A Ryanair aumentou de € 1,50 para € 3 o bônus pago a comissários por cada mala de mão fora do padrão identificada e barrada no embarque. A nova política, já em vigor, busca incentivar os tripulantes a reforçarem o controle do tamanho das bagagens nas portas de embarque. A justificativa, segundo a companhia, é reduzir atrasos causados pelo excesso de malas levadas à cabine sem autorização.
A companhia irlandesa de baixo custo é conhecida por suas regras rígidas de bagagem e tarifas extras aplicadas a qualquer item que ultrapasse os limites estabelecidos. De acordo com o regulamento da Ryanair, os passageiros têm direito a levar gratuitamente apenas um volume pequeno, que deve caber sob o assento à frente. Qualquer item maior exige o pagamento antecipado por prioridade de embarque ou despacho.
Com o novo valor de bonificação, a empresa pretende motivar ainda mais os funcionários a fiscalizar o cumprimento da política. “As malas de cabine maiores que o permitido causam atrasos nos voos, especialmente quando os compartimentos ficam lotados e o embarque precisa ser interrompido para que itens sejam despachados na porta do avião”, disse a Ryanair em comunicado oficial à imprensa britânica, segundo o jornal O Estado de São Paulo.
O modelo de remuneração variável é parte da estratégia de contenção de custos da empresa. Com margens operacionais apertadas, a Ryanair transfere para o passageiro a responsabilidade de seguir estritamente as regras de bagagem, e para os comissários, o papel de fiscalizá-las — agora com incentivo financeiro dobrado.
Passageiros que forem surpreendidos com volumes irregulares na hora do embarque devem pagar uma taxa de € 69,99 por mala adicional ou fora do padrão. A medida, apesar de controversa, é comum em companhias low cost na Europa e tem sido mantida como forma de manter os preços das passagens mais baixos para quem viaja com pouca bagagem.