para seguir em operação. Caso contrário, a empresa afirma que terá de recorrer à falência, cenário em que a venda de ativos cobriria apenas 0,2% do passivo, deixando a grande maioria dos credores sem ressarcimento.

Em nota, a companhia destacou que segue operando normalmente e que a recuperação judicial é “o caminho criado e acompanhado pela Justiça para empresas economicamente viáveis que enfrentaram dificuldades financeiras em razão de um evento extraordinário”.

O grupo, que inclui as marcas Maxmilhas, Art Viagens (HotMilhas), Novum e LH Lance Hotéis, afirma ainda que desde o pedido de recuperação já embarcou quase 3 milhões de passageiros, com aumento contínuo de receita.

Justiça mantém decisão e nega indenização a passageiro por cancelamento de voo da Latam

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Latam
Segundo a relatora do caso, os documentos apresentados eram suficientes para comprovar que a realização do voo colocaria em risco tanto a tripulação quanto os passageiros. Crédito: Divulgação

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), por meio da Primeira Turma Recursal, decidiu manter a sentença que negou indenização por danos morais a um passageiro que teve seu voo cancelado pela Latam Brasil em decorrência de condições meteorológicas adversas. A decisão reforça o entendimento de que a segurança operacional deve prevalecer sobre os interesses individuais em situações de força maior.

O passageiro havia alegado falha na prestação de serviço e solicitava compensação moral, mas a companhia aérea apresentou provas que confirmaram o mau tempo no dia do embarque. Entre os documentos, estavam boletins meteorológicos oficiais (METAR) e reportagens jornalísticas que registravam fortes chuvas e tempestades na cidade de origem.

Segundo a relatora do caso, os documentos apresentados eram suficientes para comprovar que a realização do voo colocaria em risco tanto a tripulação quanto os passageiros. Dessa forma, a decisão reafirma a jurisprudência de que companhias aéreas não podem ser responsabilizadas por fatores externos e incontroláveis, desde que ajam de forma transparente e adotem medidas para minimizar os impactos ao consumidor.

O processo, de número 1007357-54.2025.8.11.0002, contou com a defesa da Latam realizada pelo escritório Lee, Brock Camargo. A decisão fortalece a posição de que cancelamentos motivados por condições climáticas adversas são situações de exceção, previstas na legislação e no Código de Defesa do Consumidor, desde que devidamente comprovadas.

Segurança em primeiro lugar

Para o setor aéreo, decisões como essa têm papel relevante ao consolidar um parâmetro de previsibilidade jurídica. As condições meteorológicas, como tempestades, ventos fortes e baixa visibilidade, estão entre os principais fatores que podem levar ao cancelamento ou atraso de voos, sempre em função da preservação da integridade dos viajantes.

O entendimento também destaca a importância da comunicação transparente por parte das companhias. Embora o cancelamento seja uma medida de segurança, os passageiros têm direito a informações claras, reacomodação em outros voos e, em determinados casos, ao reembolso.

Greve da NAV Brasil: entenda o estado de greve e os possíveis impactos no tráfego aéreo

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O estado de greve não implica impacto imediato nas operações aéreas. Crédito: Ditya Rafi Muttaqin/pexels
O estado de greve não implica impacto imediato nas operações aéreas. Crédito: Ditya Rafi Muttaqin/pexels

A recente aprovação do estado de greve pelos trabalhadores da NAV Brasil, empresa estatal responsável pelos serviços de navegação aérea no país, adiciona um novo capítulo ao movimento iniciado na última semana. Embora a decisão não represente, por enquanto, a suspensão dos serviços, ela sinaliza um cenário de tensão que pode resultar em paralisações parciais a partir de 24 de setembro.

O que significa o estado de greve

O estado de greve não implica impacto imediato nas operações aéreas. Trata-se de uma etapa anterior à paralisação efetiva, que funciona como uma forma oficial de pressão sobre o governo federal e a gestão da empresa.

