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Matheus Alves
Matheus Alves
Repórter - E-mail: matheus@brasilturis.com.br

Patagônia Chilena promove rodada de negócios e mira expansão no mercado brasileiro

Evento reuniu fornecedores e operadores de turismo para fortalecer a promoção turística da região de Magallanes, na Patagônia Chilena

São Paulo (SP) – O Figueira Rubaiyat recebeu nesta quinta-feira (14) o Networking Magallanes Patagônia Chilena 2025, iniciativa da Associação de Hotéis e Serviços Turísticos de Torre del Paine (HYST) organizada pela Once Travel Network. O encontro reuniu operadoras de turismo para uma rodada de negócios com 17 empresas do destino, cada uma com oito minutos para apresentar seus produtos e serviços. A programação incluiu ainda almoço e apresentação institucional sobre as oportunidades e experiências da região.

Para Rodrigo Bustamante, presidente da HYST, o evento integra uma série de ações promocionais em mercados estratégicos da América do Sul. “Começamos com Buenos Aires, na Argentina, depois Cidade do México e agora em São Paulo. Hoje contamos com 17 empresas que são associadas, além de outras da região de Magallanes, incluindo a Antártica”, afirma, destacando que a iniciativa conta com apoio da Corporação de Fomento da Produção do Chile (Corfo) e de empresas privadas.

Patagônia Chilena
Rodada de negócios reuniu 17 empresas da Patagônia Chilena com operadores paulistas. Crédito: Matheus Alves/Brasilturis

Aposta no mercado brasileiro

Bustamante aponta que é fundamental mostrar ao público brasileiro que o país vai além da reputação tradicional. “Chile sempre está muito associado a neve e vinhos, mas é muito mais que isso. Estamos felizes com a quantidade de brasileiros que viajam ao Chile, mas muitos ficam apenas em Santiago. Na Patagônia Chilena temos paisagens e glaciares que podem ser visitados em qualquer época do ano”, explica.

O executivo ressalta que a proximidade geográfica e cultural entre os países é um facilitador. “Viajar ao Chile é muito fácil. Não temos jet lag, estamos a apenas cinco horas de voo e temos o mesmo fuso horário. A língua é diferente, mas muito próxima, e nos entendemos bem. Hoje, recebemos cerca de 750 mil turistas brasileiros por ano no Chile, e o mesmo número de chilenos vem ao Brasil”, aponta.

Bustamante destaca que o mercado brasileiro tem se mostrado cada vez mais interessado no destino. “O desejo do paulista de conhecer o Chile cresceu quase 41%, segundo medições online. Isso nos deixa felizes e queremos aproveitar o momento. Por isso, além deste evento, planejamos campanhas digitais e novas ações no próximo ano, tanto para o público final quanto para o trade, além de parcerias com companhias aéreas para promoções”, afirma.

Patagônia Chilena
Fornecedores da região de Magallanes apresentaram produtos e serviços a representantes do trade turístico de São Paulo. Crédito: Matheus Alves/Brasilturis

Conectividade como estratégia

Entre as propostas em estudo está a criação de um voo direto entre São Paulo (SP) e Punta Arenas, no sul do Chile. “Essa iniciativa, apoiada pelo Estado de Chile e discutida inclusive com o governo paulista, permitiria que você tomasse café da manhã em casa e jantasse diante das Torres del Paine. Além de aproximar São Paulo da nossa região, também beneficiaria turistas argentinos e de outras áreas próximas, além de visitantes europeus que passam pela capital paulista antes de seguir viagem”, explica Bustamante.

A conectividade, segundo o presidente da HYST, é o principal desafio para ampliar o fluxo turístico. “Enquanto mais voos tivermos para diferentes regiões, mais fácil será para o brasileiro viajar ao Chile. Um voo direto de São Paulo ao Deserto do Atacama, por exemplo, poderia atrair visitantes para um fim de semana, sem necessidade de conexão em Santiago”, avalia.

A expectativa para os próximos anos é que o turismo na Patagônia Chilena se torne menos sazonal. “Queremos que o turista brasileiro viaje durante todo o ano, não apenas no inverno. No nosso verão, recebemos muitos visitantes dos Estados Unidos e da Europa, mas o inverno ainda tem espaço para crescer. É um período com preços mais baixos, fácil acesso e os mesmos atrativos, o que pode gerar mais emprego e bem-estar para as comunidades locais”, conclui.

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