São Paulo (SP) – A Alagev marcou presença na GBTA 2025, realizada em Denver (EUA), e trouxe ao Brasil um conjunto de tendências e diretrizes estratégicas para o mercado de viagens corporativas. Em entrevista ao Brasilturis, Luana Nogueira, diretora executiva da associação, explicou os insights que eles reuniram e que possivelmente vão nortear gestores e empresas nos próximos anos.
Foram decupadas 95 sessões educacionais com 16 trilhas de conhecimento diversas. Luana elencou oito insights que se destacaram durante as trilhas do evento:
Sustentabilidade – Ser mais transversal, indo além da pegada de carbono. O foco está em práticas reais, com metas de emissão e integração efetiva de ações ESG nas empresas.
Dados – Não basta coletar; é preciso consolidar e transformá-los em pontos estratégicos, atuando como direcionadores de estratégia.
Inteligência artificial – Deixar de ser “hype” e se tornar ferramenta prática, aplicada para automação e estratégias preditivas.
Colaboração – Eliminar silos e promover integração entre áreas, trabalhando de forma única e linear no fluxo de trabalho.
Experiência – Ligada à produtividade, retenção e bem-estar, com atenção especial à integridade física do viajante.
Personalização – Não é mais bônus, mas diferencial competitivo, abrangendo acessibilidade, diversidade e inclusão.
Segurança – O Duty of Care garante a segurança do viajante e se conecta à experiência e à personalização.
Inovação – Presente em todas as trilhas do evento, com destaque para novos modelos de contratação e tarifação.
Luana também apontou três tendências-chave que apareceram de forma recorrente nas discussões: sustentabilidade estratégica, inteligência artificial aplicada na prática e dados acionáveis como fator estratégico.
Para os gestores, a executiva recomenda ajustar métricas, revisar processos de seleção de fornecedores com base em ESG, alinhar contratos às novas tendências e começar a planejar ações para 2026, considerando a evolução regulatória e o avanço da IA generativa.
Segundo ela, até 2030, as viagens corporativas devem movimentar mais de US$ 1 trilhão. A América Latina, apesar de menor participação no market share global, segue relevante pela flexibilidade e descentralização que demanda. No Brasil, a Alagev já aplica análise preditiva e soluções de IA, como a Déia, assistente virtual que apoia gestores na definição de políticas e decisões estratégicas.
Para Luana, participar da GBTA é também reafirmar o protagonismo do Brasil e da América Latina no cenário global. “Nós estamos aqui, nós apoiamos, nós temos interesse em continuar falando sobre os assuntos do Brasil e da América Latina para o mundo intervir”, concluiu.