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Latam e Revo unem mobilidade aérea e fidelidade em parceria inédita no país

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Latam Pass e Revo: Clientes premium ganham milhas em transporte de helicóptero para Guarulhos. Crédito: Divulgação
Latam Pass e Revo: Clientes premium ganham milhas em transporte de helicóptero para Guarulhos. Crédito: Divulgação

A Latam Airlines Brasil e a Revo oficializaram uma parceria inédita no mercado sul-americano ao integrar mobilidade aérea urbana e fidelização. A partir de 10 de dezembro, membros das categorias Black Signature e Black do Latam Pass, programa de fidelidade da companhia aérea, passam a acumular milhas ao voar com a Revo entre Faria Lima e o Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Segundo o acordo, clientes elegíveis acumulam 8.250 milhas no primeiro voo realizado com a Revo e 5.500 milhas em cada viagem subsequente, sem limite de assentos para o acúmulo contínuo. As milhas são creditadas em até 48 horas após a decolagem, e o benefício é válido exclusivamente para voos operados pela Revo na rota Faria Lima -Guarulhos (ida e volta). As reservas devem ser feitas diretamente pelo link da Revo disponível dentro do ambiente Latam Pass, com antecedência mínima de 24 horas.

Transfer premium com integração completa

A parceria amplia o portfólio de experiências oferecidas ao público de alto valor da Latam. Os voos da Revo são realizados com helicópteros bimotores, operados por dupla tripulação, reforçando o padrão de segurança e eficiência. A experiência inclui traslado terrestre em veículos blindados, quando necessário, conectando residência, heliponto e aeroporto de forma integrada.

“Com a Revo, damos mais um passo para integrar a jornada dos nossos clientes mais fiéis em uma experiência fluida e memorável. Ao conectar os clientes Black Signature e Black ao Aeroporto de Guarulhos com esse novo tipo de mobilidade, reforçamos nosso compromisso com conveniência e exclusividade”, afirma Martin Holdschmidt, diretor geral do Latam Pass no Brasil.

As poltronas individuais têm valores a partir de R$ 2.750, e os passageiros podem adquirir assentos avulsos ou fretar a cabine inteira. O serviço também contempla despacho de bagagem, garantindo praticidade e reduzindo etapas intermediárias no deslocamento.

Revo amplia alcance com parceria estratégica

Criada há pouco mais de dois anos, a Revo vem se consolidando como solução de mobilidade aérea urbana em São Paulo. Com foco em eficiência e otimização do tempo, a empresa integra deslocamentos que antes exigiam longos trajetos terrestres, oferecendo ao passageiro uma experiência silenciosa, panorâmica e com redução significativa de tempo porta a porta.

“Há mais de dois anos, a Revo foi lançada com o propósito de trazer uma solução efetiva para a mobilidade em São Paulo. Agora, iniciamos um novo capítulo que irá devolver tempo de qualidade e integração completa para clientes de uma companhia tão reconhecida no setor como a Latam Brasil”, diz João Welsh, CEO da Revo.

Pertencente ao grupo multinacional Omni Helicopters International (OHI), a Revo se apoia na expertise da Omni Táxi Aéreo (OTA), referência em transporte offshore na América Latina, com frota de cerca de 90 helicópteros, mais de 1.500 voos semanais e mais de 7 milhões de passageiros transportados.

Model A Village: novo parque temático automotivo da Serra Gaúcha será inaugurado em 2026

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Conheça todos os detalhes do Parque Automotivo Temático Model A Village, nova atração turística da Serra Gaúcha que será inaugurada em 2026
defaulConheça todos os detalhes do Parque Automotivo Temático Model A Village, nova atração turística da Serra Gaúcha que será inaugurada em 2026. Crédito: Divulgação

A Serra Gaúcha se prepara para receber um dos mais emblemáticos empreendimentos turísticos do país: o Parque Automotivo Temático Model A Village, um complexo totalmente inspirado no universo dos veículos Ford Model A e nos clássicos das décadas de 1920 e 1930. A inauguração está prevista para abril de 2026, marcando um novo capítulo para o turismo de experiência na região.

As obras, iniciadas em março de 2025, avançam rapidamente na área de 11.300 metros quadrados localizada na Linha Araripe, às margens da RS-235, estrada que conecta Nova Petrópolis a Gramado. Com investimento 100% privado, estimado em R$ 30 milhões, o projeto deverá gerar ao menos 20 empregos diretos na primeira fase.

