Os aeroportos deixaram de ser apenas pontos de embarque e desembarque para se tornarem ambientes inteligentes e conectados, capazes de proporcionar experiências mais fluidas, convenientes e personalizadas. É o que aponta o relatório global Tomorrow’s Journey: Smarter, Faster, Connected, conduzido pela Priority Pass — programa de experiências em aeroportos que integra o The Collinson Group — com dados coletados em mais de 20 países, incluindo o Brasil.
Segundo o levantamento, os viajantes brasileiros estão entre os mais entusiasmados com o uso de tecnologias em aeroportos. Recursos como embarque digital, fast track e biometria são altamente valorizados por 86% dos entrevistados no país, número que supera a média global de 73%. Outros 78% também aprovam o uso de e-gates e sistemas automatizados, enquanto 84% destacam os painéis informativos em tempo real como ferramentas relevantes para uma experiência eficiente.
“O diferencial do aeroporto moderno está em proporcionar tempo e liberdade ao viajante, eliminando estresse e atrito. Quando tudo funciona bem, os passageiros se sentem mais livres para explorar novos restaurantes, lojas ou espaços de descanso”, afirma Christopher Evans, CEO da Collinson International, responsável pelo Priority Pass.
Essa economia de tempo tem reflexo direto no comportamento de consumo. Globalmente, 45% dos viajantes afirmam economizar entre 10 e 30 minutos por jornada, e 20% chegam a ganhar até uma hora. Com isso, 60% se dizem mais propensos a consumir dentro do terminal — seja com alimentação (55%), compras (46%) ou acesso a salas VIP (37%).
No Brasil, 73% dos entrevistados já utilizaram salas VIP ao menos uma vez, e as expectativas em relação a esses espaços evoluíram. A busca agora é por ambientes multifuncionais, com gastronomia local, áreas para trabalho, entretenimento, e facilidades como reservas via aplicativo. Em resposta a esse cenário, o Priority Pass expandiu seu portfólio e hoje oferece mais de 1.700 experiências em 725 aeroportos no mundo, que vão além do lounge tradicional e incluem spas, salas de jogos, cabines de descanso e serviços de bem-estar.
Outro dado relevante diz respeito ao equilíbrio entre inovação e acolhimento humano. Embora a automação seja bem-vinda, 34% dos viajantes ainda preferem o atendimento presencial em situações específicas, como imigração ou achados e perdidos. O desafio, portanto, está em combinar eficiência digital com empatia e confiança no atendimento físico.
Além da comodidade, essa transformação digital representa uma nova vitrine para marcas dos setores de turismo, tecnologia, finanças e hospitalidade. Com mais tempo livre e menos estresse, o passageiro torna-se mais receptivo a interações relevantes e experiências memoráveis dentro do ambiente aeroportuário.
No Brasil, onde a adesão às tecnologias aeroportuárias já ultrapassa a média global, o avanço representa uma vantagem competitiva tanto para operadoras quanto para empresas que atuam no entorno da jornada do passageiro. À medida que aeroportos se consolidam como centros de experiências, marcas que souberem oferecer valor em tempo real estarão mais bem posicionadas para conquistar atenção e fidelidade.
