A multipropriedade vem consolidando seu espaço como uma ferramenta estratégica no fortalecimento do Turismo nacional. Mais acessível, flexível e com alto potencial de retorno econômico, o modelo tem estimulado a ocupação hoteleira de forma mais previsível e estendida ao longo do ano. Um levantamento da Caio Calfat Real Estate Consulting, intitulado “Hábitos de Viagens de Lazer dos Compradores de Férias Compartilhadas no Brasil – Edição 2025”, indica que 43% dos consumidores desse tipo de produto permanecem entre seis e dez dias no destino – acima da média nacional de cinco dias.
O comportamento também impacta no consumo: segundo o mesmo estudo, os gastos com hospedagem, alimentação, transporte e lazer chegam a ser até 60% superiores aos dos viajantes convencionais. A maior permanência incentiva a circulação em comércios e restaurantes locais, além de permitir a participação em atividades turísticas que não caberiam em estadias mais curtas.
Exemplo claro desse movimento é Penha (SC), cidade do litoral norte catarinense que recebe mais de 2 milhões de visitantes por ano, atraídos por praias e pelo Beto Carrero World. O destino será palco do primeiro complexo turístico com multipropriedade da região: o Amazon Parques & Resorts, com 252 apartamentos.
“A multipropriedade representa uma transformação positiva para o turismo nacional e para a cidade de Penha. Ao permitir que mais pessoas tenham acesso a hospedagens de alta qualidade, como o Amazon, o modelo amplia o tempo de permanência dos visitantes, favorece o turismo em família e estimula o consumo. Isso gera impacto direto na economia dos destinos, não só em alta temporada, mas ao longo de todo o ano, com uma ocupação mais previsível, contínua e sustentável”, destaca Roberto Kwon, CEO do Amazon Parques & Resorts.
Com base nos dados da pesquisa, 38% dos compradores relatam gastar entre R$ 5 mil e R$ 10 mil por viagem nacional. Considerando uma média de R$ 8 mil por família e estimando uma ocupação de 2,5 mil famílias por ano, o novo resort poderá injetar mais de R$ 20 milhões anualmente na economia local.
O impacto vai além do turismo: o empreendimento, com 20 mil m² de área construída e 9 mil m² dedicados ao lazer, também deve gerar centenas de empregos diretos e indiretos. “São centenas de empregos diretos e indiretos na cidade, desde esta fase de obras até a operação diária do resort, com serviços de hotelaria, alimentação, manutenção e lazer. Além disso, a necessidade de atender a demanda desses visitantes impulsiona o desenvolvimento de infraestrutura e serviços locais”, explica Kwon.