Inspirado na Greenfield Village — espaço criado por Henry Ford em 1929, em Dearborn, próximo a Detroit — o parque foi concebido para proporcionar um dia inteiro de atividades a visitantes de todas as idades. A proposta é transportar o público a uma autêntica vila norte-americana dos anos 1930, com 2,7 mil metros quadrados de área construída. Logo na chegada, chamam atenção o celeiro vermelho típico do interior dos Estados Unidos e a réplica do icônico posto Texaco existente na lendária Rota 66.

Imersão em uma vila dos anos 1930

O ambiente será complementado por 10 lojas temáticas projetadas com referências diretas à arquitetura norte-americana da época. Entre elas, estarão espaços dedicados à venda de artigos natalinos, uma relojoaria cenográfica, chapelaria, barbearia, café e lanchonete. As cinco ruas internas do Model A Village receberão passeios em veículos de época e nas tradicionais Jardineiras, com acompanhamento de guias que apresentarão curiosidades e detalhes técnicos sobre cada modelo.

Além disso, brincadeiras típicas do período deverão envolver crianças e adultos, enquanto áreas verdes especialmente planejadas permitirão piqueniques e momentos de descanso. Após a abertura, o parque prevê iniciar parcerias com escolas para fomentar a visitação estudantil, ampliando o alcance pedagógico do projeto.

Museu com 40 veículos históricos e um avião raro

O grande destaque do Model A Village será seu museu, que abrigará um acervo de 40 veículos restaurados, entre eles aproximadamente 30 exemplares do Ford Model A — inspiração direta para o nome do complexo. A coleção inclui ainda quatro caminhões Ford Modelo AA e quatro Jardineiras Ford, peças que marcaram o início do transporte coletivo no Brasil e permanecem presentes no imaginário popular. Uma das Jardineiras expostas foi fabricada em São Paulo, em 1924, e ganhou o apelido de “Mamãe me leva” por acomodar muito mais passageiros do que sua capacidade oficial de 12 lugares.

O acervo também contará com três tratores Fordson e um elemento raríssimo: um avião Pietenpol Air Camper 1929 equipado com motor Ford Model A. Em um espaço cenográfico especial, os visitantes encontrarão ainda um veículo enferrujado preservado exatamente como foi descoberto em um celeiro, reforçando a proposta de autenticidade histórica.

Informações como horários de funcionamento e valores dos ingressos serão divulgadas mais perto da inauguração oficial em 2026. Enquanto isso, os interessados podem acompanhar as novidades pelas redes sociais do projeto no Instagram: @modelavillage.

Moradores de Jundiaí terão 50% de desconto no Trem da República neste fim de semana

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Moradores de Jundiaí têm 50% de desconto no Trem da República neste fim de semana
Moradores de Jundiaí têm 50% de desconto no Trem da República neste fim de semana. Crédito: Divulgação

Os moradores de Jundiaí terão a oportunidade de transformar o próximo fim de semana em uma verdadeira viagem ao passado. Nos dias 12, 13 e 14 de dezembro, o Trem da República concede 50% de desconto no vagão turístico para quem apresentar comprovante de residência, em comemoração ao aniversário da cidade. A menos de meia hora de distância, o passeio se consolida como uma alternativa prática, acessível e marcada pela imersão histórica.

O trajeto, que liga Itu e Salto, tem duração aproximada de uma hora e percorre sete quilômetros pela antiga malha ferroviária paulista. O trecho urbano revela pontes, túneis, rios e áreas preservadas que compõem um mosaico de paisagens em constante transformação. Cada curva expõe um novo recorte do patrimônio ferroviário local, proporcionando ao visitante uma combinação de contemplação e descoberta.

Uma experiência que conecta história e turismo

Durante o trajeto, os passageiros acompanham uma narrativa que revisita o contexto político do final do século XIX. A Proclamação da República surge como eixo central da história, entrelaçada com o desenvolvimento das cidades vizinhas à ferrovia. A ambientação é reforçada por personagens que interagem com o público, sons que preenchem os vagões e intervenções artísticas que ajudam a reconstruir o clima da época. O resultado é uma imersão que aproxima o visitante do período em que o Brasil redefinia seus rumos políticos.

Inaugurado em dezembro de 2020, o Trem da República transformou o percurso entre Itu e Salto em um produto turístico que mescla entretenimento e memória nacional. Os vagões são divididos em três categorias — turístico, boutique e panorâmico — permitindo diferentes experiências a bordo. O vagão boutique, inclusive, é pet friendly, possibilitando que os tutores realizem o passeio acompanhados de seus animais de estimação.

Turismo regional fortalecido

A proposta do Trem da República, além de promover o resgate histórico, fortalece o fluxo turístico entre as cidades do interior paulista. A curta distância em relação a Jundiaí facilita visitas rápidas, seja pela manhã ou à tarde, abrindo espaço para que o público inclua outros atrativos no roteiro. Entre eles está a Praça dos Exageros, um dos pontos mais procurados da região.

