O turismo pet friendly deixou de ser um nicho para se consolidar como tendência no Brasil. Em 2024, o setor pet movimentou cerca de R$ 75,4 bilhões, segundo a Abinpet e o Instituto Pet Brasil (IPB), um crescimento de 9,6% em relação ao ano anterior. Cada vez mais famílias optam por incluir seus animais de estimação nos roteiros de viagem, e o transporte rodoviário é uma alternativa prática e acessível.
Cães, gatos e outros animais de pequeno porte podem viajar de ônibus com seus tutores, desde que respeitadas as regras das viações e a legislação vigente. A seguir, a Quero Passagem reúne as principais orientações para quem quer embarcar com seu melhor amigo.
Documentação e regras de embarque
O transporte de cães e gatos deve atender à Instrução Normativa nº 18/2006, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e ao Ofício SUPAS/ANTT nº 4.038/2006. É obrigatória a apresentação do Atestado Sanitário para Trânsito de Cães e Gatos, emitido por médico veterinário com validade de dez dias, além da carteira de vacinação atualizada, com destaque para a antirrábica. Para outras espécies, é necessária a Guia de Trânsito Animal (GTA), também emitida pelo Ministério da Agricultura.
Animais de até 10 kg devem ser transportados em caixa apropriada, em boas condições, posicionada embaixo da poltrona do tutor. Durante a viagem, não é permitido retirá-los do recipiente. Já animais de médio e grande porte não podem ser transportados em ônibus rodoviários — inclusive no bagageiro.
No caso de pessoas com deficiência visual, é permitida a presença de cão-guia a bordo, conforme previsto na Lei nº 11.126/2005 e no Decreto nº 5.904/2006. Para maior comodidade, recomenda-se a compra da poltrona adjacente.
Planejamento faz a diferença
Antes da compra da passagem, é fundamental verificar as condições da viação escolhida. Empresas disponibilizam orientações em seus canais oficiais, e a recomendação é organizar toda a documentação com antecedência, levando inclusive cópias impressas. Também vale evitar horários de calor intenso e trajetos muito longos, sempre que possível.
Durante a viagem, o tutor deve levar um kit com água, brinquedos, tapetinho e cobertor, além de não deixar o pet desacompanhado nas paradas.
Na plataforma Quero Passagem, é possível consultar e comparar regras sobre transporte de animais, centralizando informações que auxiliam no planejamento. “Cada vez mais brasileiros consideram seus animais parte da família, e o turismo rodoviário também precisa acompanhar essa realidade. Nosso papel é facilitar o planejamento e oferecer uma experiência tranquila para todos”, afirma Caio Thomaz, CEO da Quero Passagem.
Hospedagem pet friendly
A atenção também deve se estender à hospedagem. A Quero Passagem disponibiliza filtros para hotéis e pousadas que aceitam animais, reunindo em um único ambiente digital a reserva de passagens e acomodações. Algumas propriedades podem cobrar taxas adicionais de cama, limpeza ou comprovação de vacinas, por isso a recomendação é sempre verificar as condições no momento da reserva.
“Vale observar se o local oferece áreas de lazer, sombra e água para os animais, garantindo não só a estadia, mas a qualidade da experiência do pet durante toda a viagem”, completa Caio Thomaz.