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Matheus Alves
Matheus Alves
Repórter - E-mail: matheus@brasilturis.com.br

Demanda aérea global cresce 2,6% em junho, menor alta de 2024

Iata aponta desaceleração na demanda aérea internacional em junho, influenciada por conflitos e aumento da oferta de assentos

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) divulgou nesta quarta-feira (31) os dados do desempenho do transporte aéreo global de passageiros referentes a junho de 2025. O crescimento da demanda aérea desacelerou para 2,6% em relação ao mesmo mês de 2024, ritmo inferior ao registrado nos meses anteriores. A capacidade total de assentos cresceu 3,4%, resultando em uma taxa de ocupação global de 84,5%, queda de 0,6 ponto percentual na comparação anual.

Willie Walsh, diretor-geral da Iata, comentou que “com o crescimento da demanda aérea ficando atrás da expansão de capacidade de 3,4%, o fator de ocupação caiu 0,6 ponto percentual em relação aos níveis recordes anteriores. No entanto, com 84,5% globalmente, os fatores de ocupação ainda estão muito fortes”. Ele acrescenta que, com a previsão de crescimento modesto da capacidade para agosto (1,8%), os níveis de ocupação devem permanecer próximos dos recordes recentes no verão do Hemisfério Norte.

A demanda aérea internacional registrou alta de 3,2%, mas todas as regiões apresentaram queda na taxa de ocupação devido ao avanço da oferta. O Oriente Médio foi a única região com retração na demanda (-0,4%), impactada por conflitos militares, especialmente em rotas para a América do Norte (-7,0%) e Europa (-4,4%).

Destaques por região – tráfego internacional

  • Ásia-Pacífico: crescimento de 7,2% na demanda; aumento de 7,5% na capacidade; taxa de ocupação de 82,9% (-0,2 p.p.).

  • Europa: crescimento de 2,8% na demanda; aumento de 3,3% na capacidade; taxa de ocupação de 87,4% (-0,4 p.p.).

  • América do Norte: queda de 0,3% na demanda; aumento de 2,2% na capacidade; taxa de ocupação de 86,9% (-2,2 p.p.).

  • Oriente Médio: queda de 0,4% na demanda; aumento de 1,1% na capacidade; taxa de ocupação de 78,7% (-1,2 p.p.).

  • América Latina: crescimento de 9,3% na demanda; aumento de 11,8% na capacidade; taxa de ocupação de 83,3% (-1,9 p.p.).

  • África: queda de 0,3% na demanda; aumento de 0,3% na capacidade; taxa de ocupação de 74,6% (-0,5 p.p.). A redução pode estar relacionada ao avanço da concorrência de companhias europeias e do Oriente Médio.

Mercado doméstico: Brasil lidera crescimento

A demanda por voos domésticos aumentou 1,6% em junho, frente a uma expansão de 2,1% na capacidade. A taxa de ocupação ficou em 84,7% (-0,4 p.p. em relação a junho de 2024). Entre os mercados nacionais monitorados, o Brasil foi o destaque de crescimento no mês. Já os Estados Unidos registraram leve expansão, a primeira em quatro meses.

A IATA destaca que o ritmo mais lento de crescimento no setor reflete impactos geopolíticos, mas a taxa de ocupação elevada indica resiliência da demanda. Para os próximos meses, a expectativa é de manutenção dos níveis de ocupação próximos aos atuais, impulsionados pela temporada de verão no Hemisfério Norte.

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