“A proposta é incentivar moradores da região a vivenciarem um programa que alia história, entretenimento e cultura. A curta distância permite aproveitar o trem pela manhã ou à tarde e ainda conhecer pontos turísticos da região, como a Praça dos Exageros, um dos pontos mais procurados da cidade”, afirma Lilian Sanches, gerente do Trem da República.

Réveillon garante impacto recorde no Turismo de Alagoas

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Festas e programações de peso atraem turistas, traz retorno econômico e fomenta a ocupação hoteleira em Alagoas
Festas e programações de peso atraem turistas, traz retorno econômico e fomenta a ocupação hoteleira em Alagoas. Crédito: Divulgação

As festividades de fim de ano voltam a colocar Alagoas no centro do turismo nacional. A Secretaria de Estado do Turismo (Setur-AL) intensificou sua política de apoio às principais festas privadas do destino, garantindo ao estado o reconhecimento como a “capital nacional do Réveillon”. A estratégia mira tanto a visibilidade internacional quanto a geração de renda para a cadeia turística.

Neste ciclo, oito eventos receberam apoio oficial: Réveillon Celebration, Réveillon dos Milagres, Réveillon Arcanjos, Festival Mil Sorrisos, Réveillon Possa Crer, Réveillon do Alto, Réveillon BSM (Stella Marina) e a semana especial do Café de La Musique. Segundo Bárbara Braga, secretária de Estado do Turismo, a expectativa é de uma das temporadas mais aquecidas dos últimos anos.

“As festas de final de ano da Capital Nacional do Réveillon são as mais procuradas do país. De Norte a Sul, com atrações de peso, as festividades alagoanas têm atraído cada vez mais turistas nacionais e internacionais. O réveillon é tão estratégico para Alagoas quanto o carnaval é para Salvador e Recife, garantindo ganhos importantes para diversos trabalhadores alagoanos. Algumas festas de Réveillon chegam a ter 95% de seu público composto por turistas. Além dos hotéis e restaurantes, elas geram um faturamento diferenciado para salões de beleza, padarias, bares e ambulantes nesse período”, destacou.

Retorno econômico milionário

Uma pesquisa elaborada pela Fundação Universitária de Extensão e Pesquisa (Fundepes) reforça o peso das celebrações na economia local. O levantamento indica que, para cada R$ 1 investido pelo governo em réveillons do estado, R$ 128 retornam para Alagoas. Considerando as cinco principais festas da edição 2023/2024 (Celebration, Arcanjos, NemVem, Mil Sorrisos e Réveillon dos Milagres), o impacto total chegou a R$ 300 milhões.

A perspectiva para o ciclo 2025/2026 segue alinhada ao mesmo modelo. “A Setur seguiu com a estratégia, que já é realizada há anos, de patrocinar os réveillons na edição 25/26, com inovação na promoção do destino, aliando, inclusive, estratégias com operadoras turísticas”, completou Bárbara Braga.

Ocupação hoteleira em alta e novos investimentos

A rede hoteleira também registra movimentação intensa. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH/AL), a taxa média de ocupação para o período deve atingir 90%, com diversos empreendimentos operando em lotação máxima. Atualmente, 22 novos hotéis estão em construção em Alagoas; 12 deles devem ser inaugurados até 2026, adicionando mais de 3.200 leitos ao inventário do estado. Entre 2015 e 2024, o destino registrou um crescimento de 158% na oferta de leitos e de 375% no número de meios de hospedagem.

Programações que impulsionam o destino

As festas apoiadas pela Setur reforçam a diversidade musical e cultural do estado, além de intensificar a circulação de turistas pelas regiões litorâneas.

Réveillon do Alto – Desde 2017, o evento anima a cidade com pré-réveillon e atrações nacionais de pagode. Na virada, nomes locais como Bruninho, Pagolada, Kel Monalisa e Berg Gonzaga valorizam a cena artística alagoana. A festa é all inclusive e oferece até café da manhã especial.

Réveillon Celebration – Conhecido como o maior réveillon all inclusive do país, movimenta Jacarecica com shows de Zé Vaqueiro, Gustavo Lima, Péricles e Xanddy Harmonia.

Café de La Musique – De 27 a 30 de dezembro, promove uma programação intensa com Vintage Culture, Doozie, Matheus e Kauan, Felipe Amorim, Tília, Zé Neto & Cristiano, Xand Avião, Wesley Safadão e outros artistas.

Réveillon Mil Sorrisos – Realizado em Japaratinga, combina festas diurnas e noturnas com grandes nomes como Ludmilla, Thiaguinho, Pedro Sampaio, Nattan, Banda Eva, Belo, Dennis, Wesley Safadão e mais.

