Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos, participou nesta segunda-feira (22) do Macro Day, evento do banco BTG Pactual realizado em São Paulo, onde apresentou os avanços e perspectivas da pasta no painel “Os Caminhos para o Desenvolvimento da Infraestrutura”.
Segundo Costa Filho, o Brasil ocupa hoje posição de destaque no cenário internacional em infraestrutura e oferece segurança jurídica e institucional para investidores. O ministro classificou 2024 como o ano mais relevante da história das concessões no país. “Em 2024, o Brasil registrou o maior volume de movimentação de cargas de sua história, com 1,3 bilhão de toneladas, além de crescimento de quase 5% nas operações gerais e mais de 18% no transporte de contêineres”, destaca.
“Hoje, estamos vendo que o mundo, cada vez mais, procura o Brasil para investimentos no agronegócio, na proteína animal, minério de ferro, além de operações como fertilizantes. Nunca estive tão confiante com o momento que estamos vivendo no setor portuário brasileiro”, acrescenta o ministro.
O ministro também comentou o anúncio da Latam, que divulgou a compra de até 74 novas aeronaves. A medida, segundo ele, deve ampliar rotas, criar novos destinos e fortalecer a integração aérea na América do Sul. “O Governo está trabalhando muito para o fortalecimento da aviação, desde as concessões até a ampliação do turismo de negócios e de lazer, sobretudo com um olhar regional. A cada quatro turistas que chegam a uma cidade, temos uma oportunidade de emprego gerada”, declara.
Concessões e investimentos em infraestrutura
Entre os projetos em andamento, Costa Filho citou o leilão do Tecon Santos 10, no Porto de Santos (SP), previsto para dezembro, na sede da B3. O terminal deve dobrar a capacidade de movimentação de contêineres. Ele destacou ainda que o Governo Federal projeta mais de R$ 20 bilhões em investimentos no Porto de Santos até o fim do mandato do presidente Luiz Inácio, incluindo obras como o Túnel de Santos e a ampliação do canal de acesso.
Na área hidroviária, o ministro ressaltou a importância da concessão da hidrovia do Paraguai, voltada à operação de minério na América do Sul, e informou que o governo deve avançar, em seguida, com as hidrovias do Tocantins, do São Francisco e do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), voltadas ao escoamento agrícola. “Rodovia, ferrovia e hidrovia juntas vão reduzir em quase 40% o custo das operações no Brasil. Isso significa ampliar cada vez mais a competitividade nacional. Temos uma grande oportunidade de investimentos nessa área e estou muito confiante com o momento que estamos vivendo”, completou.
Aviação
No setor aéreo, Costa Filho destacou iniciativas como o programa Investe + Aeroportos e obras já anunciadas. “Estamos avançando bem na área aeroportuária. Anunciamos investimentos no Aeroporto de Congonhas, no valor de R$ 2 bilhões pela Aena. Resolvemos, ao lado do TCU, a situação de Viracopos. Guarulhos vai receber investimentos de mais de R$ 1,5 bilhão e lançamos o programa Investe + Aeroportos, que dialoga com o parque aeroportuário brasileiro. Hoje, cada aeroporto não é apenas um hub de origem e destino para passageiros, mas um polo estratégico para o desenvolvimento econômico do país”, finaliza.