Caso não haja avanços nas negociações em torno das reivindicações trabalhistas, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores na Proteção ao Voo (SNTPV) pode evoluir para a greve propriamente dita, com paralisações programadas.

Por lei, uma eventual greve deve ser comunicada com pelo menos 72 horas de antecedência, o que garante tempo para que companhias aéreas e passageiros se organizem e ajustem suas programações de voo.

O papel da NAV Brasil

A NAV Brasil é peça-chave na infraestrutura da aviação nacional. Seus profissionais compõem o segmento civil do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), atuando em funções essenciais como:

  • Controle de Aproximação (APP) e Controle de Aeródromo (TWR), que orientam pousos, decolagens e movimentação no espaço aéreo próximo aos aeroportos.

  • Meteorologia Aeronáutica, com previsões, informes e vigilância meteorológica usados por pilotos e autoridades aeronáuticas.

  • Serviço de Informação Aeronáutica (AIS), responsável por coletar e divulgar dados críticos para a navegação aérea.

  • Telecomunicações Aeronáuticas, que garantem comunicação segura e eficaz entre aeronaves e unidades em solo.

Esses serviços estão distribuídos em dezenas de Dependências da NAV Brasil (DNB), presentes em aeroportos estratégicos de todo o país, como Guarulhos (SP), Viracopos (SP), Galeão (RJ), Santos Dumont (RJ) e tantos outros.

Riscos e reivindicações

O SNTPV aponta que a falta de concursos há 14 anos e a sobrecarga de escalas aumentam os riscos à segurança. Além disso, cobra o cumprimento de cláusulas do Acordo Coletivo 2023/2025, incluindo melhorias no auxílio saúde e implementação do Plano de Cargos e Salários.

Entre os problemas relatados, estão:

  • Defasagem salarial desde a pandemia, ainda não corrigida.

  • Promessas não cumpridas pela presidência da empresa desde 2023.

  • Escalas exaustivas e número elevado de horas extras, que pressionam os profissionais.

Próximos passos

Com a aprovação do estado de greve, a categoria se mantém em alerta e aguarda avanços nas negociações com o governo federal. Caso não haja resposta, as paralisações previstas para os dias 24, 26 e 30 de setembro e 2 de outubro serão confirmadas, sempre de forma parcial e com preservação da segurança operacional.

Azul amplia malha em Foz do Iguaçu com 64 voos extras no verão 2025/2026

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Azul reforça operações em Foz do Iguaçu com 64 voos extras na alta temporada de verão 2025/2026
Azul reforça operações em Foz do Iguaçu com 64 voos extras na alta temporada de verão 2025/2026. Crédito: Divulgação

A Azul Linhas Aéreas anunciou a expansão de sua malha em Foz do Iguaçu para a alta temporada de verão 2025/2026. Entre 13 de dezembro de 2025 e 1º de fevereiro de 2026, serão 64 voos extras de e para o destino paranaense, totalizando 10.692 assentos adicionais. O incremento representa crescimento de 11% nas decolagens e 12% na oferta de assentos em relação à temporada regular.

Os novos voos terão como foco as rotas ligando Foz do Iguaçu a Recife e Confins, dois hubs estratégicos da companhia. A partir desses aeroportos, a Azul conecta passageiros a uma ampla rede nacional e internacional, incluindo destinos na Europa, América Central e América do Norte. Além disso, permanecem as operações regulares para Campinas, Curitiba e, a partir de outubro, Congonhas, com dois voos diários inéditos que aproximam ainda mais a capital paulista das Cataratas do Iguaçu.

