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Matheus Alves
Matheus Alves
Repórter - E-mail: matheus@brasilturis.com.br

GBTA Insights: quais os limites e riscos do uso de IA?

Painel da GBTA Insights reuniu lideranças de tecnologia e aviação para discutir impactos de IA e equilíbrio com atendimento humano

São Paulo (SP) – O painel “IA com rumo certo: tecnologia, inovação, marketing e modismo” marcou a programação do GBTA Insights, promovido pela FCM | Kontik Business Travel nesta terça-feira (26), no Pullman Ibirapuera. A sessão contou com a participação de Rafael Figueiredo, fundador e CEO da Tecla T, sob mediação de Alexandre Castro, CEO da Kontik Business Travel.

Ao compartilhar sua trajetória empreendedora, Figueiredo destacou a importância de transformar tecnologia em inovação prática. “Nosso negócio é gente, e cada projeto precisa ter relevância para gerar receita, reduzir despesas ou melhorar a experiência do cliente”, afirma. Ele ressalta que esse modelo de atuação também exige proximidade com profissionais terceirizados para garantir engajamento e resultados.

No debate sobre inteligência artificial (IA), o executivo reforçou que a ferramenta não deve ser usada apenas como modismo. “IA, sem estratégia, é modismo. Temos uma das ferramentas mais disruptivas do nosso tempo, mas não faz sentido usá-la para delegar justamente nossa melhor habilidade, que é a criatividade”, declara.

Figueiredo também alertou para os riscos relacionados à governança e proteção de dados. “Muito cuidado com o que se compartilha em ferramentas de IA. Ainda não temos uma legislação que garanta total segurança. Por isso, na dúvida, é preciso ter cautela”, complementa.

Debate com lideranças

Na sequência da conversa com Figueiredo, o painel do GBTA Insights sobre uso de IA recebeu ainda as participações de representantes das empresas Argo Solutions, Delta Airlines, Latam Airlines e do Grupo Kontik.

Aline Bueno, CEO da Argo Solutions, destacou que a discussão sobre IA deve estar menos no rótulo e mais no impacto real para os negócios. “A pergunta não é se é inteligência artificial ou não, mas se traz valor, resolve uma dor e é confiável. O nome da tecnologia é o que menos importa”, afirma.

Aline Mafra, diretora Comercial da Latam Airlines, reforçou a importância do equilíbrio entre inovação e atendimento humano. “Para nós, tecnologia tem dois propósitos: melhorar a experiência de autogestão do passageiro ou gerar produtividade. Mas nada substitui o cuidado humano, o sorriso e o tratamento personalizado dentro do avião”, salienta.

Ricardo Oliveira, Regional Sales Director da Delta Airlines, alertou para riscos no uso e na comunicação da IA. “Precisamos ter cuidado com a negligência artificial. Recentemente, um boato sobre tarifas personalizadas individualmente ganhou repercussão internacional e tivemos que esclarecer que isso não existe. Transparência é fundamental”, explica.

Encerrando a rodada, Fernando Vasconcellos, CEO do Grupo Kontik, reforçou o papel da clareza na relação com clientes. “Não existe milagre em tarifa oculta ou descontos irreais. O que vale é transparência, dados corretos e responsabilidade na comunicação com o mercado”, finaliza.

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