BRL - Moeda brasileira
EUR
6,17
USD
5,33
Kamilla Alves
Kamilla Alves
Gestora Web - E-mail: milla@brasilturis.com.br

Gol e Azul negam fusão em audiência pública na Câmara

Companhias aéreas descartam união e Cade investiga denúncias de preços altos nas passagens

Em audiência pública realizada nesta terça-feira (23) na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados, representantes da Gol e da Azul negaram qualquer possibilidade de fusão entre as companhias aéreas.

Segundo Camilo Coelho, gerente de Relações Institucionais da Azul, a hipótese foi estudada apenas durante a pandemia, mas já não está em pauta. “A fusão não é um fato. O que houve foi apenas uma consulta preliminar em um cenário muito diferente do atual. Hoje, nosso foco está na recuperação judicial da empresa”, afirmou.

Na mesma linha, Alberto Fajerman, assessor da presidência da Gol, também confirmou que as conversas existiram diante das dificuldades financeiras pós-pandemia, mas que a ideia foi “totalmente descartada”. A Gol encerrou seu processo de recuperação judicial em junho deste ano.

Suspeitas de combinação de preços

Além da fusão, a audiência tratou das denúncias de suposta combinação de preços entre Gol, Azul e Latam. O presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Gustavo Augusto Freitas de Lima, destacou que já há indícios de problemas de rivalidade. “Embora os dados ainda não sejam conclusivos, observamos redução de voos em um momento de alta demanda, o que levanta sinais de alerta”, afirmou.

Uma pesquisa apresentada pela presidente do Instituto Brasileiro de Concorrência e Inovação (IBCI), Juliana Oliveira Domingues, mostrou que a parceria operacional entre Azul e Gol durante a pandemia resultou em corte de rotas e aumento médio de 23% no preço das passagens. A Azul, porém, atribuiu a redução à necessidade de ajuste de custos no processo de recuperação judicial iniciado em julho.

Insatisfação crescente com o setor

Durante o debate, o deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA) ressaltou a insatisfação generalizada com os serviços aéreos no Brasil. “É um conjunto de fatores que leva a um ambiente de profunda instabilidade”, disse.

Já o diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor da Senacon, Vitor Hugo do Amaral Ferreira, informou que a plataforma consumidor.gov.br recebeu mais de 240 mil reclamações fundamentadas contra empresas aéreas entre 2023 e agosto de 2025.

A audiência foi proposta pelos deputados Daniel Almeida e Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ) e buscou discutir medidas para garantir maior transparência e equilíbrio no setor aéreo brasileiro.

LEIA MAIS NOTÍCIAS

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem, 
necessariamente, a opinião deste jornal

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

MAIS LIDAS

NEWSLETTER

    AGENDA

    Festuris

    REDES SOCIAIS

    PARCEIROS