Segundo Beatriz Barbi, gerente de Planejamento e Estratégia da Azul, o reforço da malha é um reflexo da importância do destino. “Foz do Iguaçu é um dos destinos mais emblemáticos do turismo brasileiro, com grande procura tanto por visitantes nacionais quanto internacionais. Reforçar nossa malha durante o verão significa atender a essa alta demanda, ampliando as opções de conectividade para nossos Clientes. Com os voos extras para Recife e Confins, além das ligações regulares com Campinas, Curitiba e agora Congonhas com operação diária, fortalecemos ainda mais o acesso às Cataratas e à diversidade de experiências que a região oferece”, afirmou.

Crescimento a partir de Congonhas

Um dos pontos mais relevantes do anúncio é a inclusão de voos regulares entre Congonhas e Foz do Iguaçu, a partir de 26 de outubro. Serão duas frequências diárias durante a semana e horários adaptados para sábados e domingos, ampliando a conectividade entre o principal aeroporto central de São Paulo e o destino paranaense.

A estratégia faz parte de um movimento mais amplo da Azul em Congonhas, onde parte da malha voltada ao público corporativo será redirecionada para destinos de lazer na alta temporada. Além de Foz, haverá incremento de operações para cidades do Nordeste e do Sul, atendendo à crescente demanda de viajantes brasileiros.

Trabalhadores da NAV Brasil aprovam greve parcial em setembro e outubro

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De acordo com o sindicato, a medida foi estruturada de forma a não comprometer a segurança dos voos, atingindo apenas serviços de menor impacto direto na operação. Crédito: Jerry Wang /pexels

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores na Proteção ao Voo (SNTPV) aprovou a deflagração de greve dos empregados civis da NAV Brasil, estatal responsável pelos serviços de navegação aérea no país. O movimento acontecerá nos dias 24, 26 e 30 de setembro e 2 de outubro de 2025, com paralisações parciais de uma hora em dois turnos: das 11h às 12h e das 15h às 16h.

Segundo a entidade, a medida foi estruturada de forma a não comprometer a segurança dos voos, atingindo apenas serviços de menor impacto direto na operação.

O sindicato justifica a greve pela precarização das condições de trabalho e pelo descumprimento de cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho 2023/2025, entre elas a melhoria do auxílio saúde e a implantação do Plano de Cargos e Salários. Ambos os pontos haviam sido conciliados junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), mas, segundo o SNTPV, ainda não foram implementados.

A categoria também aponta como fatores o déficit de pessoal operacional, com 14 anos sem concursos públicos, a defasagem salarial herdada da pandemia e promessas não cumpridas pela atual gestão da empresa. De acordo com o sindicato, o cenário levou ao aumento das escalas, excesso de horas extras e, consequentemente, risco à segurança aeronáutica.

Impactos e orientações

Embora os serviços essenciais sejam mantidos, o sindicato recomenda que passageiros e companhias aéreas verifiquem possíveis ajustes de voos nos dias de paralisação. A antecedência no aviso da greve foi superior ao exigido por lei, justamente para permitir que o setor organize eventuais mudanças operacionais.

“Sabemos que uma greve não agrada a ninguém, mas é o último recurso para a manutenção da segurança da aviação brasileira. A categoria já está no limite de sua capacidade funcional e não dispõe de outra alternativa”, declarou o SNTPV em nota.

Próximos passos

O movimento não está relacionado à negociação do próximo Acordo Coletivo de Trabalho, ainda em andamento. O sindicato reforça que o objetivo central da greve é garantir condições justas de trabalho e a continuidade da prestação dos serviços com segurança e excelência.

Dúvidas sobre o movimento podem ser encaminhadas ao e-mail greve@sntpv.org.br.

Turismo brasileiro cresce 6,1% até julho de 2025

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turismo brasileiro
O crescimento foi impulsionado, principalmente, por segmentos como transporte aéreo de passageiros, hospedagem, alimentação e serviços de bufê. Crédito: Ivan Samkov/pexels

O turismo brasileiro segue em trajetória positiva em 2025. Entre janeiro e julho, o agregado especial de atividades turísticas avançou 6,1% em comparação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O crescimento foi impulsionado, principalmente, por segmentos como transporte aéreo de passageiros, hospedagem, alimentação e serviços de bufê.