Possa Crer – O réveillon alternativo do Jaraguá, com open bar premium, apresenta atrações como Cyberkills, Puterrier, Nenê DJ, Desejo de Belinha e DJ Brigadeiro.

Réveillon dos Milagres – Em São Miguel dos Milagres, a programação se estende por cinco dias, com artistas como Banda Eva, Pedro Sampaio, Menos é Mais, Vintage Culture e Jammil.

Réveillon Arcanjos – No litoral sul, oferece seis dias de shows com atrações nacionais e internacionais, como Guy Gerber, Marten Lou, Apache, Matheus e Kauan, Nattan, Henry Freitas, MC Koringa e Bonde do Tigrão.

Réveillon da Barra (BSM) – No Stella Marina, traz uma agenda variada com Sage Art, Gui Defilippi, Persio Semeraro, Edu Siqueira, Medeiros e Beto Ribeiro.

Voos cancelados por ventania em SP afeta operações em diversos aeroportos; confira a lista

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Ventos de mais de 80 km/h em São Paulo causam cancelamentos e alternâncias de voos em Congonhas e mobilizam gabinete de crise.
Ventos de mais de 80 km/h em São Paulo causam cancelamentos e alternâncias de voos em Congonhas e mobilizam gabinete de crise. Crédito: Divulgação

Os fortes ventos registrados em São Paulo e Santa Catarina nesta quarta-feira (10) provocaram um efeito cascata sobre a aviação comercial no país, com cancelamentos, alternâncias e atrasos expressivos em Congonhas, Guarulhos e outros importantes aeroportos brasileiros. A instabilidade, causada por um ciclone extratropical, atingiu 98 km/h segundo o Inmet e forçou ajustes operacionais ao longo de todo o dia.

Em Congonhas, 167 voos foram cancelados até as 19 horas, sendo 80 chegadas e 87 partidas, de acordo com a Aena. O terminal foi o mais afetado pela ventania, que impediu pousos regulares, exigiu arremetidas sucessivas e obrigou companhias aéreas a reprogramar suas malhas.

Em Guarulhos, 31 chegadas precisaram alternar para aeroportos como Viracopos, Brasília e Confins, o que contribuiu para atrasos em conexões domésticas e internacionais.

O impacto se estendeu rapidamente para outros estados. No Rio de Janeiro, o Santos Dumont registrou 38 cancelamentos, enquanto rajadas superiores a 70 km/h derrubaram árvores e afetaram vias de acesso. Em Belo Horizonte, Confins chegou a 11 cancelamentos ao longo do dia, com atrasos em partidas para São Paulo. No Sul, o Afonso Pena suspendeu quatro voos com destino a Congonhas e Guarulhos, além de relatar turbulência significativa em operações rumo à capital paulista.

Brasília também sentiu os efeitos do mau tempo no Sudeste. O aeroporto teve 11 voos cancelados e oito atrasos superiores a 15 minutos. Uma aeronave que seguia para Congonhas precisou retornar à capital federal, enquanto outras duas alternaram para aguardar condições de aproximação em São Paulo. Em Campo Grande, três atrasos e um cancelamento foram registrados, todos ligados à instabilidade operacional na malha paulista.

Com redes energéticas comprometidas, quedas de árvores e interrupções de serviço ao longo da Grande São Paulo, o setor aéreo operou com limitações desde as primeiras horas desta quinta-feira (11).

As companhias reforçam que passageiros verifiquem o status de seus voos antes de se deslocar, especialmente em períodos de impacto meteorológico severo que exigem ajustes de última hora. A Latam já divulgou nota de orientação aos passageiros, confira nesta matéria.

São Paulo tem mais 26 voos cancelados nesta quinta-feira (11) e força remanejamentos

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Desde a quarta-feira (10), voos estão sendo remanejados nos aeroportos de Congonhas e Guarulhos, em São Paulo, devido à ventania. Crédito: Lucas Oliveira
Desde a quarta-feira (10), voos estão sendo remanejados nos aeroportos de Congonhas e Guarulhos, em São Paulo, devido à ventania. Crédito: Lucas Oliveira

As fortes rajadas de vento que atingiram São Paulo entre a noite de quarta-feira (10) e a manhã desta quinta (11) impactaram diretamente a malha aérea dos aeroportos de Congonhas e Guarulhos. Apenas na manhã desta quinta-feira (11), 26 voos foram cancelados: 11 no terminal de Congonhas e 15 em Guarulhos, segundo as concessionárias Aena e GRU Airport. Durante o pico da instabilidade meteorológica, na noite anterior, mais de 100 decolagens chegaram a ser interrompidas nos dois aeroportos.

