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Embraer é excluída da tarifa de 50% dos EUA após negociações

Tarifa entra em vigor em sete dias, mas isenção garante manutenção de contratos da Embraer com companhias dos Estados Unidos

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, assinou nesta quarta-feira (30) a ordem executiva que impõe uma tarifa de 50% sobre diversos produtos brasileiros. No entanto, itens estratégicos, como aeronaves civis e peças de avião, que são as principais exportações da Embraer, ficaram de fora da medida, reduzindo o impacto sobre setores sensíveis da economia brasileira.

A isenção desses produtos consta na lista de exceções publicada pela Casa Branca e inclui também suco de laranja, castanhas, metais, derivados de petróleo, fertilizantes, madeira, estanho e alguns tipos de alumina. No caso da aviação, a exclusão beneficia diretamente a Embraer, que havia alertado para os riscos econômicos da medida.

O governo brasileiro havia solicitado a retirada de determinados itens da lista de tarifação nas negociações com Washington. Embora a assessoria de Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, tenha negado publicamente a priorização de setores, a exclusão da Embraer e de produtos agrícolas como o suco de laranja foi atendida.

A tarifa, que entrará em vigor sete dias após a assinatura da ordem, não se aplicará a mercadorias já embarcadas com destino aos Estados Unidos, desde que desembarquem até 5 de outubro. A justificativa oficial da Casa Branca para o aumento das alíquotas cita supostas violações à liberdade de expressão no Brasil e acusações de “perseguição política” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, classificando essas ações como uma “ameaça incomum e extraordinária” à segurança e aos interesses dos EUA.

Antes da confirmação das isenções, a Embraer havia alertado que a tarifa poderia causar cancelamentos de pedidos e demissões, com impacto financeiro semelhante ao enfrentado durante a pandemia de Covid-19. O mercado norte-americano é o principal destino dos jatos regionais da fabricante, utilizados por companhias como Republic Airways e SkyWest.

Após a divulgação da exclusão, as ações da Embraer registraram forte valorização, revertendo perdas momentâneas durante o pregão. Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos, havia afirmado anteriormente que o governo faria “todo o possível para ajudar a Embraer”, incluindo a possibilidade de crédito emergencial caso a tarifa fosse confirmada.

Com a exceção assegurada, a empresa mantém as entregas previstas e evita, por ora, os efeitos mais severos do novo pacote tarifário dos EUA.

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Matheus Alves
Matheus Alves
Repórter - E-mail: matheus@brasilturis.com.br

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