No recorte regional, 14 das 17 unidades da federação analisadas registraram resultados positivos. Entre os destaques estão Rio de Janeiro (+12,7%), Rio Grande do Sul (+10,8%), Bahia (+8,4%), além de São Paulo (+6,0%), Paraná (+5,8%) e Santa Catarina (+5,6%).

Na comparação entre julho de 2025 e julho de 2024, o índice de volume de atividades turísticas apresentou alta de 3,3%, marcando o 14º resultado positivo consecutivo. O desempenho foi liderado pelo transporte aéreo, serviços de bufê e reservas de hospedagens. Nesse período, o Rio Grande do Sul (+18,6%), São Paulo (+4,9%) e o Rio de Janeiro (+4,7%) figuraram entre os estados de maior crescimento.

Para Celso Sabino, ministro do Turismo, os resultados refletem a resiliência e a capacidade de inovação do setor.

“O turismo brasileiro vive um momento de grande expansão e geração de oportunidades. O crescimento registrado neste ano é resultado direto do esforço conjunto entre governo, iniciativa privada e trabalhadores do setor, que têm se reinventado e mostrado a importância estratégica do turismo para a economia e para o desenvolvimento do país”, destacou.Um

Um Levantamento mensal da FecomercioSP, também com base em dados do IBGE, indica que o turismo brasileiro faturou quase R$ 108 bilhões no primeiro semestre de 2025, o maior valor já registrado desde o início da série histórica, em 2012.

O resultado representa alta de 6,9% em relação ao mesmo período de 2024, com acréscimo de R$ 7 bilhões. O transporte aéreo foi o segmento que mais se destacou, com faturamento de R$ 27,3 bilhões, um aumento de 10,6% em relação ao ano anterior.

Eventos impulsionam hotéis de Jurerê in e fortalecem turismo em Florianópolis

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Eventos movimentam hotéis de Jurerê in e aquecem a economia de Florianópolis. Crédito: Divulgação
Eventos movimentam hotéis de Jurerê in e aquecem a economia de Florianópolis. Crédito: Divulgação

O setor de eventos vive um momento de grande aquecimento em Florianópolis, e Jurerê in desponta como um dos destinos mais procurados por empresas e organizadores de diferentes regiões do país. Em 2025, os hotéis IL Campanario e Jurerê Beach Village já contabilizam cerca de 100 encontros corporativos e sociais, reunindo aproximadamente 7,4 mil participantes e movimentando R$ 4,3 milhões em hospedagem, gastronomia e serviços associados. A expectativa é que o ano seja encerrado com 150 eventos realizados, consolidando o balneário como referência no turismo de negócios e lazer.

De acordo com Marcel Bicca, gerente comercial de hotelaria da Habitasul, a procura deve se intensificar nos próximos meses. “Estamos com alta demanda, especialmente para confraternizações e encontros corporativos de final de ano. A meta é manter em 2025 o mesmo desempenho de 2024, que já foi excelente para o setor”, afirma.

Esse ritmo de crescimento tem impacto direto no mercado de trabalho. Os dois hotéis mantêm cerca de 500 colaboradores fixos em áreas como hospedagem, gastronomia, recreação, spa, tecnologia e manutenção. Além disso, a realização de eventos gera receita adicional para fornecedores locais, como buffets, empresas de audiovisual, decoração e serviços de lazer, ampliando o alcance econômico das atividades.

Outro ponto de destaque é a infraestrutura de alto padrão oferecida pelos empreendimentos. Somando 13 salas versáteis, com capacidade para receber entre 50 e 238 pessoas, os hotéis ainda contam com localização privilegiada à beira-mar, atrativo que agrega valor para empresas que buscam experiências exclusivas. “Nosso objetivo é entregar serviços sofisticados e personalizados, com equipes multilíngues e toda a estrutura necessária para eventos corporativos e sociais de sucesso”, complementa Bicca.

