Chicago (Illlinois) – Mesmo diante de um cenário econômico desafiador, com câmbio instável e alta nos custos internacionais, a Abreu segue firme em sua estratégia de manter os Estados Unidos como pilar de vendas e ampliar a oferta de produtos além dos destinos tradicionais. Durante a IPW 2025, Ronnie Correa, diretor geral da operadora no Brasil, compartilhou os caminhos adotados pela empresa para manter o desempenho comercial e abrir novas frentes com o trade.
“Os Estados Unidos representam entre 25% e 30% do total de vendas da Abreu. É o nosso principal destino fora da América do Sul. Mesmo com os preços em alta, seguimos investindo em experiências que combinem atrativos conhecidos com novidades que gerem valor”, destacou Correa.
A participação da Abreu na IPW 2025 teve como principal objetivo reforçar o relacionamento com parceiros e diversificar os destinos promovidos. Se por um lado destinos como Orlando, Nova York e Las Vegas seguem fortes, por outro, a operadora aposta em locais menos explorados pelos brasileiros, como Chicago, Califórnia, Nova Orleans e o sul dos Estados Unidos.
“Estamos criando novas programações para cidades como St. Pete e Tampa, além de buscar um trabalho mais efetivo com a Califórnia, que é um destino riquíssimo, mas que precisa voltar a ser promovido com força”, explicou.
A Abreu também observa um crescimento relevante da demanda por turismo esportivo, com brasileiros interessados em experiências ligadas à NBA, NFL e à Copa do Mundo FIFA 2026. Segundo Correa, esse movimento gera uma “cultura esportiva americana” que desperta o interesse do repetidor em conhecer novos destinos ligados a grandes eventos.
Venda sustentada por público de maior poder aquisitivo
Os primeiros cinco meses de 2025 registraram desempenho estável nas vendas para os EUA, ligeiramente acima do mesmo período do ano passado. No entanto, o crescimento é atribuído mais ao aumento do ticket médio do que ao volume de passageiros.
“O câmbio pressionado, o IOF e os custos elevados criaram um ambiente menos favorável. Por isso, o perfil de cliente que mais tem viajado é o de alta renda. Sentimos a ausência da classe média no fluxo internacional”, comentou.
Apesar disso, Correa acredita em um segundo semestre mais aquecido, com base em uma expectativa reprimida: “Muita gente adiou a viagem esperando o dólar cair. Quando percebem que isso não vai acontecer, acabam viajando mesmo assim”.
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