O Turismo brasileiro alcançou em julho o maior faturamento mensal de sua série histórica, impulsionado pelas férias escolares. O setor registrou R$ 19,7 bilhões no período, um avanço de 4,3% em relação a 2024, segundo levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), baseado em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No acumulado de janeiro a julho, a receita chegou a R$ 127,7 bilhões, alta de 6,5% frente ao mesmo intervalo do ano passado. A FecomercioSP destaca que o desempenho positivo ocorre mesmo diante de um cenário de desaceleração econômica e juros elevados, sustentado pelo mercado de trabalho aquecido e pela redução gradual da inflação, fatores que ampliaram a capacidade de planejamento das famílias.
O lazer foi o principal motor do resultado, com aumento da demanda por passeios e viagens em família, enquanto as viagens de negócios apresentaram retração típica do período, com expectativa de retomada no segundo semestre.
Transporte aéreo em alta
Entre os segmentos, o transporte aéreo apresentou crescimento de 9,7% em julho, com faturamento de R$ 5,3 bilhões. O número de passageiros transportados superou 9 milhões, recorde histórico para o mês, de acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
O setor de hospedagem também avançou, com alta de 6% e receita acima de R$ 2 bilhões, apoiado pelo reajuste das diárias, que subiram em média 10% em termos reais, segundo o Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (Fohb). O transporte rodoviário apresentou crescimento de 5,3%, com R$ 3,2 bilhões em julho, enquanto agências e operadoras de turismo registraram alta de 3,5%, movimentando R$ 1,5 bilhão.
Desempenho regional
O turismo apresentou variação entre os Estados. O Rio Grande do Sul liderou o crescimento anual, com alta de 24,6%, seguido por Mato Grosso do Sul (12,9%), Amazonas (10,9%) e Ceará (6,7%). São Paulo, maior mercado nacional, movimentou R$ 4,86 bilhões, alta de 2,1%. Já Minas Gerais (-7,3%), Santa Catarina (-6%) e Tocantins (-5,7%) tiveram retração.
Segundo a FecomercioSP, a tendência é de manutenção do cenário positivo, com retomada das viagens corporativas nos próximos meses, o que deve sustentar o crescimento acima da média em relação a outros setores da economia.