A ventania, que chegou a registrar 98 km/h na estação do Inmet na Lapa, comprometeu pousos e decolagens e levou companhias aéreas a alternar aeronaves para aeroportos com condições operacionais adequadas, como Viracopos, em Campinas. O redirecionamento busca garantir a segurança das operações e evitar longas esperas em solo.

Com o cancelamento e remarcação de voos, companhias orientam que passageiros verifiquem o status de suas viagens antes de seguir para os aeroportos. Em situações de instabilidade climática, as empresas costumam flexibilizar políticas de remarcação, reembolso e acomodação, seguindo as diretrizes da Resolução 400 da Anac.

Até o início da tarde, Congonhas mantinha decolagens reprogramadas para diferentes horários do dia devido ao remanejamento da malha. Em Guarulhos, o impacto também se estendeu às conexões internacionais, com ajustes operacionais em voos de longa distância.

O cenário meteorológico provocou sucessivas arremetidas, necessidade de alternância e aumento do tempo de taxiamento. Com aeroportos operando acima de sua capacidade de absorção de irregularidades, os cancelamentos de hoje são considerados um efeito prolongado da desorganização acumulada ao longo das últimas 24 horas.

As concessionárias reforçam que equipes seguem monitorando as condições de vento e visibilidade e recomendam que os viajantes mantenham contato direto com as companhias aéreas para novas atualizações. A expectativa é de melhora gradual ao longo do dia, com tendência de redução das rajadas e normalização progressiva das operações.

Teve seu voo da Latam afetado pela ventania em São Paulo? Veja o que fazer

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Passageiros devem verificar status de voos antes mesmo de sair de casa, orienta a Latam. Crédito: DIvulgação/Latam
Passageiros devem verificar status de voos antes mesmo de sair de casa, orienta a Latam. Crédito: DIvulgação/Latam

A forte ventania que atingiu São Paulo nesta quarta-feira (10) levou a Latam Airlines Brasil a cancelar ou reprogramar parte de seus voos nos aeroportos de Guarulhos e Congonhas. Segundo a companhia, as decisões foram tomadas por segurança e são totalmente alheias ao seu controle. Para ajudar quem enfrenta atrasos, cancelamentos ou necessidade de reorganizar a viagem, a Latam reforçou orientações e flexibilizações especiais.

Se você está no aeroporto, o primeiro passo é consultar o status do voo antes de entrar na sala de embarque. Caso seja necessário alterar a viagem, o procedimento pode ser feito diretamente pelo aplicativo, na área Minhas Viagens, ou no site da cia. A companhia permite alterar o voo por até um ano sem custo adicional ou solicitar reembolso integral. A orientação é priorizar os canais digitais, que oferecem as mesmas funcionalidades do call center.

Quem ainda não saiu de casa deve checar a situação do voo antes de seguir para o aeroporto. As mesmas opções de remarcação gratuita ou reembolso estão disponíveis online. O uso do aplicativo evita deslocamentos desnecessários até Guarulhos ou Congonhas em um dia de operação instável.

Para passageiros que não moram em São Paulo e precisam pernoitar na cidade por conta da interrupção da malha aérea, há duas alternativas. A primeira é aguardar atendimento presencial da companhia. A segunda é reservar hospedagem e transporte por conta própria, guardando os comprovantes para posterior reembolso. A solicitação deve ser enviada pelo WhatsApp oficial da Latam (+56 9 68250850) e não precisa ser feita imediatamente.

A Latam também orienta que, entre 10 e 12 de dezembro, passageiros de voos que não foram cancelados, mas têm origem, destino ou conexão em São Paulo, podem remarcar a viagem sem custo para uma nova data dentro de 15 dias. A medida busca reduzir a pressão sobre os aeroportos e liberar assentos a quem precisa viajar com urgência.

A companhia lamenta os transtornos e reforça que as decisões operacionais priorizam a segurança das tripulações e dos passageiros. Diante das rajadas que chegaram a quase 100 km/h na região metropolitana, operações de pouso e decolagem foram afetadas em toda a malha aérea paulista. Confira nesta matéria as orientações da Anac sobre atrasos e cancelamentos.

IA no Turismo e o desafio de evitar a obsolescência

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São Paulo (SP) – A discussão sobre o avanço da IA no turismo foi central , apresentada por Sabina Deweik, futurista e pesquisadora de tendências, durante a 4ª edição do Abav MeetingSP, realizada nos dias 10 e 11 de dezembro, no Meliá Paulista. Na palestra “IA no turismo: a nova fronteira para agências de viagens”, a especialista abordou o caráter disruptivo da tecnologia, os impactos no setor e o papel estratégico dos agentes de viagens.

