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Kamilla Alves
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Ex-CEO da Hurb, João Ricardo Mendes, é preso no Rio de Janeiro

João Ricardo Rangel Mendes, ex-CEO da Hurb (antigo Hotel Urbano), foi preso em flagrante na sexta-feira (25), suspeito de furtar obras de arte de um hotel e de um escritório de arquitetura na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. A defesa do empresário não foi localizada até o momento.

Segundo a Polícia Civil, Mendes teria tentado fugir ao ser encontrado em uma residência de luxo no mesmo bairro, onde foram recuperadas três esculturas de cerâmica e um dos quadros furtados, avaliados em mais de R$ 23 mil. As investigações envolvem dois furtos distintos: um ocorrido em um hotel de luxo e outro em um shopping, onde além de obras de arte, foram subtraídos pertences pessoais, como iPad e carteira.

Mendes fundou a Hurb em 2011, ao lado do irmão João Eduardo Mendes, em meio à expansão dos sites de compras coletivas no Brasil. A empresa rapidamente se destacou na venda de pacotes de viagem, hospedagens e passagens, chegando a emitir viagens para mais de 400 mil pessoas em um ano, segundo informações divulgadas pela própria companhia em 2023.

A crise da Hurb teve início durante a pandemia de covid-19. A plataforma, que oferecia pacotes com datas flexíveis, enfrentou dificuldades para honrar compromissos com clientes e parceiros após a retomada das atividades do setor. O episódio gerou ampla insatisfação nas redes sociais, onde o serviço foi apelidado de “golpe do Hurb” por consumidores afetados.

Em meio à pressão, João Ricardo Mendes renunciou ao cargo de CEO em 2023, após episódios de exposição de dados de clientes e declarações polêmicas nas redes sociais. À época, a própria empresa informou que o executivo recebia salário anual entre R$ 1,04 milhão e R$ 1,3 milhão, além de benefícios.

Determinação judicial e impacto no mercado

Em junho de 2024, o juiz Paulo Assed Estefan, da 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, determinou que a Hurb reembolsasse integralmente os clientes que solicitaram a devolução dos valores pagos, diante de “várias ilicitudes” e “evidentes violações da lei”, segundo a decisão.

As tentativas de acordo com a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) foram encerradas em abril, e, no mesmo mês, o Ministério do Turismo cancelou o cadastro da empresa, impedindo sua atuação no setor turístico. A Hurb ainda poderia recorrer da decisão, com prazo de dez dias a partir da publicação no Diário Oficial da União, em 14 de abril.

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