Os eventos também desempenham um papel estratégico na manutenção da demanda turística durante todo o ano. Muitos participantes estendem sua estadia para aproveitar a região ou retornam em viagens futuras acompanhados da família, o que contribui para fidelizar esse público.

A estratégia de captação de novos encontros inclui parcerias com o Destino Floripa & Região, participação em feiras nacionais e internacionais, contato direto com empresas e associações, além da personalização de pacotes que combinam hospedagem, gastronomia e serviços extras. Com investimentos constantes em marketing e infraestrutura, Jurerê in_ fortalece sua posição como um dos destinos mais relevantes para negócios e lazer no Brasil, unindo hospitalidade sofisticada e impacto econômico positivo para Florianópolis.

Relatório mostra entusiasmo e cautela dos brasileiros em relação à Inteligência Artificial

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Inteligência Artificial
Booking.com lança Relatório Global de Perspectivas sobre a IA. Crédito: Freepik

A Booking.com divulgou seu novo Relatório Global de Perspectivas sobre a Inteligência Artificial (IA), revelando como consumidores de diferentes países estão reagindo ao uso crescente da tecnologia em suas rotinas e, em especial, no turismo. O estudo, que entrevistou mais de 37 mil pessoas em 33 mercados, mostra que o Brasil é um dos países mais receptivos: 98% dos consumidores demonstraram entusiasmo com a IA e 97% pretendem utilizá-la no planejamento de viagens futuras.

Apesar do otimismo, o levantamento aponta para uma dualidade. Muitos viajantes reconhecem as vantagens práticas e sustentáveis que a IA pode oferecer, mas ainda preferem manter um grau de supervisão humana nas decisões finais. Isso revela que, enquanto há confiança no potencial da tecnologia, a credibilidade plena depende de equilíbrio entre eficiência e autenticidade.

No caso dos brasileiros, 65% acreditam que o planejamento autônomo de viagens ganhará força em breve, e 80% afirmam já ter usado IA em alguma etapa da jornada turística. Entre as aplicações mais comuns durante a preparação de uma viagem estão pesquisas sobre destinos e melhores épocas para visitá-los (44%), busca por experiências culturais (42%) e recomendações gastronômicas (44%). Um dado chama atenção: 44% já confiam mais em assistentes de IA do que em influenciadores digitais (19%) para planejar viagens.

Durante o período de viagem, os recursos mais usados incluem tradução (50%), dicas de atividades (53%), recomendações de restaurantes (51%) e orientação em locais desconhecidos (37%). Já no retorno, 49% dos entrevistados no Brasil utilizam a IA principalmente para edição de fotos.

O relatório também destaca um aspecto sustentável: 84% dos viajantes brasileiros valorizam o uso da IA para evitar impactos negativos nos destinos. A maioria (86%) reconhece a importância das recomendações que ajudam a escapar de pontos turísticos superlotados ou períodos de alta demanda, e 78% querem que a tecnologia priorize experiências que beneficiem comunidades locais.

Entretanto, a ausência do toque humano ainda é uma barreira. Um quarto dos brasileiros considera a IA impessoal e 76% afirmam revisar as informações fornecidas antes de confiar nelas plenamente. Apenas 12% dizem confiar totalmente na tecnologia, e só 20% se sentem confortáveis em deixar que a IA tome decisões de forma independente. O dado reforça que os viajantes enxergam a IA mais como uma ferramenta de suporte do que como substituta do julgamento humano.

Segundo a Booking.com, o estudo reflete não apenas a expansão da tecnologia no turismo, mas também os desafios de sua adoção responsável. A pesquisa foi realizada entre abril e maio de 2025, com 37.325 participantes em 33 mercados, e evidencia que, no Brasil, a IA tem grande potencial para transformar a forma como as pessoas viajam, desde que respeite os limites de confiança e preserve a dimensão humana da experiência.