No início da apresentação, Sabina contextualizou a aceleração tecnológica e ressaltou que a sensação coletiva de desatualização é comum. “Essa sensação não é individual, ela já tem nome. Ela chama “Fobo” (do inglês, fear of being obsolete), medo de ficarmos todos obsoletos”, afirma. Segundo ela, o volume de informações cresceu de forma inédita nos últimos anos, impulsionando mudanças que classificou como “exponenciais”.

A futurista explica que a inteligência artificial deixou de ser ferramenta secundária para se tornar eixo central do novo superciclo tecnológico. “A IA não é nova, mas ela se democratizou em 2023. Parece que faz um século, considerando os inúmeros impactos”, declara. Para ilustrar a velocidade da adoção, destacou que o ChatGPT levou dois meses para alcançar 100 milhões de usuários.

Sabina reforça que agentes de viagens não devem temer substituição, mas entender quais etapas do trabalho serão automatizáveis. “A IA serve para expandir você como profissional e não te diminuir. Aquilo que poderá ser automatizado será automatizado”, afirma. Ela destaca ainda que o diferencial competitivo continuará nas habilidades humanas. “A máquina não pode substituir emoção, empatia, colaboração, criatividade”, complementa.

Um dos pontos centrais da palestra foi o avanço dos chamados agentes de inteligência artificial, estruturas que atuarão de forma autônoma na organização de viagens, integrando reservas, preferências pessoais e pagamento. “Esses agentes vão colaborar entre si, vão interagir entre si e vão decidir por você”, explica. A mudança, segundo Sabino, exigirá que agentes de viagens atuem de forma mais estratégica em personalização e criação de valor.

Inovação sempre tem riscos

A palestrante alerta para o risco da “dívida cognitiva”, efeito observado em estudos do MIT que apontam perda de pensamento crítico quando profissionais delegam integralmente tarefas à IA. “Quem usa IA sem pensamento crítico vai atrofiar. Quem usa IA como parceira vai expandir”, declara.

Sabina também aborda casos de falhas, como roteiros inexistentes gerados por ferramentas generativas, para reforçar a importância da curadoria humana. “O agente de viagens será extremamente necessário”, pontua. “A viagem começa no algoritmo, mas termina no encontro do humano”, salienta.

Ao concluir, a futurista retomou a importância do papel do agente de viagens em um cenário de saúde mental fragilizada e aumento da solidão. “Você é o promotor de bem-estar do seu cliente”, reforça. “Você não pode ser um robô melhor, então se torne um ser humano melhor”, finaliza.

Secretários de Turismo de São Paulo alinham ações e prioridades no 4º Abav MeetingSP

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Secretários de Turismo
Roberto de Lucena (Setur-SP), Marcela Candiota (Daura’s Turismo) e Rui Alves (Semtur-SP), Bruno Waltrick (Abav-SP). Crédito: Matheus Alves/Brasilturis

São Paulo (SP) – No primeiro dia do 4º Abav MeetingSP, realizada nos dias 10 e 11 de dezembro no Meliá Paulista, contou com uma roda de conversa entre os secretários do Turismo. O encontro de gestores públicos reuniu Roberto de Lucena, secretário de Turismo do Estado de São Paulo (Setur-SP) e Rui Alves, secretário municipal de Turismo da capital (Semtur-SP), com mediação de Marcela Candiota (Daura’s Turismo).

O encontro dos secretários do Turismo abriu destacando a interdependência entre setor público e iniciativa privada para impulsionar o turismo no estado e ampliar o portfólio das agências. “O Turismo não se desenvolve só pelo setor privado ou só pelo público. Esse é um casamento que tem que estar sempre em harmonia”, afirma Marcela Candiota, ao contextualizar o painel para os agentes presentes.

“O Turismo se tornou campeão nacional na força, nos braços e nos ombros da iniciativa privada”, declara Lucena. O secretário observa que, por muitos anos, o poder público teve “participação modesta”, mas que o cenário mudou com a reestruturação das políticas estaduais. “Hoje estamos falando efetivamente de negócios, de geração de emprego, de renda e de oportunidade de empreendedorismo”, acrescenta.

Questionado sobre capacitação e captação de mão de obra, Lucena detalhou o trabalho da Academia do Turismo. “Estamos oferecendo 25 mil vagas para capacitação e qualificação de profissionais, empreendedores e gestores”, afirma, destacando que a iniciativa responde a uma demanda global do setor. “Nós já tínhamos uma crise no radar antes da pandemia. Com o deslocamento de profissionais para outras áreas, o desafio se ampliou”, acrescenta.

Sustentabilidade e interiorização

A sustentabilidade também esteve no centro do debate entre secretários do Turismo, com destaque para a recuperação dos rios paulistas. Marcela Candiota provocou os secretários sobre a possibilidade de ver o Rio Tietê limpo novamente. Rui Alves afirmou que o tema integra o planejamento estratégico da cidade. “Existe um projeto e um plano para isso”, declara.

Já Lucena contextualizou o desafio dentro do saneamento regional. “Nós vamos chegar até 2030 com mais de 50 ou 60% de tratamento em municípios-chave”, acrescenta. Ele reforça que a melhora no Tietê e no Pinheiros depende diretamente da universalização do saneamento nos municípios do Alto Tietê.

O secretário estadual também apresentou ações estruturais que reforçam o compromisso com sustentabilidade e interiorização do turismo. “São Paulo tem a segunda maior rede de trilhas de longo percurso do país”, afirma. Ele lembrou ainda o primeiro distrito turístico ecológico do Brasil, o Lago do Ribeira, e a conectividade ampliada pelos aeroportos regionais.

Secretários de Turismo
Marcela Candiota (Daura’s Turismo), Roberto de Lucena (Setur-SP) e Rui Alves (Semtur-SP). Crédito: Matheus Alves/Brasilturis
Resultados e perspectivas

Para o secretário municipal, o momento é de expansão. “O turismo de São Paulo, de janeiro a agosto, movimentou mais de 30 milhões de visitantes, uma alta de 54% em relação a 2023”, declara Rui Alves, acrescentando que “o setor faturou quase 15,9 bilhões em 2025”, com impacto direto na geração de empregos.

Entre os grandes propulsores de demanda, Alves destacou eventos como Carnaval, Fórmula 1 e a consolidação da gastronomia da capital. “Nós entregamos os prêmios do Guia Michelin em São Paulo, e o investimento feito para isso colocou a gastronomia paulistana entre os melhores do mundo”, afirma. Ele acrescenta que “mais de 59 restaurantes foram premiados”, com expectativa de que a cidade receba seu primeiro estabelecimento três estrelas na próxima edição.

Antes da conclusão do painel de secretários do Turismo, Alves convidou o trade para as atrações de final de ano na capital. “O prefeito Ricardo Nunes investiu forte para que o Natal de 2025 seja um atrativo para turistas do Brasil e do mundo”, afirma o secretário municipal. Ele citou o Natal Iluminado, o Réveillon na Paulista e o centenário da São Silvestre.

Em sua fala final, Lucena reforçou o compromisso do Estado com o setor. “A Secretaria é a secretaria de vocês. Estamos abertos para ouvir os desafios e melhorar o ambiente de negócios”, declara, aproveitando para incentivar a venda de outros destinos paulistas. “São Paulo tem 644 municípios, 44% deles turísticos. No ano passado foram 49 milhões de turistas; neste ano chegaremos a quase 51 milhões”, projeta. Ao concluir, destacou a força do serviço no estado. “São Paulo está de braços abertos para todo mundo”, finaliza.

COP30 redefiniu prioridades do Turismo brasileiro, aponta Jaqueline Gil em webinário da Skål

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COP30
Especialista Jaqueline Gil durante webinário da Skål Internacional São Paulo. Crédito: Reprodução

A Skål Internacional São Paulo promoveu, nesta quarta-feira (10), o webnário “COP30: Reflexões sobre o impacto na atividade turística”, encontro transmitido do Grand Mercure Ibirapuera e conduzido pela especialista Jaqueline Gil, referência nacional na agenda de sustentabilidade aplicada ao setor. Durante quase duas horas de apresentação e debate, a pesquisadora destacou o papel decisivo que o turismo terá na transição climática brasileira e internacional, reforçando que o segmento passa a ser tratado como setor obrigatório dentro das metas firmadas no Acordo de Paris — marco que altera de forma significativa sua relação com políticas públicas, investimentos e modelos de operação.

Logo na abertura, ao contextualizar a necessidade de alinhamento entre governo, iniciativa privada e comunidades, Jaqueline reforçou que o desafio é sistêmico:
“É muito importante a gente ter esse alinhamento enquanto setor para que a gente possa definir uma estratégia conjunta, porque a gente sabe que nenhum nenhuma dorinha faz verão, né?” Ela destacou ainda o papel das políticas públicas no apoio aos territórios turísticos e na implementação de soluções climáticas: “Como é que a gente pode adaptar as nossas políticas públicas, como é que a gente pode ser efetivo em levar isso para todos os municípios.”

Turismo como pilar climático: da ciência à tomada de decisão

Ao explicar a estrutura das Conferências do Clima e seu peso político, Jaqueline destacou que a COP é hoje a instância de maior relevância em decisões ambientais globais, responsável por orientar metas que impactam diretamente o setor.
Segundo ela, a inclusão do turismo como segmento obrigatório nas negociações climáticas — oficializada em 2024 — representa uma virada histórica: “A COP é hoje a maior agenda de sustentabilidade do planeta”, afirmou, lembrando que o Brasil foi protagonista desde o início desse processo ao sediar a conferência de 1992, no Rio de Janeiro.

Durante o webinário, a especialista apresentou gráficos, experiências internacionais e um panorama técnico elaborado a partir das discussões travadas nas COPs anteriores, incluindo a de 2024, realizada em Baku. Foi ali, relata, que o mundo passou a compreender com precisão científica o tamanho do impacto do turismo nas emissões globais.
Em suas palavras: “Não existe nenhuma informação nenhuma de que nós estamos reduzindo as nossas emissões, muito pelo contrário, nós só estamos aumentando.”

A experiência de Belém: sociedade civil no centro e desafios de organização

Ao abordar a COP30, sediada em Belém, Jaqueline fez um paralelo entre o ambiente formal de Baku e a atmosfera popular do encontro brasileiro, sublinhando a força cultural e participativa do Pará. Imagens e vídeos exibidos durante o webinário mostraram a ocupação massiva da Zona Verde por moradores, estudantes, lideranças comunitárias e turistas, cenário que exigiu dos painelistas adaptação imediata da linguagem.

Jaqueline narrou, com humor, o choque entre o planejamento acadêmico e a vibração paraense: “O que eu preparei não vai caber nesse ambiente.”

Ao mesmo tempo, destacou o prestígio internacional alcançado pelo Brasil como presidente da COP até novembro de 2026 e relatou, por meio de fotos e vídeos, a participação de ministros, pesquisadores e representantes de comunidades indígenas em momentos decisivos — mesmo diante de incidentes que levaram à evacuação temporária da Zona Azul.

Riscos climáticos: litoral brasileiro é o ponto mais vulnerável do turismo

Entre os pontos mais sensíveis apresentados por Jaqueline, o mapeamento dos riscos climáticos chama atenção pela convergência com os principais destinos turísticos do país.

Ao projetar cenários de 1,5°C, 2°C e 2,5°C de aquecimento — níveis previstos pela ciência —, ela alertou que áreas litorâneas concentram riscos de inundação, enxurradas, erosão, deslizamentos, seca e incêndios.
Casos recentes, como as enchentes no Rio Grande do Sul, o deslizamento no litoral norte paulista e os incêndios no Pantanal, ilustram o que está por vir.

Para Jaqueline, a urgência é inequívoca: o setor precisa de planos robustos de adaptação e mitigação, com definição clara de prioridades, metas, custos e fontes de financiamento.
A especialista questiona: “Quem vai pagar essa conta?” — lembrando que empresas de turismo operam com margens baixas e não conseguem arcar sozinhas com investimentos bilionários em transição climática.

Governança e financiamento: os pontos frágeis que precisam avançar

Em diferentes momentos da apresentação, Jaqueline ressaltou os dois maiores gargalos atuais:

  1. Governança climática do turismo — ainda inexistente de maneira estruturada;

  2. Acesso a recursos financeiros, especialmente fundos internacionais de clima.

Sobre governança, alertou: “O tema da governança está em aberto… é muito fácil disso aqui tudo escorrer pelos dedos.”

Sobre financiamento, reforçou que a disputa global por recursos é técnica e altamente competitiva: países e setores que chegam com projetos robustos, cálculos de custos e prioridades claras recebem mais.
Quem não chega preparado, diz Jaqueline, corre risco de receber “um total de zero”.

Turismo regenerativo e ciência como guias para o futuro

Jaqueline apontou ainda que o turismo regenerativo — aquele que recupera natureza, cultura e biodiversidade por meio da atividade turística — deve se consolidar como eixo central do setor.
Ela ressalta, porém, que o conceito precisa ser tratado com rigor: regeneração não diz respeito ao bem-estar individual, mas à restauração real de ecossistemas e comunidades.

Citando exemplos internacionais e o protagonismo de centros como a Universidade de Brasília, ela reforçou que o Brasil tem capacidade científica elevada, mas ainda subaproveitada na agenda climática do turismo.

Uma chamada à ação

Ao final, Jaqueline deixou claro que a COP30 representou apenas o início da jornada brasileira no comando da agenda climática global.
Até novembro de 2026, o país terá a oportunidade — e a responsabilidade — de estruturar políticas, conduzir debates e entregar diretrizes para o mundo.

Sua última mensagem reforça a necessidade de urgência, cooperação e pragmatismo: “A gente tem tudo. Só não fizemos a tarefa de casa.”